Meu corpo todo travou. Eu me mantive de costas para ele, tentando assimilar suas palavras.
Ele me ama?
— O que disse? — perguntei por precaução.
— Eu disse que amo você, Amelia. Loucamente.
Virei vagarosamente para encará-lo. Josh tinha seus braços abertos enquanto falava.
— Tão loucamente, que eu escondi isso para não te assustar. Mas eu me apaixonei por você naquele cais. Naquela sessão de amassos durante a madrugada.
Seus braços caíram e suas palmas bateram em suas pernas enquanto ele desviava seu olhar para as ondas do mar.
— Eu sei. Que homem se apaixona à primeira vista? Eu não sei, culpe o maldito chafariz da senhora Kato, dizem que dá sorte de qualquer forma. O fato é que eu não consegui tirar você da minha cabeça.
Seus olhos voltaram a me fitar, mas ele n&atil
Apenas para deixar claro, eu continuava odiando a Katherine Heigl.Tudo bem, não tanto.Minha rebeldia a respeito de casamentos acabou. Bem, tinha que acabar. Afinal, quando Jen e Luke estavam completando um ano de casamento, Joshua estava me pedindo para casar com ele. E mais seis meses depois, eu estava com Della, minha dama de honra, e minhas irmãs como madrinhas enfileiradas em nossa frente para sairmos do salão da senhora Kato em direção ao chafariz. É claro que a cerimônia seria lá. A festa seria na parte interna do salão.As velas foram acesas, e um gazebo de bambu retorcido repleto de pequenas flores e lâmpadas foi colocado na frente. O cenário ficou maravilhoso.Todos os nossos amigos e familiares estavam lá. Jenna e Luke, Lindsey e Went, Lorenzo, meu querido amigo, e sua Evelyn, que por sinal foi companheira de trabalho de Josh e a garota que acendeu as velas que a
Odeio a Katherine Heigl.Sim, eu odeio.Odeio o fato de ela ter feito um filme onde foi madrinha vinte e sete vezes.Odeio que ela pareça tão feliz e altruísta naquele maldito longa-metragem.Quem adora entrar na porra de um vestido ridículo e ficar parada com cara de mocinha emocionada enquanto duas pessoas se comprometem a se amarem para sempre? Que garota pensa que se ela estiver presente nos casamentos das amigas, fará com que elas devolvam o favor e participem do seu casamento com o cara escolhido, o homem certo?Então, sim! Odeio Katherine Heigl.Odeio que o filme tenha feito tanto sucesso. E principalmente:Odeio que me comparem a ela.Não estive em vinte sete casamentos, mas em doze até o momento. E pretendo parar exatamente neste número.Ao contrário da mocinha de Vestida Para Casar, ser madrinha para mim não é uma honra
Jenna não poderia ter escolhido um vestido menos quente? Ou menos apertado na cintura, menos bufante na saia, menos salmão na cor...?Tudo bem, eu estava sendo uma cadela mal-humorada. Mas eu estava com calor, estava cansada, e minha cota de casamentos havia alcançado um limite.Aquele seria o último.Jen e Luke seriam os últimos que me teriam como madrinha. As pessoas me usavam como pé de coelho, mas se esqueciam de perguntar como eu estava em relação a tudo aquilo. Gostava dos casais que me convidaram, mas realmente não tinha nenhuma ligação mais estreita com a maioria deles. Sem contar o desespero para ter sucesso no casamento.Não era a minha presença que evitaria as brigas, traições, rotinas, cobranças, doenças e também não seria a minha presença que lhes abençoaria com filhos, sexo gostoso pelo resto de s
