– Sebastian, está tudo bem com você. Só falta um último exame pra você ser liberado. – Até que as coisas não foram como eu imaginei. O cara era legal. Os exames foram rápidos e eu ainda permanecia vivo.
– Ok. Vamos fazer logo, então.
– Preciso que você vista isso. – Ele me entregou uma espécie de roupão, do tipo que as pessoas usam pra fazer exames ou serem internadas. Aquilo não era legal.
– Hã... diz pra mim que não é o que eu estou pensando.
– Depende. O que você está pensando?
– Que você vai enfiar o dedo no meu cu!
– Você tem razão. – Ele começou a colocar as luvas de látex.
– Ah, não. Ah, não. Você não vai enfiar esse dedo na minha bunda! Esse exame não é só pra quem tem mais de 40?
– Isso não quer dizer que homens mais novos não possam fazer. Além do quê, você já iniciou sua vida sexual.
– Ah, não.
– Desculpa, amigo, você não tem querer. Se não for por bem, vai ser por mal. – esta
Luiza’s pov– Sebastian? – nem ligava para o capitão que nos olhava. Eu estava em choque. A primeira coisa que eu fiz foi tentar limpar a língua. – Eca, eca, que nojo, que nojo!– Ei! Não faz isso não que eu sei que tu gostou!– Me erra, Sebastian!– Será que alguém pode me explicar o que está acontecendo aqui? – o capitão se pronunciou ao chegar mais perto de nós. – E o que é isso no seu pescoço, Victorino? – Sebastian esticou a cabeça para ver.– É um chupão. – Concluiu, sério. - Lindo, né? Fui eu que fiz. – Tapei meu pescoço na hora.– Vou te matar, seu desgraçado! – corri atrás dele, mas o capitão me segurou.– Isso aqui está longe de se tornar a casa da mãe Joana! &Ea
Luiza’s pov Sebastian me olhava com os olhos arregalados pelo vão da porta. Em tantos lugares pro chuveiro ficar, por que tinha que ser justamente de frente pra porta? Eu estava completamente nua e ainda trincava os dentes por causa daquela água fria. Quando a ficha caiu, a primeira coisa que eu fiz foi tapar as minhas partes íntimas e virar de costas. – O QUE VOCÊ TÁ FAZENDO? – gritei já sabendo que estava fortemente enrubescida. – Ué, você estava gritando e eu tinha que ver se você estava bem. – Eu estava gritando porque a água estava gelada! – ele continuava me olhando. – Não vai parar de olhar não? – Hã? Ah, tá. Foi mal. – encostou a porta novamente. Terminei de tomar banho o mais rápido que pude. Ainda estava receosa que Sebastian abrisse a porta. Deixei pra pentear o cabelo do lado de fora. Foi a vez daquele tarado tomar banho e pude ver um certo volume em sua calça quando trocamos de lugar. Já ti
– O que está acontecendo... AI, MEU DEUS! O QUE VOCÊS FIZERAM COM O MEU CHALÉ? – o capitão trajava apenas uma samba canção quando ouvimos seus gritos.– Seu chalé não, nosso. – Sebastian tomou a dianteira. O capitão riu diante daquela afirmação.– Chalé de vocês? Tudo nesse acampamento é meu! Eu apenas emprestei a vocês para que não dormissem no chão duro.– Onde vamos passar a noite? – me manifestei para acalmar a situação.– Vocês colocaram fogo no meu chalé, então não esperem que eu faça algo por vocês.– Papai... quer dizer, capitão. – Soninha chamou.– Diga. – Seu acento mudou indiscutivelmente. Parecia um verdadeiro idiota. Capaz de fazer todas as vontades da “filhinha
– Onde será o refeitório? – perguntei, olhando todos os chalés.– Que tal perguntarmos? – parou uma garota que passava. – Com licença, menina bonita – na mesma hora ela abriu um grande sorriso - poderia nos dizer onde fica o refeitório?– M-m-mas é claro. É só virar à esquerda depois da cabana 56.– Obrigado. – Piscou pra ela, que suspirou.Aquilo me deixou com vontade de bater naquela garota burra. Mais uma pro jantar do Sebastian. Revirei os olhos.– Vamos logo. – Puxei-o enquanto ele mandava beijos para a menina.Após fazermos o percurso, finalmente chegamos em um chalé... ou ao menos era o que parecia ser.– Fomos parar em um presídio enquanto dormíamos? – meu primo perguntou.A única coisa que fez foi balançar a cabeça
