Fiquei o resto do dia enfiado no escritório e mesmo que dissesse que estava lendo um contrato, na verdade ainda estava preso na primeira página há muito tempo.
E tudo era culpa de Sophie, eu não conseguia desviar meus pensamentos dela, por mais que eu tentasse sempre acabava voltando ao momento na biblioteca. Os gemidos dela invadiam meu pensamento, a sensação de sua pele macia se arrepiando com meu toque e então o calor que emanava de sua intimidade, molhada e apertada contra meu dedo e lá estava eu de novo com uma ereção dolorida e perdido em pensamentos.Eu não podia continuar com aquilo, tinha que tirar ela da cabeça ou não conseguiria fazer nada até que me enterrasse em sua boceta apertada.Não era minha intenção ligar para o meu pai só para reclamar disso, mas tomado pelo desejo e a frustração de saber que não poderia tê-la, eu acabei discando o número dele e colocando tudo para fora.— Acham mesmo que vou fazer filhos com uma tonta? É melhor arranjarem outra, muito promiscua de preferência, ou nada de netos!A linha ficou em silêncio e eu torci para que eles estivessem cogitando a ideia de cancelar tudo.Mas parte de mim queria que eu a beijasse de novo, até que nos esquecessemos do motivo para estarmos casados, meu corpo queria fazer ela queimar por mim até que implorasse para que eu a fizesse minha.Porém eu não podia ceder a isso, era apenas a necessidade de sexo falando mais alto e quando passasse eu me arrependeria de ter tocado nela, por trazer uma inocente para essa vida de merda a que eu estava preso.— Bem, para uma tonta ela parece ter mesmo entrado em seu sistema. — meu pai provocou me pegando de surpresa.— Eu estou irritado, apenas isso. Foram vocês que vieram com essa ideia de casamento por contrato, mas não tiveram a noção de arrumar uma mulher que soubesse o que estamos fazendo aqui. A garota vai acabar se apaixonando e quebrando o coração quando ver que não é correspondida.— Você parece se importar com ela afinal. — a voz complacente do meu pai dizia que ele não ia mesmo desistir de me fazer ficar feliz com ela.— Então é isso? É o que vocês querem, que eu não só viva infeliz, mas que também arraste uma garota com a vida pela frente pra minha infelicidade?— Filho, porque você ao menos não tenta dar a essa jovem uma chance? — mamãe questionou com a voz doce. — Porque não tenta se entender com ela? Vocês podem ser felizes juntos se tentar.Bufei ouvindo a ladainha sobre felicidade e amor que ela tentava me fazer engolir. Mas a verdade é que desde Emily eu nunca mais seria capaz de acreditar no amor, aquela vadia tinha feito um excelente trabalho em me fazer rever tudo o que eu acreditava saber desde pequeno.Eu tinha sido criado em um lar amoroso, tive uma vida regada do bom e do melhor, dinheiro, viagens, carinho, tudo o que eu queria era entregue em minha mãos de forma fácil. Mas foi só casar com aquela diaba para descobrir o que a vida era de verdade e então eu finalmente acordei começando a ver fora da bolha.Descobri da pior forma que na verdade as pessoas são mesquinhas e egoísta, sanguessugas sedentas por dinheiro e querendo suprir seus próprios desejos.— Vocês me ouviram, cancelem esse contrato e arrumem outra mulher se quiserem mesmo um neto!Apertei o botão colocando um fim na ligação e me joguei na cadeira novamente. Sophie e eu não podíamos nos envolver mais do que já nos envolvemos, tinha sido um erro tremendo e teria sido bem pior se eu tivesse levado ela pra cama. A garota tinha que ir embora dessa casa e para longe de mim.Minha respiração ficou descompassada, com o mero pensamento de Sophie indo embora. Logo ela encontraria um homem da idade dela que poderia dar todas as baboseiras que ela sonhava, como John disse não tinham meninas como ela solteiras por aí e ela não demoraria a ocupar a cama de alguém.Voltei meus olhos para a tela do computador voltando a ler o contrato e só no fim da tarde consegui finalizar aquela merda. Meus pensamentos ficaram indo e vindo na conversa que tive com meus pais, em especial as últimas palavras da minha