No dia seguinte, eu optei por não levar as meninas para a escola, sei que daria problema por conta da Solange, mas não quis nem saber, acho que ambas não estavam com cabeça para irem pra escola. E como eu imaginava, Solange foi até a minha casa para tirar satisfação comigo, pois queria saber quem eu pensava que era pra decidir se a filha dela ia ou não pra escola.
- Solange, que tipo de mãe você é? - Perguntei. - Sua filha foi abusada e você não está nem aí, tem noção do quão grave que é isso?
- O meu pai está doente. - Gritou defendendo - o.
- Então ele que vá se tratar e não fazer isso com duas crianças inocentes. - Gritei mais alto que ela.
Solange bufou de raiva e começou a gritar pelo nome da filha, que em seguida apareceu com lágrimas nos olhos.
- Vamos pra cas
- Em coma? - A questionei. - Não, não pode ser.- Eu tô aqui com os pais dele, estamos muito preocupados, não sabemos se ele sai do coma com vida. - Falou Mila bastante aflita.- Óh, meu Deus! - Digo. - Temos que pensar positivo, ele ficará bom. Ele tem que ficar bom.- Deus te ouça.Assim que desliguei o telefonema, Steve me perguntou o que havia acontecido e eu lhe contei.- Coitado! - Falou. - Tomara que ele melhore.- Tomara mesmo. Vou deixar a Mel na casa do meu pai e depois vou ver o Matteo. - Falei.- Quer que eu vá com você?Pensei por um instante se eu aceitava ou não, mas resolvi aceitar. Arrumei uma pequena mochila para a minha filha e fomos para casa do meu pai que era um pouco longe, mas eu não tinha outro lugar para deixar a Mel e eu não acho que hospital seja lugar de criança.- Pai! - Falei ao abraçá-lo.
Como a mãe da Vale estava presa e a menina não tinha mais ninguém no mundo e eu era a pessoa mais próxima dela, acabaram me dando sua guarda provisória, porém me deixaram claro de que eu teria que entrar na justiça com um pedido de guarda definitiva, e foi o que eu fiz no dia seguinte.- Eu vou morar com vocês? - Perguntou Vale assim que eu coloquei ela e Mel pra dormir.- Vai sim, meu amor. - Falei.- E nós seremos irmãzinhas. - Falou minha filha.- E você será minha mamãe? - Perguntou Vale para mim.- Sim, querida. - Respondi. - E a partir de hoje eu cuidarei de vocês com todo amor e nunca, nunca, nunca mais alguém vai machucar vocês novamente, porque eu as protegerei, eu falhei uma vez, mas podem ter certeza que não falharei de novo.Dei um beijo no rosto delas e apaguei a luz do quarto.- Não, mam&atil
- Você não está me reconhecendo? - Perguntei à Matteo.- Tô te... zuando. - Falou ao abrir um terno sorriso. - Nem se... eu quisesse, não... te esqueceria.- Ai, seu idiota. - Falei.- O que... houve? Por que... estou... aqui?- Você sofreu um acidente de carro e digamos que você dormiu por um tempo. Um bom tempo. - Falei. - Ai, estou tão feliz que você acordou!- E eu... estou feliz em... te ver.Dei um leve sorriso e Matteo sorriu também, ficamos nos olhando por alguns segundos, até que resolvi avisar os médicos que Matteo havia acordado.Incrível como ele ficou alguns meses em coma e acordou super bem, como se tivesse passado apenas alguns dias, e ainda acordou fazendo piada e me assustando. Ah, parecia até mentira, e com certeza isso só pode ter sido um lindo milagre. Os médicos examinaram ele, e disseram que dificilme
- Como assim? - Perguntei já bastante abalada com a notícia. -Ele não pode estar morto, eu o vi faz algumas horas e ele estava ótimo. Como foi isso?- Eu não sei ainda. - Disse papai muito nervoso. - Mas ele foi encontrado morto dentro do carro dele, havia levado 10 tiros.- Ai, meu Deus! - Falei apavorada e aos prantos.Joca estava morto. Meu irmão de criação estava morto. Meu amigo, confidente, companheiro de todas as horas havia morrido. E pensar que horas antes eu estava com ele, provavelmente eu fui a última pessoa a vê-lo com vida. O fato dele estar morto não entrava na minha cabeça, era tão jovem, com uma vida toda pela frente, tantos sonhos, tantos projetos, tudo interrompidos de uma forma cruel. E pelo jeito que papai me contou, isso estava com cara de ser algo criminal, mas quem poderia querer matá-lo? Joaquim era tão querido, que todo mundo o adorav