- Desculpe, o que disse? Você é sobrinho do capitão?– Esse cara é o quê? Um coelho pra ter parente brotando de tudo quanto é buraco? – Sebastian falou. Vincent sorriu, e por um momento eu jurei que derreteria. – Luiza, dá pra fechar a boca e parar de babar? – Ele parecia irritado.Fiquei super envergonhada por parecer uma babaca diante daquele deus grego. Como um homem tesudo como ele podia parar num fim de mundo como aquele?– O que um homem gostoso, quer dizer, um homem respeitoso como você faz aqui?Respeitoso, Luiza? É o melhor que tem pra dizer?– Estou aqui para atender a um pedido do meu tio.– Pedido?– Sim. – Uma voz mais grave surgiu dentre as árvores. Era o capitão.– Falando no diabo... – Sebastian comentou. - Vou até sentar. O capeta e
Sebastian’s pov – O que foi, Sebzinho? Quer continuar o que paramos na outra noite? – fingiu ajeitar minha blusa. – Se nós não ganharmos essa competição, esses encontros provavelmente serão mais difíceis de acontecer, não acha? – fiquei bem próximo para que com um sussurro ela pudesse me escutar. – O que quer dizer? – Se não ganharmos esse maldito concurso de culinária, Luiza e eu continuaremos presos. Então pra todo o lugar que eu quiser ir terei que levá-la. Quer que ela nos olhe toda vez que quisermos nos divertir? – fez que não. Sorri. – Como uma boa menina, dê um jeito de ganharmos esse concurso. Eu sei que você é capaz de fazer isso. – E o que eu ganho em troca? – Eu. E coisas que só posso fazer sem estar acorrentado a Luiza. – Dei um selinho só pra que ela ficasse com mais desejo. – Dê o seu melhor. - Puxei Luiza. - Vamos. Continuamos a procurar aquela maldita galinha até faltar trinta minutos pra começa
Luiza’s pov Foram dois dias sem água e sem comida, trancada num quarto totalmente escuro que possuía apenas um vaso sanitário e um colchonete. Admito que não foi de todo ruim, porque passei noventa por cento do tempo dormindo. Finalmente havia conseguido tirar o atraso do sono. Agora Soninha (galinha) já não fazia mais tanta falta, mas ainda assim me sentia culpada e principalmente envergonhada. O que será que Vincent estaria pensando de mim? Se é que ele realmente se lembrava da minha existência. O que mais me incomodava é que eu sentia falta de Sebastian. Sempre que pensava nele uma solidão invadia meu coração e aquele lugar parecia um poço sem fim. Eu não sabia porque aquilo estava acontecendo. E eu realmente ficava irritada quando pensava que ele podia estar comendo a Soninha (piranha). A porta se abriu. Um soldado apareceu. Ele parecia estar apavorado. Será que eu estaria tão horrenda assim? – Vamos. – Me puxou pelo braço e me le
– E então, como está o nosso casal de ouro? – Wilson perguntou.– Ótimos. – falei rude.– Melhor impossível. – Sebastian parecia feliz. Talvez não me ver durante dois dias havia deixado-o daquela forma. Ou simplesmente “teve” na noite passada.– Como você está, Lu? Não deve ter sido fácil ficar sozinha naquele quarto do castigo.– Já estive em situações piores.– E você, Sebastian? Como foi ficar dois dias sem ver sua prima?– Maravilhoso. – Aquilo me deixou irritada.– Bom, se estamos em tanta alegria assim, por que vocês estão tão separados? – estávamos o mais afastados possível. Quase subindo pelo braço do sofá.– Não, obrigado.– To bem assim. – Wilson