Acordei sentindo uma contração, estava me acostumando com isso, nas últimas semanas eu fui para o hospital algumas vezes, mas no fim tinham sido apenas contrações falsas, nossos bebês não estavam prontos para sair.Me virei olhando para Patrick dormindo profundamente ao meu lado com a mão sobre minha barriga, aquilo me tirou um sorriso. Não podia estar mais feliz, até tinha medo de que toda aquela felicidade pudesse acabar, mas ele me prometeu que não deixaria nunca acabar, seríamos felizes mesmo com os problemas, mesmo quando Patrick e eu brigávamos, ou com a loucura que eram os problemas da empresa do meu pai, ainda éramos muito felizes, desde que meu tio tinha sido preso e Emily e Louis desapareceram das nossas vidas eram dias de paz.Me levantei devagar, me desvencilhando dele e tentando não acordá-lo, pois cada vez que eu achava que era a hora o homem parecia prestes a ter um infarto, ele acabaria tendo um qualquer hora dessas com outro alarme falso.O dia já estava começando a n
Eu nunca pensei que seria pai de novo na vida e grande parte de todo o ódio que deixei crescer dentro de mim foi por ter perdido meu menino, mas a cada segundo que eu passava olhando meus filhos, cada vez que os segurava em meus braços, que ouvia os choros deles, sentia como se meu mundo se refizesse, totalmente ao redor dos dois.— Vai ficar babando neles a noite toda? — meu pai perguntou, eu tinha estado tão concentrado nos gêmeos no berço que nem me dei conta dele ali.— Vai dizer que você não ficaria no meu lugar?— Claro que ficaria, porque acha que quero que você saia daqui? É a vez do avô ficar velando o sono deles.Soltei uma risada baixa, tomando cuidado para não acordar nenhum dos dois, ou Sophie ia me matar com toda certeza.— Dá pra acreditar que já passou três meses que eles nasceram? Pra mim foi ontem. — amanhã já era dia do batismo dos dois e eu ainda sentia como se não tivesse passado nenhum dia desde o nascimento.— Ah meu filho, você vai se sentir do mesmo jeito quan
Quando cheguei naquela casa não imaginei que em tão pouco tempo eu teria tudo aquilo, amigos, família, um marido amoroso e dois filhos lindos. Mas olhando para minha vida agora isso era o que eu tinha e estava mais do que feliz com isso.Estava ansiosa para o batismo dos gêmeos hoje, por isso tinha acordado antes de Patrick para me arrumar, não queria nenhum atraso hoje, o dia tinha que ser perfeito.Me encarei no espelho enquanto prendia os fechos da cinta, desde o parto eu vinha usando uma daquelas porque tudo parecia estar fora do lugar. Eu sabia que era esperado isso, o corpo estava tentando se adaptar a nova vida, mas a verdade é que eu me sentia horrível quando me olhava no espelho.Depois da minha barriga ter esticado tanto durante a gravidez e estrias, celulites, e agora toda a flacidez, a última coisa que eu me sentia era bonita. Por isso não deixava Patrick chegar perto de mim, aquele não era o corpo que ele estava acostumado, não era nem mesmo o que eu estava acostumada, e
SophieEu já estava pronta, enquanto esperava meu tio Charles conversando com o seu advogado, ficava olhando meu primo brincando do lado de fora da casa, Louis corria gritando e rindo com os amigos que eu não conhecia, fazia muito tempo que eu não os via, meu pai tinha brigado com tio Charles e mesmo ele sendo irmão da mamãe nunca mais nos vimos.Estava ali sendo entregue ao tio Charles, para que ele fosse meu guardião até eu completar vinte e um anos. E tudo isso porque meus pais tinham morrido em um acidente de barco. Era difícil acreditar que eles haviam partido para sempre, há uma semana eles tinham saído de férias para a Europa, pra comemorar o aniversário de casamento e eu fiquei com minha babá.Eles achavam que eu ainda não entendia o que estava acontecendo ali, o porquê me levaram pra casa do meu tio, mas eu tinha escutado as conversas, uma criança de nove anos escuta muita coisa, disso eu tenho certeza.— Sophie querida, você tem que comer um pouco. — minha babá chegou insist
