- Você não está me reconhecendo? - Perguntei à Matteo.
- Tô te... zuando. - Falou ao abrir um terno sorriso. - Nem se... eu quisesse, não... te esqueceria.
- Ai, seu idiota. - Falei.
- O que... houve? Por que... estou... aqui?
- Você sofreu um acidente de carro e digamos que você dormiu por um tempo. Um bom tempo. - Falei. - Ai, estou tão feliz que você acordou!
- E eu... estou feliz em... te ver.
Dei um leve sorriso e Matteo sorriu também, ficamos nos olhando por alguns segundos, até que resolvi avisar os médicos que Matteo havia acordado.
Incrível como ele ficou alguns meses em coma e acordou super bem, como se tivesse passado apenas alguns dias, e ainda acordou fazendo piada e me assustando. Ah, parecia até mentira, e com certeza isso só pode ter sido um lindo milagre. Os médicos examinaram ele, e disseram que dificilme
- Como assim? - Perguntei já bastante abalada com a notícia. -Ele não pode estar morto, eu o vi faz algumas horas e ele estava ótimo. Como foi isso?- Eu não sei ainda. - Disse papai muito nervoso. - Mas ele foi encontrado morto dentro do carro dele, havia levado 10 tiros.- Ai, meu Deus! - Falei apavorada e aos prantos.Joca estava morto. Meu irmão de criação estava morto. Meu amigo, confidente, companheiro de todas as horas havia morrido. E pensar que horas antes eu estava com ele, provavelmente eu fui a última pessoa a vê-lo com vida. O fato dele estar morto não entrava na minha cabeça, era tão jovem, com uma vida toda pela frente, tantos sonhos, tantos projetos, tudo interrompidos de uma forma cruel. E pelo jeito que papai me contou, isso estava com cara de ser algo criminal, mas quem poderia querer matá-lo? Joaquim era tão querido, que todo mundo o adorav
- Desculpa, desculpa. - Falei ao me afastar de Matteo.- Por que você fez isso? - Me perguntou com a mão direita nos lábios que eu havia acabado de beijar.- Desculpa, não devia, né? Você não gostou, eu sabia…- Tá maluca, mulher? - Perguntou. - Foi a melhor coisa que vocêpoderia ter feito. Eu adorei, só acho que isso podia ter acontecido há mais tempo, mas valeu a pena esperar, pois foi melhor do que eu imaginei.Sorri meio sem graça, e desviei um pouco o olhar enquanto eu me perguntava se estava corada o suficiente a ponto dele perceber. Ficamos nos olhando por um segundo, queria beijá-lo novamente, mas estava com mais vergonha do que da primeira vez.- Hey… - Ele diz ao me puxar pela mão.Me aproximei de Matteo, e ele entrelaçou seus dedos nos meus. A gente se olhou e ele me abraçou, um abraço gosto
Eu estava chegando da escola com as meninas quando dei de frente com Steve, que não estava com uma cara muito amigável.- Oi Kim. - Ele me disse.- Oi. Meninas, entrem e vão brincar, eu já vou.As duas entraram em disparada na nossa casa. Steve e eu ficamos nos olhando.- Como você está? - Perguntou Steve.- Tô bem. - Respondo com indiferença.- Ah, eu sinto tanto a sua falta. - Ele fala ao se aproximar de mim.Olhei para Steve e pensei se fiz a coisa certa, porém ao olhar no fundo dos olhos dele, eu tive a plena certeza de que eu não podia ter feito uma escolha melhor, eu gostava do Steve, gostava muito, mas com o Matteo era diferente, eu sentia algo por ele que era inexplicável, a minha vontade era estar o tempo todo com ele, só pensava nele e fazia planos de um dia casar com ele, tipo daqui uns 5 ou 6 anos, e até pensava em um dia d
Matteo e eu fomos rapidamente para meu quarto, e fomos com nossas bocas grudadas uma na outra, o fogo que estávamos sentindo já estava queimando todo o nosso corpo, nem lembro quando foi a última vez que eu me senti tão excitada daquele jeito, eu só queria o corpo dele colado com o meu, sentir nossos corpos entrelaçados como se fôssemos um só.Nós dois deitamos em minha cama e ficamos nos beijando. Quando enfim paramos, ficamos nos olhando e então, ele beijou meu pescoço e logo começou a chupá-lo, fechei os olhos para aproveitar cada segundo daquilo.Em seguida, sentei na cama e Matteo também sentou, ficando de frente para mim, tirei sua camisa calmamente enquanto fiquei fitando-o. Ele, por sua vez também tirou a minha blusa. Matteo ficou me olhando parecendo meio encabulado. Tirei meu sutiã sem parar de olhá-lo. Ele, por sua vez, nem tentou disfar&cced
