Eu dormi com aquela m*****a na cabeça, por pouco ela não viu o meu rosto, muito pouco. Sophie mexeu na droga do relógio e reacendeu as luzes, do contrario teríamos transado na mesa sem nos importar com nada a nossa volta.
Mas isso também foi bom, serviu para que eu abrisse meus olhos e deixasse de ser um idiota levado pelo momento. Ela veio tão fácil pra mim, se derreteu tão rápido em meus braços, mostrando que estava fazendo bem o que foi paga para fazer.
Acordei de mau humor e apesar daquilo não ser um novidade, hoje o motivo era novo, sonhar com uma mulher não acontecia comigo há anos e pior ainda acordar com uma ereção dolorida graças a ela.
Estava tomando café quando os passos leves me alcançaram e ela beijou meu rosto. Meu corpo todo ficou tenso por saber que se não fosse pela mascara ela estaria beijando minha pele rasgada e coberta de cicatrizes.
Fui um escroto porque sua atitude me forçou a sair da zona de conforto e eu reagi da forma como tinha aprendido nos últimos cinco anos, com grosseria.
É claro que eu não ia bater nela, nunca tinha erguido a mão para uma mulher, nem para as que mereceram. Mas ver nos olhos dela o medo de que eu realmente fosse capaz de machucá-la me desarmou.
Sophie saiu da mesa marchando para longe de mim e eu quase me arrependi da forma como falei com ela. Fiquei ali remoendo a forma como eu a tratei e o que ela disse sobre nada do que eu fizesse iria atingi-la. O que Sophie quis dizer com isso?
— Continue assim e nunca vai ter filhos com ela nem com ninguém! — Holly exclamou entrando na sala de jantar e me tirando dos meus pensamentos.
— O que foi agora?
— Não se faça de desentendido, porque você é esperto de mais para isso. — ela pegou o prato de Sophie, mas antes de sair se virou para mim, atirando dardos pelos olhos. — A menina saiu daqui chorando e tudo porque ela beijou seu rosto, até imagino o que vai fazer se ela for para sua cama.
— Holly, pare com isso. Sabe bem o que estamos fazendo aqui, ela se casou comigo só por dinheiro!
— Sim, ela só quer seu dinheiro e se importou de beijar você só para ouvir desaforos. — Holly bateu os pés saindo de lá.
Suspirei deixando meus ombros caírem, não deveria me importar com isso afinal ela tinha sido paga para transar comigo e me dar todos os filhos que eu desejasse.
Mas eu cedi e abri o sistema de câmeras só para ver Sophie enfiada na biblioteca. Era a última coisa que eu esperava, imaginei que ela iria procurar reclamar com as amigas, choramingar ou tentar sair para a cidade, não esperei que ela iria preferir se rodear de livros.
— Bom dia Chefinho. — John entrou cantarolando e pelo sorriso no rosto dele eu podia dizer que não tinha falado com Holly.
— Não estou tendo um bom dia.
— E não parece que teve uma boa noite também. O que aconteceu? Não leu o relatório que me pediu sobre sua esposa?
Fechei os olhos com força e bufei, fiquei tão ocupado me recriminando ontem a noite que não me lembrei de ler o relatório.
— Não li e pelo visto já comecei o dia criando problemas. — murmurei quando Holly voltou vindo buscar o restante dos pratos.
— O que ele fez agora? — ele perguntou encarando a mulher que se recusou a nos olhar. — Vamos lá Holly, me conta o que o garotão aqui aprontou.
— Porque não conta ai seu amigo Patrick? Porque não conta que fez a menina se trancar na biblioteca por ter dado um beijo em você? — ela jogou as palavras e saiu andando com as mãos cheias.
Sacudi minha cabeça sabendo que Holly iria dizer o que pensa, pois a senhora me viu crescer e não hesitou em deixar sua vida para ir viver comigo ali naquela montanha, então ela tinha todo o direito de falar o que quisesse.
— Ela beijou você? Beijo na boca? — John parecia até um adolescente comemorando. — Como com essa máscara?
— Não John, ela beijou meu rosto por cima da máscara e acabamos brigando...
— Eu não acredito que você brigou com ela por isso. Não me leva a mal Patrick, mas você não tem contato com outra pessoa além dos seus pais, eu e a Holly há cinco anos. Que dirá uma mulher! — pronto ele tinha ganhado a munição necessária para começar com a história da minha reclusão. — E cá entre nós uma muito gata...
— Olha o que fala John! — grunhi o cortando antes que ele fosse longe de mais, mas o idiota não pareceu entender o recado.
— Chefe, com todo o respeito acha mesmo que tem garotas gostosas como ela dando sopa por ai? Tem que tratar sua menina direito, sabe como é?