mãe: "Porque não tenta se entender com ela? Vocês podem ser felizes juntos se tentar."Como eu poderia fazer alguém feliz se eu passava todos os dias me sentindo infeliz por ter deixado uma mulher estragar minha vida.Antes que me desse conta eu abri o programa de vigilância e comecei a olhar as câmeras procurando por ela. Passei cada uma delas tentando encontrar os cabelos longos castanhos, o corpo pequeno escondido em algum lugar, mas não achei ela.Onde ela podia ter ido? Tinha câmeras em todos os lugares, até mesmo no quarto dela, onde ela poderia ter ido?Sai de lá indo atrás de Holly, ela com certeza poderia me dizer onde Sophie tinha se escondido.— Holly, você sabe onde Sophie está? Preciso ter uma conversa com ela, mas não a encontro. — perguntei quando entrei na cozinha, mas a mulher não se virou nem se dignou a responder, continuou remexendo nas panelas. — Holly? Holly o que foi agora?— Senhor me diga a hora que deseja que o jantar seja servido, não vai ter problemas em fazer a sua vontade já que é o único a jantar em casa essa noite.O deboche e a irritação no tom dela não passaram despercebidos, mas o que chamou minha atenção foi ela dizer que eu seria o único a jantar hoje.— Onde Sophie está? Para onde John foi que não me avisou nada? E o que aconteceu para te deixar tão irritada? — perguntei, mas o que mais me incomodava era a primeira coisa, onde Sophie estava.— A resposta pra todas elas é a mesma, você continua a destruir suas chances de felicidade e não vê que está destruindo a de pessoas a sua volta também.Oh céus, do que ela estava falando agora? E porque todos tinham tirado o dia para falar sobre felicidade?— Holly agora não é a hora de falar em enigmas, preciso saber onde ela está!— John a levou para a cidade. — não acreditava que ele tinha feito isso sem me falar, minha expressão deve ter me entregado pois ela continuou. — Sophie implorou para que ele a levasse o mais rápido possível.— E porque isso? Porque ela implorou e mais importante, porque ele a levou sem consultar? — rosnei as palavras já sentindo meu sangue ferver só de imaginar o que poderiam estar fazendo longe daqui.Não deveria sentir ciúmes, especialmente porque John não faria nada com ela, mas isso não impedia que eu ficasse possesso imaginando ela longe.— Provavelmente porque ela se deu ao trabalho de preparar dois pratos e subir até seu escritório para almoçar com você, mas voltou minutos depois chorando. — Holly se virou para mim, cruzando os braços e com os olhos transbordando de raiva.— Ela não foi até o escritório... — minhas palavras morreram quando me dei conta que ela podia ter escutado toda a discussão com meus pais.Porra não podia ser isso! Se Sophie tivesse mesmo escutado o que eu falei ela com certeza já estaria longe, iria colocar a maior distância entre nós dois e ainda daria um jeito de levar o dinheiro do contrato.Então meu pensamento formou a imagem dela com outro homem já, se divertindo na cidade já que entendeu que eu não a queria. Um gosto amargo preencheu minha boca no mesmo instante, meu dia não tinha mesmo como piorar.— Patrick! Patrick! — ouvi John gritando e fui em direção a ele, antes mesmo que ele alcançasse a escada eu o parei.— O que diabos estava pensando quando levou Sophie pra fora daqui sem me falar? — bradei sem deixar que ele dissesse nada.— Chefe, eu te explico tudo depois, mas primeiro precisamos correr, pois Sophie está perdida na floresta! — ele exclamou afobado e eu engoli em seco, um frio se instaurou na boca do meu estômago quando medo me tomou.— Como isso aconteceu? Como foi que deixou ela se perder na floresta?— Ela... Nós estávamos... Sophie bebeu mais do que devia e quando voltamos ela começou a falar umas coisas estranhas, ela tentou...— Porra John, fale de uma vez seu idiota! — meu tom alto reverberou pelas paredes da sala de estar.