Parecendo completamente fora de si, Jonathan se afastou repentinamente. Ela, ainda entorpecida pela proximidade de alguns segundos atrás, demorou-se mais de um minuto para voltar a si e somente então notou: O marido não estava mais no quarto e Cloe já não mais em seus braços. Levantar-se da poltrona tão rápido quanto Catherine o fez lhe causou uma perda de equilíbrio temporal que logo se recompôs. Neste momento, caminhou para fora do quarto, enxergando um corredor vazio, sem o mais mínimo sinal de para onde ele havia ido. Adentrando o quarto novamente, ela tomou segundos encarando a poltrona e se perguntando em que viagem estava. Como conseguia estar tão aérea apenas por um simples homem? — Bem, talvez não um homem tão simples assim. — Ela voltou atrás na questão em voz alta. — Esta falando de mim? — A voz sugiriu de trás, próxima de mais. Jonathan virou a esposa de frente, a fazendo ter de tombar a cabeça para trás, para poder encarar seu rosto no alto daquele corpo malha
Uma de suas mãos se fixou ao lado da cabeça dela no colchão, o marido ajustou sua cintura sobre o meio de suas pernas, subindo para mais próximo de seu rosto. Ela ainda arfava pelo orgasmo que teve com a habilidosa língua dele. Jonathan então posicionou a cabeça grossa de seu membro enrijecido sobre a entrada molhada e quente da esposa, fazendo-a gemer tão alto ao ponto de repercutir pelo quarto. Quando ela se deu conta de que os sons vinham de sua garganta tentou conter-se, mas era tarde. O corpo do marido, agachou-se contra o seu, sua mente teve um estalo do que estava próximo de acontecer e por um momento recordou-se do quão grande Jonathan era. A preocupação tomou seu rosto, entretanto, o tempo para o interromper tinha acabado e quando notou, sua cabeça avantajada já deslizava para dentro dela. Ele abria caminho, fazendo-a sentir-se completamente cheia e lhe arrancando gemidos involuntários e impossíveis de conter. Suas mãos subiram se fechando ao redor do pescoço de seu mari
[ Segunda-feira, oito de agosto ] Catherine estava de volta à empresa há menos de uma semana, porém já concluía todo o atraso de um mês nestes poucos dias. Os comerciais estavam em alta produção devido a estação propícia para filmagens. O inverno era lindo em agosto, com poucas nevascas e um céu mais limpo e radiante para se gravar. Comerciais de moda, aquecedores e cinema explodiam nesta época do ano. Tudo associado a ficar quentinho com alguém que se ama ou passar um tempo em família. As etapas iniciais eram sempre burocráticas e exigiam um cérebro expirado. O trabalho de produção não era apenas sobre planejar, juntar o pessoal e filmar, também se tratava solucionar problemas nas filmagens de forma criativa e de baixo custo. Quase sempre se começava pela criação do roteiro, planejamento do orçamento e em seguida a escolha do formato de vídeo. Então no menor prazo possível começava-se a preparação dos equipamentos para dar inicio a parte mais caótica e divertida: a produção.