Meu sangue ferveu e eu o puxei pelo colarinho. John com certeza tinha passado tempo de mais observando ela na estrada até aqui e enquanto levantava a ficha que pedi.
— Se você gosta de ter todos os dentes não vai voltar a falar da minha esposa usando palavras como linda, gata, gostosa! — rosnei com o rosto bem junto ao dele, o forçando a encarar meus olhos.
— Desculpa chefe, só estava tentando ajudar.
Soltei o colarinho dele e sai dali antes que socasse o único amigo que me restava, ainda mais por uma garota que tinha acabado de entrar na minha vida. Me tranquei no escritório e me mantive ocupado trabalhando em alguns contratos da empresa, mesmo de longe eu continuava sendo o CEO da Carter’s joalheria.
Mas quando Holly avisou que o almoço estava servido eu tive de ir atrás dela, a garota ainda estava enfiada na biblioteca e não tinha tomado o café.
— O almoço está na mesa. — falei esperando que ela saísse de lá e me seguisse, mas só fui ignorado. — Vamos, deixe de criancice e venha comer.
— Ou o que? Vai se importar se eu cair de fome? Duvido muito.
— Levante-se Sophie, ou vou jogá-la sobre o meu ombro! — ameacei sabendo que com o meu humor e as provocações dela iriamos acabar brigando de novo.
— Talvez eu espere que faça isso, ser carregada pelo marido é o sonho de qualquer mulher não é mesmo?
Engoli em seco com as palavras desafiadoras dela, Sophie não tinha mesmo a menor noção do que estava fazendo me provocando daquela forma.
Segurei ela pelos braços tirando ela da m*****a poltrona, minha intenção era mesmo jogá-la sobre meus ombros e a levar até a sala de jantar, mas quando nossos olhares se cruzaram e eu segurei seu corpo perto do meu, algo mudou.
A fome e desejo se apossaram de mim e eu a empurrei contra a estante mais próxima, mantendo seu corpo preso. Desci meu rosto perto do seu, até que a respiração dela batesse contra a máscara.
Merda, o que eu não daria para estar de noite e poder beijá-la sem me preocupar que ela visse meu rosto.
— Não sabe o que fala menina.
— Acho que eu sei bem o que quero! — ela suspirou vagando os olhos por meu rosto. — Vai me beijar?
Sophie subiu as mãos por meu peito e entrelaçou os braços em meu pescoço.
Aquilo era um erro, mesmo assim meus dedos viajaram pela pele dos seus braços e eu sorri ao ver ela se arrepiar. Me inclinei pressionando seus seios contra meu peito, desci minhas mãos até segurar seus quadris e então friccionei minha ereção em sua barriga.
Sophie fechou os olhos e arfou se empurrando contra mim. Porra, como eu queria beijá-la agora, sentir os lábios macios e seus gemidos contra minha boca.
Como se lesse meus pensamentos ela mordeu o lábio inferior curvando a cabeça para trás e empurrando os seios em minha direção. Minha mão agarrou sua bunda, e num último resquício de resistência resmunguei e a virei com violência. Era isso ou iria beijá-la.
— Patrick... — ela praticamente gemeu meu nome e espalmou as mãos na estante a sua frente.
Elevei uma mão até seu seio, e com a ponta do polegar massageei seu mamilo através do vestido, sentindo ela estremecer. Eu estava tão excitado que meu pau se apertava dolorido dentro da minha calça jeans.
Apertei o bico de seu seio e ela soltou um gritinho abafado, esfregando a bunda em mim, então tirei a mão de seu quadril e desci até alcançar a barra do vestido. Eu queria tocá-la em todos os lugares, meus dedos deslizaram por sua pele até alcançar sua calcinha.
Nós gememos juntos e eu apoiei o rosto sobre a curva do seu pescoço, deixei que minha máscara erguesse um pouco e suguei sua pele macia, sentindo os arrepios se espalharem.
— Tão quente, Sophie. — rosnei, parecendo um animal enjaulado, sentindo o desejo de me enterrar nela crescer.
— Por favor, Patrick...
Esfreguei meus dedos sobre o tecido da calcinha, ouvindo ela arfar e gemer baixinho. Então puxei o elástico para o lado e pude sentir seu calor ainda mais de perto, esfreguei meus dedos em sua carne, abrindo seus lábios até sentir sua excitação contra meus dedos.
A provoquei com a ponta do dedo em sua entrada e girei seu mamilo, esfregando até que estivesse duro em meus dedos.
— Relaxa, Sophie. Vou fazer você gozar como nenhum outro fez! — soltei em um tom mais rouco que o normal.