Terça - feira. Deixei as meninas na fila da turma delas e fui pra sala dos professores.- Pessoal, hoje teremos um aluno novo no terceiro ano do médio. - Falou dona Marianne, a diretora da escola.- E sabe como ele é? - Perguntou Otávio, o professor de História.- Bom, pelo pouco que eu reparei no dia que ele veio com a mãe na entrevista, me pareceu ser um garoto tranquilo, não parece ser desses problemáticos.Ah, menos mal, pois as turmas que eu dava aula eram bem grandes, e em geral eram boas, porém eu tinha uns alunos que nem dando com uma cobra morta na cabeça, a criatura não parava de falar besteira, eu tinha que pedir várias vezes pro ser fazer silêncio.Logo que o sinal tocou eu me dirigi para minha primeira turma daquela manhã, que seria um dos terceiros anos. Eu estava passando a matéria no quadro quando bateram à port
Mel e Vale ficaram na casa do meu pai, passariam as férias lá, até porque assim o Guille teria com quem brincar e não ficaria tão tristinho, lhe faria bem a presença das meninas, papai e Sabrina acharam uma boa ideia. Eu até pensei em ficar um tempo na casa do meu pai também, mas ao mesmo tempo que eu queria isso, eu também desejava um pouco de privacidade com o meu namorado, sem contar que não seria a mesma coisa sem o Joca, me lembraria dele a todo momento.Eu estava no meu carro indo pra casa quando senti uma certa dor de cabeça, já aproveitei pra passar na farmácia para comprar um remédio.Assim que cheguei em casa, minha cabeça continuava doendo, eis que ao colocar minha mão na minha testa notei que estava muito quente, o que provavelmente significava que eu estava com febre.Pelo menos as meninas não estavam em casa, é tão ru
Meu coração batia e batia sem parar, fiquei com muito medo do que pudesse ter acontecido. Vi alguns vizinhos saírem de suas casas para saber o que tinha ocorrido em meu apartamento, mesmo apavorada pedi pra todos manter a calma e pra irem pras suas casas, embora receosos, meus vizinhos fizeram isso, acho que estavam com medo de sobrar pra eles.Corri para meu apartamento, mas ao abrir a porta vi a pior cena de todas. Era Matteo. Ele estava caído no chão todo ensanguentado. Olhei para o lado e vejo Steve segurando uma arma. Não, ele não podia ter feito isso.- O QUE VOCÊ FEZ? O QUE VOCÊ FEZ? - Gritei ao largar as sacolas no chão.Corri para onde estava Matteo, me sentei e levemente coloquei sua cabeça em cima das minhas pernas.- Você vai ficar bom, você vai ficar bom. - Falei aos prantos.Matteo estava muito fraco, já Steve só olha
24 horas sem Matteo, 24h sem meu amigo, companheiro, meu ombro direito, 24h sem meu amor. Eu estava destruída por dentro, tanto que resolvi deixar as meninas na casa do meu pai até o fim das férias, ele chegou a me convidar pra ficar com ele, no entanto, achei melhor recusar, pois eu só queria ficar sozinha pra chorar e chorar sem ninguém me ver. A falta de Matteo estava acabando comigo, eu não conseguia imaginar a minha vida sem ele, tudo era tão preso e branco, eu não conseguia mais sorrir, não tinha vontade de fazer nada.Passei todo o dia seguinte na cama, levantava só pra ir ao banheiro, nem fome eu tinha, não tomei banho, passei o dia de pijama, e assim foi pelos próximos 6 ou 7 dias, no segundo dia após a morte do Matteo eu resolvi que eu precisava comer pelo menos um pouco, pois senão o mesmo poderia acontecer comigo e eu não poderia pegar uma fraqueza e morr