— Ele não é seu marido sua vaca! — gritei mesmo que talvez a melhor opção fosse me manter calada. — Você abriu mão de chamá-lo assim quando tentou matá-lo!A risada doentia dela explodiu dentro da casa seguida de passos. Rosa e Magie estavam fazendo silêncio no andar de cima, o que eu queria, não precisávamos de mais alvos para aquela maluca, já bastava Alejandro machucado.Engatinhei até chegar ao armário onde Rosa guardava as panelas, com toda certeza havia uma panela grande o suficiente para derrubar aquela vaca antes mesmo que ela soubesse o que a tinha atingido.— Sophie se esconda! — Alejandro falou entre dentes enquanto segurava o ferimento no peito. Apesar de todo o sangue que manchava sua camisa e a mão, ele não parecia estar desfalecendo ou cuspindo sangue, o que me garantia que a bala não tinha acertado seu pulmão ou alguma artéria, contanto que a ajuda chegasse rápido ele ficaria bem.— Aqui. — falei entregando um pano limpo a ele. — Pressiona na ferida, logo a ajuda vai c
Eu estava em pura agonia, andando de um lado para o outro sabendo que o telefone tinha sido desligado de alguma forma e tudo o que eu conseguia era esperar por uma resposta de John, não me surpreenderia se abrisse um buraco no chão de tanto andar de um lado ao outro.Imaginar o que poderia estar acontecendo com Sophie e como isso ia afetar ainda mais a saúde dela, era o que estava me matando. Sophie deveria estar em casa, descansando, sendo bem cuidada, se tratando e cuidando dos nossos filhos, não na mira de armas, sendo arrastada por uma lunática pra sabe Deus onde.Mas então meu celular tocou e eu atendi no primeiro toque, desesperado por notícias.— Onde ela está John? Me diz que está com ela? — perguntei em desespero, mas o suspiro contido dele me dizia que não eram notícias boas.— Não chefe, chegamos aqui e não tinha nenhum sinal deles. Alejandro está sendo socorrido agora, Magie também está indo de ambulância para examinar todos os machucados.— Vá com eles John, vá e garanta
As coisas estavam finalmente se encaixando no lugar onde deveriam estar, eram tantas coisas boas de uma vez só que eu nem conseguia acreditar.Depois que as câmeras da oficina comprovaram toda a loucura de Emily, meu processo correu rapidamente, assim como o dos comparsas dela que foram condenados. O que nos levou ao meu tio, foi fácil arrastá-lo para fora da casa e o levar para até onde estavam escondendo Louis. Charles ficou tão mexido quando viu a situação do filho que aceitou fazer tudo o que Patrick exigiu, isso é tudo o que eu sei, pois não me deixaram ver nada sobre eles, nem mesmo detalhes de toda a situação com Louis eles me contaram.O que eu podia dizer, os homens daquela família eram muito protetores com as suas mulheres. No fim meu tio assumiu todas as falcatruas que cometeu contra os meus pais, os roubos da empresa, as fraudes usando o nome do meu pai e no fim a morte deles.Ele teve a cara de pau de assumir que sabia que eu iria para as mãos dele e como menor ele seria
Tínhamos decidido passar nossa segunda lua de mel na ilha, eu demorei a convencer a todos a deixar que Sophie e eu pudéssemos ir sozinhos já que estavam preocupados com nós dois isolados na ilha com os bebês, mas era nosso momento e não deixaria ninguém estragar isso.Pouco depois que o helicóptero saiu Sophie se virou para mim tirando os meus fones e segurando o meu rosto. Ela me grudou nossos lábios com delicadeza sem pressa nos movimentos enquanto deslizava a língua contra a minha, os dedos dela desceram por meu pescoço, contornando o colarinho da camisa que eu estava usando antes de descer por meu peitoral.Foi ai que lembrei que ela tinha ficado nervosa na primeira viagem e eu a distrai masturbando ela, com toda a certeza era isso o que ela estava tentando me lembrar, sem perder nem mais um segundo coloquei a mão sobre a coxa dela e a joguei sobre minha perna, mas Sophie tinha outros planos.— O que você... — tentei questionar quando ela tirou a perna de cima da minha e afastou m