— Você vai casar com o senhor Carter e não tem mais discussão, Sophie! — aquela era a palavra final de Charles.Eu já deveria ter desistido de discutir e tentar convencê-lo do contrário, mas não podia desistir tão facilmente, era minha vida e eles já tinham destruído ela todos esses onze anos.— Mas eu não posso me casar com um homem que nem conheço! Não sei nem quem são os Carter’s.— Isso só mostra o quanto você é desinformada queridinha. — Magie a esposa do meu tio falou com puro deboche, jogando o cabelo loiro para trás. — Eles são simplesmente a família mais rica do país, as joias deles vendem ao redor do mundo todo.— Porque um homem assim iria querer se casar comigo? Ele pode ter qualquer mulher no mundo, tem que ter outra forma de fechar esse acordo! — bati o pé e Charles deu a volta na mesa ficando de frente para mim.Eu tinha aprendido a temer o homem com o passar dos anos, aprendi a baixar a cabeça e engolir as coisas que ele falava, pois isso significava menos surras e cas
Eu precisava de um herdeiro. Na verdade meus pais precisavam de um, a empresa da família tinha que ser mantida nas nossas mãos e foi por isso que deixei que eles seguissem em frente e me arrumassem uma esposa. Meus pais tentaram me animar com a ideia, minha mãe em especial, ficou falando sobre a beleza da garota, o quanto era educada e doce. Mas não podia ser boa pessoa, já que estava se vendendo para ser uma incubadora ambulante. Que tipo de mulher aceita se casar com um homem que não conhece e assina um contrato dizendo que vai ter todos os filhos que esse homem quisesse? Lhe respondo, um tipo interesseiro! Desde o meu acidente de carro minha vida não foi a mesma, meu rosto foi destruído, ou ao menos parte dele foi. Nem mesmo o cirurgião mais caro foi capaz de concertar o que minha ex esposa causou, agora eu era um homem deformado, ou como já ouvi dizerem: Uma Fera. Quando o carro entrou na propriedade eu estava olhando a foto que minha nova esposa havia tirado com meus pais no
Eu não conseguia acreditar que ele estava me beijando, em um segundo estava gritando com ele e no outro tudo escureceu e ele me agarrou.Sua boca devorava a minha e a cada volta que nossas línguas davam ele parecia ainda mais faminto. Subi meus dedos por suas costas, apertando ele contra mim e sentindo o calor que emanava de seu corpo, mesmo com toda aquela roupa.Ele segurou minha nuca, tombando minha cabeça e aprofundando ainda mais nosso beijo enquanto a outra mão desceu até minha bunda, meu vestido deixava cada uma das minhas curvas marcadas e eu lembrei o que ele falou da minha roupa mais cedo, uma fagulha ardeu em meu peito com o pensamento de que ele já estava olhando meu corpo com lúxuria.Um gemido escapou de minha garganta quando ele sugou minha língua e eu desviei meus lábios em busca de ar, meu coração estava disparado meu sangue fervia com um desejo que nunca senti antes. A boca dele grudou em meu pescoço e eu gemi sentindo ele beijar minha pele, subindo até o lóbulo da m
Eu dormi com aquela maldita na cabeça, por pouco ela não viu o meu rosto, muito pouco. Sophie mexeu na droga do relógio e reacendeu as luzes, do contrario teríamos transado na mesa sem nos importar com nada a nossa volta.Mas isso também foi bom, serviu para que eu abrisse meus olhos e deixasse de ser um idiota levado pelo momento. Ela veio tão fácil pra mim, se derreteu tão rápido em meus braços, mostrando que estava fazendo bem o que foi paga para fazer.Acordei de mau humor e apesar daquilo não ser um novidade, hoje o motivo era novo, sonhar com uma mulher não acontecia comigo há anos e pior ainda acordar com uma ereção dolorida graças a ela.Estava tomando café quando os passos leves me alcançaram e ela beijou meu rosto. Meu corpo todo ficou tenso por saber que se não fosse pela mascara ela estaria beijando minha pele rasgada e coberta de cicatrizes.Fui um escroto porque sua atitude me forçou a sair da zona de conforto e eu reagi da forma como tinha aprendido nos últimos cinco an