Sentia que meu pau poderia estourar as calças a qualquer momento, ainda sim estava totalmente focado nela. Rocei os dedos em minha intimidade de maneira lenta e provocativa. Mesmo sem me penetrar profundamente, eu parecia derreter a cada movimento seu.
— Ninguém... nunca... — ela não conseguiu terminar a frase, mas eu duvidava que fosse realmente sobre ninguém nunca tê-la feito gozar.
— Você está tão molhada que chega a me dar água na boca. — murmurei ignorando suas palavras e circulei o lóbulo de sua orelha
Sophie tentou fechar as pernas, mas eu finalmente deslizei meu dedo para dentro dela, senti as paredes apertadas de mais protestarem com meu toque e o gemido dela sair mais alto do que os outros.
Porra, não! Não podia ser! Ela é virgem!
— Patrick? — ela virou um pouco o rosto e eu me afastei. — Desculpa, eu não quis... não vou me virar, podemos continuar.
Mas era tarde de mais, eu já estava indo pra longe dali, pra longe dela e da sua virgindade. Eu não ia tocar naquela garota nunca mais!
Eu já não entendia mais nada, em um minuto tudo estava bem, parecíamos finalmente estar nos entendendo e no outro ele estava correndo para longe de mim.Tentei me virar quando ele parou e tirou os dedos de perto de mim, mas me segurei e não me virei para confrontá-lo, não sei o que poderia ter feito Patrick me largar ali naquela biblioteca. Eu estava de costas para ele e sua máscara ainda cobria o rosto, não tinha a menos possibilidade de que eu conseguisse vê-lo.Ainda conseguia sentir os dedos dele sobre meu corpo, apertando, massageando e me penetrando. Esfreguei a mão em meu pescoço sentindo o calor subir só em pensar nos lábios dele ali.Eu não podia deixar que ele fizesse isso de novo, me beijasse, me tocasse, acendendo meu corpo por inteiro e sair correndo novamente como se o inferno tivesse chegado a terra.Sai de lá marchando decidida a fazê-lo me dar ao menos uma explicação para o surto de hoje, mas foi só chegar ao corredor principal que eu trombei com uma muralha e mãos fo
Fiquei o resto do dia enfiado no escritório e mesmo que dissesse que estava lendo um contrato, na verdade ainda estava preso na primeira página há muito tempo.E tudo era culpa de Sophie, eu não conseguia desviar meus pensamentos dela, por mais que eu tentasse sempre acabava voltando ao momento na biblioteca. Os gemidos dela invadiam meu pensamento, a sensação de sua pele macia se arrepiando com meu toque e então o calor que emanava de sua intimidade, molhada e apertada contra meu dedo e lá estava eu de novo com uma ereção dolorida e perdido em pensamentos.Eu não podia continuar com aquilo, tinha que tirar ela da cabeça ou não conseguiria fazer nada até que me enterrasse em sua boceta apertada.Não era minha intenção ligar para o meu pai só para reclamar disso, mas tomado pelo desejo e a frustração de saber que não poderia tê-la, eu acabei discando o número dele e colocando tudo para fora.— Acham mesmo que vou fazer filhos com uma tonta? É melhor arranjarem outra, muito promiscua de
Ainda chorando eu levei os pratos de volta pra cozinha, não me importei se Holly me viu com o rosto coberto de lágrimas ou se John estava me encarando de forma estranha, não ligava para nada a minha volta, só queria sair daquela casa.— John pode me levar até a cidade? Preciso fazer uma coisa e não quero que Patrick saiba. — ele olhou incerto para Holly, como se pedisse uma opinião. — Por favor, prometo não demorar.— Porque Patrick não pode saber? Ele não vai gostar de saber que eu te levei sem pedir permissão...— Patrick não tem que saber de tudo! — a última coisa que eu precisava agora era aquele monstro gritando que eu só sairia dali se fosse para voltar para a casa do meu tio. — Se você não puder eu vou sozinha.Talvez John soubesse que aquilo era um blefe, eu não tinha ideia para qual direção ficava a cidade, mas mesmo assim ele se levantou e me deu um sorriso amigável.— Vou pegar o carro, te espero no portão. — eu estava pronta para correr, mas ele me parou. — Tente não chama