— Ela queria transar comigo! — ele cuspiu as palavras e eu vi vermelho, dei duas passadas largas e o puxei pelo colarinho. — Mas eu não fiz, não fiz e ela correu! — John se apressou em dizer. — Sophie começou a falar que precisava perder a virgindade, porque você não queria uma mulher inocente e ela precisava dar um jeito nisso.Ainda chorando eu levei os pratos de volta pra cozinha, não me importei se Holly me viu com o rosto coberto de lágrimas ou se John estava me encarando de forma estranha, não ligava para nada a minha volta, só queria sair daquela casa.— John pode me levar até a cidade? Preciso fazer uma coisa e não quero que Patrick saiba. — ele olhou incerto para Holly, como se pedisse uma opinião. — Por favor, prometo não demorar.— Porque Patrick não pode saber? Ele não vai gostar de saber que eu te levei sem pedir permissão...— Patrick não tem que saber de tudo! — a última coisa que eu precisava agora era aquele monstro gritando que eu só sairia dali se fosse para voltar para a casa do meu tio. — Se você não puder eu vou sozinha.Talvez John soubesse que aquilo era um blefe, eu não tinha ideia para qual direção ficava a cidade, mas mesmo assim ele se levantou e me deu um sorriso amigável.— Vou pegar o carro, te espero no portão. — eu estava pronta para correr, mas ele me parou. — Tente não chama
Meu sangue ferveu com as palavras de John e por mais que eu quisesse ficar ali e socar a cara do babaca, tinha que encontrá-la primeiro, Sophie estava congelando na noite lá fora, perdida em uma mata que não conhecia nada.— Que roupa ela estava? Quero que rastreei o celular dela. — bradei subindo os degraus de dois em dois, enquanto apertava no contato de Chris.— Ela estava com um casaco e suéter, mas acabou arrancando tudo, consegui empurrar nela o casaco antes que ela fugisse. — parei meus passos e respirei fundo, tentando ter um pouco de auto controle ao pensar nela tirando a roupa para ele. — E chefe, ela não tem celular.— Como Sophie não tem celular? Em que século ela vive e porque eu não sabia disso? — gritei me virando para ele esperando por uma resposta e ignorando a voz do meu amigo do outro lado da linha.— Está no relatório sobre ela, achei que o senhor teria lido a essa altura.Bufei me recriminando por não ter lido aquela porra de uma vez, fiquei tão ocupado em por um
Abri meus olhos sendo recebida pelo escuro, tudo estava um breu, mas agora eu sentia algo fofo em baixo de mim e não um tronco duro e frio. Meus músculos estavam dolorido, eu me sentia como se tivesse sido atropelada ou corrido uma maratona, todo meu corpo doía e foi um sacrifício até que eu conseguisse mexer uma mão e tocasse os lençóis.Mas então me dei conta de que havia uma mão sobre a minha, tentei ajustar meus olhos para conseguir ver naquele escuro, mas não consegui ver nada.Não conseguia me lembrar do que tinha acontecido, como consegui sair daquela floresta congelante. A última coisa que eu me lembrava era de estar muito frio e escuro, eu não conseguia ver muito a minha frente mesmo assim continuei andando até não aguentar o frio e a fome, então me sentei esperando pelo pior.— Sophie, você acordou? — a voz de Patrick soou em meio a escuridão e eu travei.O que ele estava fazendo ali? Provavelmente esperando que eu acordasse para brigar comigo por minha estupidez, ou pior,
Ela tinha acabado de acordar e já estávamos brigando. Como isso era possível? Eu passei a noite ao lado dela, mesmo que cada parte da minha sanidade mental me dissesse para correr daquele quarto.Mesmo depois que ela abriu os olhos no meio da madrugada, não consegui ir quando ela me pediu para ficar. Ficou claro quando subi na cama que ela não estava com frio, senti o corpo quente se aconchegando no meu. Mas ela estava tão vulnerável e frágil quando me pediu para ficar, que eu não consegui ir embora.Talvez fosse uma estupidez sem tamanho, mas não pareceu quando ela se enrolou ao meu lado ressonando. Mas quando eu acordei medo me tomou.Estava tão relaxado do sono tranquilo que tive, que acabei me virei e espreguiçando de forma tranquila, não me importando com nada. Mas quando me dei conta de onde estava foi que temi que Sophie tivesse visto a abominação que eu era.Ela não estava na cama, o lado onde a pequena tinha dormido estava bagunçado, mas não havia sinal dela ali.Merda! Me ap