— Você está bem? — perguntou novamente, retirando a pequena toalha pendurada em seu bolso e me entregando. — Desculpe, esse pano sujo não vai ajudar muito... Vem comigo, vou ajudar você a se secar.Ele estendeu a mão para me ajudar a levantar, mas eu só consegui ficar parada, olhando para ele. Alto, porte másculo, cabelos escuros e sedosos, daqueles que quando mexemos não param no lugar e provavelmente escorrem pelos dedos, olhos cor de mel, os dentes pareciam levemente tortos — notei enquanto ele falava sem parar —, mas eram tortos de uma forma sexy... Combinava com ele.— Moça? Droga! Será que entrou água no cérebro? Está bêbada? — perguntou, franzindo o cenho e me analisando mais de perto. — Alô?! — caminhou um pouco mais e nivelou seu rosto com o meu.Piscando para trazer de volta o meu foco, balancei a ca
Ele não me levou até a porta de casa. Não deixei. Passava das dez da manhã, e meus pais estariam acordados, com toda a certeza.Droga, Amelia, consiga logo sua própria casa!Assim que passei pelo portão, virei em direção ao seu carro apenas para lhe acenar mais uma vez. Um último adeus. Ele prometeu que me ligaria, mas eu não criaria esperança.Com mais uma olhada, ele assentiu e acelerou seu Mustang GT-qualquer-coisa, que tanto se orgulhava, e foi embora.Quando fechei a porta e me escorei atrás dela, fechei os olhos tentando controlar tudo que sentia naquele momento. As lembranças da madrugada tentavam invadir minha mente, mas eu as bloqueava até que estivesse em meu quarto, na minha cama.— Amy? É você? — Ouvi meu pai perguntando da cozinha.— Sim! Bom dia, pai. Estou subindo.— Quem trouxe
O vestido vermelho delineava meu corpo valorizando o que precisava, com exceção dos meus seios. A única coisa que valorizaria meus seios seriam próteses mamárias. Meus peitos eram pequenos e mal enchiam meu sutiã tamanho P. Meu corpo era simples, pesava cerca de sessenta quilos, às vezes menos, na maioria das vezes mais. Meu bumbum era decente, assim como minhas pernas, mas meus seios eram simples, necessitavam de artifícios para que ficassem apresentáveis. No caso do vestido que usava para ir ao JJ Pub naquela noite, eu precisava de um sutiã push up, mas o único naquele estilo que eu tinha estava lavando, então nada de seios avantajados para mim.Meus cabelos eram cacheados, com cachos grandes e abertos, facilmente modeláveis. Eram castanhos, em um tom chocolate, assim como meus olhos. Optei por deixá-los soltos, mas peguei um elástico fino e discreto e coloquei
— Que tal a sua casa? — perguntei, deixando de lado qualquer protocolo existente no código de conduta inventado para a mulher não transar antes de cinco encontros.Nesse código de conduta, itens como “não se depile”, “use calcinha velha” e “diga que está menstruada” estavam no topo da lista. Mas a minha vontade de pular em Joshua e transar com ele a noite toda era maior e o fato de eu não estar dando “checked” em nenhum dos itens cagados dessa lista me levavam a acreditar que eu deveria fazer o que desejava, e não seguir um protocolo que me deixaria frustrada depois.Exatamente como fiquei nas duas últimas semanas quando não levantei todas as camadas de tecido cafona do vestido de madrinha e simplesmente transei com ele em seu carro. — Hum... Estou em transição entre casas agora — admitiu, e eu le
— Caramba! Você é muito preguiçosa. Vamos! Acorde, Amy. Já passa das onze. — Ouvi a voz baixa de Josh sussurrando enquanto distribuía beijos por minhas costas nuas.— Hum... Bom dia. Eu gosto disso. Mas não sou preguiçosa, é sábado — respondi, me virando, o rosto de Josh estava em meus seios. Com um sorriso, começou a beijá-los. — Josh... — murmurei, levando as mãos em seus cabelos.— Eu sou totalmente a favor de ficarmos na cama o dia todo, mas precisamos nos alimentar, por isso acordei você. Estou com fome, e a noite eu tenho que tocar em um bar na cidade vizinha — explicou entre os beijos deliciosos que dava.— Tudo bem, mas se você continuar fazendo isso, não sairemos — afirmei sem nenhuma convicção, estava totalmente bem em não sair para comer. Quem precisava de comida?