- Desculpa, desculpa. - Falei ao me afastar de Matteo.- Por que você fez isso? - Me perguntou com a mão direita nos lábios que eu havia acabado de beijar.- Desculpa, não devia, né? Você não gostou, eu sabia…- Tá maluca, mulher? - Perguntou. - Foi a melhor coisa que vocêpoderia ter feito. Eu adorei, só acho que isso podia ter acontecido há mais tempo, mas valeu a pena esperar, pois foi melhor do que eu imaginei.Sorri meio sem graça, e desviei um pouco o olhar enquanto eu me perguntava se estava corada o suficiente a ponto dele perceber. Ficamos nos olhando por um segundo, queria beijá-lo novamente, mas estava com mais vergonha do que da primeira vez.- Hey… - Ele diz ao me puxar pela mão.Me aproximei de Matteo, e ele entrelaçou seus dedos nos meus. A gente se olhou e ele me abraçou, um abraço gosto
Eu estava chegando da escola com as meninas quando dei de frente com Steve, que não estava com uma cara muito amigável.- Oi Kim. - Ele me disse.- Oi. Meninas, entrem e vão brincar, eu já vou.As duas entraram em disparada na nossa casa. Steve e eu ficamos nos olhando.- Como você está? - Perguntou Steve.- Tô bem. - Respondo com indiferença.- Ah, eu sinto tanto a sua falta. - Ele fala ao se aproximar de mim.Olhei para Steve e pensei se fiz a coisa certa, porém ao olhar no fundo dos olhos dele, eu tive a plena certeza de que eu não podia ter feito uma escolha melhor, eu gostava do Steve, gostava muito, mas com o Matteo era diferente, eu sentia algo por ele que era inexplicável, a minha vontade era estar o tempo todo com ele, só pensava nele e fazia planos de um dia casar com ele, tipo daqui uns 5 ou 6 anos, e até pensava em um dia d
Matteo e eu fomos rapidamente para meu quarto, e fomos com nossas bocas grudadas uma na outra, o fogo que estávamos sentindo já estava queimando todo o nosso corpo, nem lembro quando foi a última vez que eu me senti tão excitada daquele jeito, eu só queria o corpo dele colado com o meu, sentir nossos corpos entrelaçados como se fôssemos um só.Nós dois deitamos em minha cama e ficamos nos beijando. Quando enfim paramos, ficamos nos olhando e então, ele beijou meu pescoço e logo começou a chupá-lo, fechei os olhos para aproveitar cada segundo daquilo.Em seguida, sentei na cama e Matteo também sentou, ficando de frente para mim, tirei sua camisa calmamente enquanto fiquei fitando-o. Ele, por sua vez também tirou a minha blusa. Matteo ficou me olhando parecendo meio encabulado. Tirei meu sutiã sem parar de olhá-lo. Ele, por sua vez, nem tentou disfar&cced
Terça - feira. Deixei as meninas na fila da turma delas e fui pra sala dos professores.- Pessoal, hoje teremos um aluno novo no terceiro ano do médio. - Falou dona Marianne, a diretora da escola.- E sabe como ele é? - Perguntou Otávio, o professor de História.- Bom, pelo pouco que eu reparei no dia que ele veio com a mãe na entrevista, me pareceu ser um garoto tranquilo, não parece ser desses problemáticos.Ah, menos mal, pois as turmas que eu dava aula eram bem grandes, e em geral eram boas, porém eu tinha uns alunos que nem dando com uma cobra morta na cabeça, a criatura não parava de falar besteira, eu tinha que pedir várias vezes pro ser fazer silêncio.Logo que o sinal tocou eu me dirigi para minha primeira turma daquela manhã, que seria um dos terceiros anos. Eu estava passando a matéria no quadro quando bateram à port