Eu achei que meus piores dias tinham ficado para trás, naquela casa maldita, mas pelo jeito eles só estavam começando. Desde que cheguei aqui não tive nenhum dia de paz e Patrick era o responsável por isso.Holly me encarava de forma engraçada, quase como se ela soubesse de algo que eu ainda não havia me dado conta. Bem, se ela sabia de algo que podia me animar essa era a hora de contar, porque eu estava me sentindo horrível.— Olha só pra você, mesmo depois de ontem ainda continua durona. — John falou sorrindo entrando junto com o médico enquanto Holly colocava a bandeja do meu lado na cama.Eu queria poder enfiar minha cabeça na terra, ainda não conseguia acreditar que tinha mesmo pedido pra ele tirar minha virgindade.— Você tem que comer querida, já basta o dia de fome ontem! — Holly parecia decidida a me ver comer, pois empurrou um prato em minha mão e se sentou ao meu lado.— Desculpa por ontem, aquilo nunca deveria ter acontecido com você. Se eu não tivesse sido tão estupido em
Ser julgado não só por meu amigo, mas por meus pais também, era a pior coisa. Os três ficaram ali parados me julgando com o olhar enquanto eu contava como foi a noite passada.Claro que deixei de fora a ideia absurda de Sophie em pedir que John tirasse sua virgindade, ninguém precisava saber daquilo.Quando eu terminei de contar minha mãe não esperou e subiu, soltando xingamentos até que estivesse longe o bastante. Me sobraram meu pai e Cris me encarando, prontos para começar as perguntas.— Vamos lá, podem falar. — resmunguei sem muita vontade, mas já sabendo que não teria para onde fugir, ter me livrado da minha mãe já era um ótimo começo.— Ok, eu vi a garota e ela é linda. Porque diabos você não ia querer ficar casado com ela? Porque essa ideia idiota de cancelar o contrato?Aquela altura a ideia parecia absurda até mesmo para mim. Teria que tirar essa opção da mesa depois da loucura que ela fez ontem, só por ouvir minha conversa com meus pais deixou Sophie desesperada para perder
Eu corri até meu quarto, pronta para escolher uma roupa que fosse fazer Patrick perder a cabeça. Audrey tinha sido muito gentil em me dar aquelas roupas de presente, do contrário eu não conseguiria comprar nada.Tomei um longo banho, me certificando de estar bem depilada em todos os lugares, se meus planos saíssem perfeitamente, até o fim da noite Patrick estaria na minha cama.— Vem aqui minha linda, vou te maquiar e arrumar seu cabelo. — Audrey me pegou de surpresa quando sai do banheiro. — Hoje vamos começar a por em prática nossas táticas.Ela e Holly tinham passado o dia me dando dicas de como dobrar aquele homem. Como eu já suspeitava não era sendo doce e amável que eu conquistaria o coração do meu marido, segundo a mãe dele, desde o primeiro casamento Patrick passou a acreditar que não tinha um coração mais e desistiu do amor.Ser doce e amável o lembraria como as mulheres manipulavam para conseguir o que queriam, então eu ia continuar como fui desde o primeiro dia, batendo de
Como eu imaginei minha noite tinha se transformado em um verdadeiro inferno. Sophie tinha colocado uma droga de vestidinho que mais parecia um guarnapo, já que mostrava mais do que cobria.Cada maldito homem naquele lugar estava de olho nela, até mesmo o babaca do Cris estava comendo ela com os olhos.Eu estava começando a acreditar que ele tinha chamado ela para a balada de propósito, ele provavelmente já tinha colocado os olhos nela quando a encontramos na floresta. Aquele merdinha!Então ela focou os olhos em mim, parecia uma deusa sensual remexendo os quadris, me olhando com aqueles olhos. Porra até mesmo a jogada de cabelo dela estava me excitando aquela altura.Cris se aproximou ainda mais, enfiando o rosto no pescoço dela e me sangue ferveu. Estava tão ligado na cena deles que não percebi a mulher se jogando no meu colo.— Oi lindo, está tão sozinho. — ela grasnou passando a mão no meu peito e subindo pelo meu pescoço.— Acho bom tirar as mãos de mim. — ela sorriu de forma sedu