Meu sangue ferveu com as palavras de John e por mais que eu quisesse ficar ali e socar a cara do babaca, tinha que encontrá-la primeiro, Sophie estava congelando na noite lá fora, perdida em uma mata que não conhecia nada.— Que roupa ela estava? Quero que rastreei o celular dela. — bradei subindo os degraus de dois em dois, enquanto apertava no contato de Chris.— Ela estava com um casaco e suéter, mas acabou arrancando tudo, consegui empurrar nela o casaco antes que ela fugisse. — parei meus passos e respirei fundo, tentando ter um pouco de auto controle ao pensar nela tirando a roupa para ele. — E chefe, ela não tem celular.— Como Sophie não tem celular? Em que século ela vive e porque eu não sabia disso? — gritei me virando para ele esperando por uma resposta e ignorando a voz do meu amigo do outro lado da linha.— Está no relatório sobre ela, achei que o senhor teria lido a essa altura.Bufei me recriminando por não ter lido aquela porra de uma vez, fiquei tão ocupado em por um
Abri meus olhos sendo recebida pelo escuro, tudo estava um breu, mas agora eu sentia algo fofo em baixo de mim e não um tronco duro e frio. Meus músculos estavam dolorido, eu me sentia como se tivesse sido atropelada ou corrido uma maratona, todo meu corpo doía e foi um sacrifício até que eu conseguisse mexer uma mão e tocasse os lençóis.Mas então me dei conta de que havia uma mão sobre a minha, tentei ajustar meus olhos para conseguir ver naquele escuro, mas não consegui ver nada.Não conseguia me lembrar do que tinha acontecido, como consegui sair daquela floresta congelante. A última coisa que eu me lembrava era de estar muito frio e escuro, eu não conseguia ver muito a minha frente mesmo assim continuei andando até não aguentar o frio e a fome, então me sentei esperando pelo pior.— Sophie, você acordou? — a voz de Patrick soou em meio a escuridão e eu travei.O que ele estava fazendo ali? Provavelmente esperando que eu acordasse para brigar comigo por minha estupidez, ou pior,
Ela tinha acabado de acordar e já estávamos brigando. Como isso era possível? Eu passei a noite ao lado dela, mesmo que cada parte da minha sanidade mental me dissesse para correr daquele quarto.Mesmo depois que ela abriu os olhos no meio da madrugada, não consegui ir quando ela me pediu para ficar. Ficou claro quando subi na cama que ela não estava com frio, senti o corpo quente se aconchegando no meu. Mas ela estava tão vulnerável e frágil quando me pediu para ficar, que eu não consegui ir embora.Talvez fosse uma estupidez sem tamanho, mas não pareceu quando ela se enrolou ao meu lado ressonando. Mas quando eu acordei medo me tomou.Estava tão relaxado do sono tranquilo que tive, que acabei me virei e espreguiçando de forma tranquila, não me importando com nada. Mas quando me dei conta de onde estava foi que temi que Sophie tivesse visto a abominação que eu era.Ela não estava na cama, o lado onde a pequena tinha dormido estava bagunçado, mas não havia sinal dela ali.Merda! Me ap
Eu achei que meus piores dias tinham ficado para trás, naquela casa maldita, mas pelo jeito eles só estavam começando. Desde que cheguei aqui não tive nenhum dia de paz e Patrick era o responsável por isso.Holly me encarava de forma engraçada, quase como se ela soubesse de algo que eu ainda não havia me dado conta. Bem, se ela sabia de algo que podia me animar essa era a hora de contar, porque eu estava me sentindo horrível.— Olha só pra você, mesmo depois de ontem ainda continua durona. — John falou sorrindo entrando junto com o médico enquanto Holly colocava a bandeja do meu lado na cama.Eu queria poder enfiar minha cabeça na terra, ainda não conseguia acreditar que tinha mesmo pedido pra ele tirar minha virgindade.— Você tem que comer querida, já basta o dia de fome ontem! — Holly parecia decidida a me ver comer, pois empurrou um prato em minha mão e se sentou ao meu lado.— Desculpa por ontem, aquilo nunca deveria ter acontecido com você. Se eu não tivesse sido tão estupido em
Ser julgado não só por meu amigo, mas por meus pais também, era a pior coisa. Os três ficaram ali parados me julgando com o olhar enquanto eu contava como foi a noite passada.Claro que deixei de fora a ideia absurda de Sophie em pedir que John tirasse sua virgindade, ninguém precisava saber daquilo.Quando eu terminei de contar minha mãe não esperou e subiu, soltando xingamentos até que estivesse longe o bastante. Me sobraram meu pai e Cris me encarando, prontos para começar as perguntas.— Vamos lá, podem falar. — resmunguei sem muita vontade, mas já sabendo que não teria para onde fugir, ter me livrado da minha mãe já era um ótimo começo.— Ok, eu vi a garota e ela é linda. Porque diabos você não ia querer ficar casado com ela? Porque essa ideia idiota de cancelar o contrato?Aquela altura a ideia parecia absurda até mesmo para mim. Teria que tirar essa opção da mesa depois da loucura que ela fez ontem, só por ouvir minha conversa com meus pais deixou Sophie desesperada para perder