Contando somente o necessário, Jonathan esclareceu a Celine sobre os comportamentos atuais de Catherine. Esta ouviu atentamente, chegando ao ponto de quase não acreditar por tudo que a colega de trabalho – antes muito sorridente e agora depressiva – passou. — Sempre achei que havia algo de errado com aquele professor. — Celine comentou, se lembrando de seus tempos de faculdade. — O conheceu? — Estudei na mesma faculdade da sua esposa, há cerca de três anos atrás. Me formei em marketing lá. Ouvi muitas alunas suspirando por ele nos corredores. — Felizmente ele não anda mais enganando ninguém por aí. Pagou com a vida pelas juventudes e ingenuidades que destruiu. — O CEO mencionava com a furia visível nas palavras e nos olhos. Esperando-o diminuir a chamas, Celine fez um último comentário antes de encerrar o assunto. — Compreendo, e daqui pra frente conte comigo para cuidar de Cat. — Obrigada Celine. — Ele agradeceu genuinamente e se levantou de sua mesa. Acompanhou a gerente d
| LegendaTPST: transtorno de estresse pós-traumático |[ Seis da tarde, mesmo dia ] — Sr. Cohen, ela vai ficar bem. — Então me explique o quão "bem" você acha que ela poderá estar! Por que tudo que eu enxergo é que você, Celine, falhou! — A voz exaltada de Jonathan repercutia no corredor do hospital. — Não, eu …— Jonathan! — Catherine estava de pé à porta de seu quarto, olhando-o furiosa. Se ele tivesse de gritar com alguém, que fosse com ela, pois ao final, foi sua própria teimosia que a levou a estar onde estava. Não iria permitir que seu marido saísse gritando com sua colega, como se ela tivesse culpa de algo. — Eu espero realmente que você esteja pronto para pedir desculpas a ela. — Mas Cat…— Sem "mas" Jonathan. Esse seu comportamento com os funcionários ainda vai trazer problemas, então peça desculpas a ela, porque você não tinha o direito de gritar com Celine. O maior ajeitou a gravata no pescoço e parecendo resistente em se curvar, pediu desculpas entre dentes. Celi
Indecisa sobre se havia intimidade o suficiente, Celine preferiu arriscar e ofereceu um abraço ao CEO. — Sei que agora tudo deve estar parecendo um filme de terror pra Cat e também pra você, mas eu acredito que se o bebê puxar a mãe, ele ou ela irá resistir. — Obrigada pelo apoio. — Jonathan agradeceu, sentindo-se melhor e querendo acreditar na força da esposa e do filho. Recomposto, ele lembrou-se novamente das crianças na escola e da família que os esperava para o jantar sem saber do estado de Catherine. — Celine, poderia me emprestar seu telefone? — Claro. — A gerente de marketing o entregou. Como o smartphone em mãos, sua cabeça ficou confusa por alguns segundos se perguntando a quem ligar. Ao seu pai nem pensar, o pobre velho poderia ter um ataque cardíaco caso ficasse alterado com a notícia. Aos seus irmãos mais novos também não, a última coisa de que precisava era dos comentários de Gabriela ou da lentidão de Gabriel. A mais apropriada era Lúcia, mas a velha senhora ti
| Legenda: ENCLOFOBIA, é o medo de multidões. |— Não querida, eu só tenho que ficar deitada, pra não fazer mal ao… — Ela fraquejou, repensava se deveria contar. Existia o risco de perderem o bebê, e se ela contasse não suportaria olhar para as meninas caso algo desse errado.— Para não doer meu estômago, acho que peguei uma gripe e me sinto meio tonta para ficar de pé. — Continuou, com a fraca mentira.— Então é por isso que vomitou no fim de semana passado, quando o vovô nos levou no restaurante? Catherine sabia não ser apenas a recente grávidez o motivo. Na verdade uma das psicólogas que a tratou depois do que houve entre ela e James Francco, já a tinha diagnosticado com uma possível enoclofobia. Bastava ter um pouco mais que dez pessoas ao seu redor para estar nervosa. A última semana de trabalho, tentando parecer bem na frente de sua equipe tinha sido um esforço gigantesco, talvez tanto estresse houvesse causado a quase perda do bebê e isso a fazia sentir-se angustiada.
— Pai, por que a mamãe escondeu da gente? — Ela não quis esconder de vocês, princesa. É que talvez o seu irmãozinho não consiga crescer e se isso acontecer, ela não quer que vocês fiquem tristes. — Jonathan explicou da melhor forma que pôde. — Então eu não vou contar que eu sei de tudo. — Agnês disse, pensando que assim Catherine não teria motivos para estar triste. — Essa é minha menina. — O pai a jogou no ar e a pegou nos braços. — Vamos descer agora? A filha assentiu sorridente com a brincadeira e ambos baixaram as escadas.[ Quinze dias depois ] — O saco gestacional parece bem. — A obstetra disse confirmando os resultados. — Então o bebê está fora de perigo? — Jonathan questionava. Ouvir que a criança nasceria saudável era a única frase que realmente poderia acalmá-lo. Seu medo não estava apenas em perder um filho, havia ainda Catherine naquela situação novamente. Não podia prever que ela suportaria. A falta de resposta para um problema sempre o fez se interessar muit