Acordei sentindo uma contração, estava me acostumando com isso, nas últimas semanas eu fui para o hospital algumas vezes, mas no fim tinham sido apenas contrações falsas, nossos bebês não estavam prontos para sair.Me virei olhando para Patrick dormindo profundamente ao meu lado com a mão sobre minha barriga, aquilo me tirou um sorriso. Não podia estar mais feliz, até tinha medo de que toda aquela felicidade pudesse acabar, mas ele me prometeu que não deixaria nunca acabar, seríamos felizes mesmo com os problemas, mesmo quando Patrick e eu brigávamos, ou com a loucura que eram os problemas da empresa do meu pai, ainda éramos muito felizes, desde que meu tio tinha sido preso e Emily e Louis desapareceram das nossas vidas eram dias de paz.Me levantei devagar, me desvencilhando dele e tentando não acordá-lo, pois cada vez que eu achava que era a hora o homem parecia prestes a ter um infarto, ele acabaria tendo um qualquer hora dessas com outro alarme falso.O dia já estava começando a n
Eu nunca pensei que seria pai de novo na vida e grande parte de todo o ódio que deixei crescer dentro de mim foi por ter perdido meu menino, mas a cada segundo que eu passava olhando meus filhos, cada vez que os segurava em meus braços, que ouvia os choros deles, sentia como se meu mundo se refizesse, totalmente ao redor dos dois.— Vai ficar babando neles a noite toda? — meu pai perguntou, eu tinha estado tão concentrado nos gêmeos no berço que nem me dei conta dele ali.— Vai dizer que você não ficaria no meu lugar?— Claro que ficaria, porque acha que quero que você saia daqui? É a vez do avô ficar velando o sono deles.Soltei uma risada baixa, tomando cuidado para não acordar nenhum dos dois, ou Sophie ia me matar com toda certeza.— Dá pra acreditar que já passou três meses que eles nasceram? Pra mim foi ontem. — amanhã já era dia do batismo dos dois e eu ainda sentia como se não tivesse passado nenhum dia desde o nascimento.— Ah meu filho, você vai se sentir do mesmo jeito quan
Quando cheguei naquela casa não imaginei que em tão pouco tempo eu teria tudo aquilo, amigos, família, um marido amoroso e dois filhos lindos. Mas olhando para minha vida agora isso era o que eu tinha e estava mais do que feliz com isso.Estava ansiosa para o batismo dos gêmeos hoje, por isso tinha acordado antes de Patrick para me arrumar, não queria nenhum atraso hoje, o dia tinha que ser perfeito.Me encarei no espelho enquanto prendia os fechos da cinta, desde o parto eu vinha usando uma daquelas porque tudo parecia estar fora do lugar. Eu sabia que era esperado isso, o corpo estava tentando se adaptar a nova vida, mas a verdade é que eu me sentia horrível quando me olhava no espelho.Depois da minha barriga ter esticado tanto durante a gravidez e estrias, celulites, e agora toda a flacidez, a última coisa que eu me sentia era bonita. Por isso não deixava Patrick chegar perto de mim, aquele não era o corpo que ele estava acostumado, não era nem mesmo o que eu estava acostumada, e
SophieEu já estava pronta, enquanto esperava meu tio Charles conversando com o seu advogado, ficava olhando meu primo brincando do lado de fora da casa, Louis corria gritando e rindo com os amigos que eu não conhecia, fazia muito tempo que eu não os via, meu pai tinha brigado com tio Charles e mesmo ele sendo irmão da mamãe nunca mais nos vimos.Estava ali sendo entregue ao tio Charles, para que ele fosse meu guardião até eu completar vinte e um anos. E tudo isso porque meus pais tinham morrido em um acidente de barco. Era difícil acreditar que eles haviam partido para sempre, há uma semana eles tinham saído de férias para a Europa, pra comemorar o aniversário de casamento e eu fiquei com minha babá.Eles achavam que eu ainda não entendia o que estava acontecendo ali, o porquê me levaram pra casa do meu tio, mas eu tinha escutado as conversas, uma criança de nove anos escuta muita coisa, disso eu tenho certeza.— Sophie querida, você tem que comer um pouco. — minha babá chegou insist