Meu coração batia e batia sem parar, fiquei com muito medo do que pudesse ter acontecido. Vi alguns vizinhos saírem de suas casas para saber o que tinha ocorrido em meu apartamento, mesmo apavorada pedi pra todos manter a calma e pra irem pras suas casas, embora receosos, meus vizinhos fizeram isso, acho que estavam com medo de sobrar pra eles.
Corri para meu apartamento, mas ao abrir a porta vi a pior cena de todas. Era Matteo. Ele estava caído no chão todo ensanguentado. Olhei para o lado e vejo Steve segurando uma arma. Não, ele não podia ter feito isso.
- O QUE VOCÊ FEZ? O QUE VOCÊ FEZ? - Gritei ao largar as sacolas no chão.
Corri para onde estava Matteo, me sentei e levemente coloquei sua cabeça em cima das minhas pernas.
- Você vai ficar bom, você vai ficar bom. - Falei aos prantos.
Matteo estava muito fraco, já Steve só olha
24 horas sem Matteo, 24h sem meu amigo, companheiro, meu ombro direito, 24h sem meu amor. Eu estava destruída por dentro, tanto que resolvi deixar as meninas na casa do meu pai até o fim das férias, ele chegou a me convidar pra ficar com ele, no entanto, achei melhor recusar, pois eu só queria ficar sozinha pra chorar e chorar sem ninguém me ver. A falta de Matteo estava acabando comigo, eu não conseguia imaginar a minha vida sem ele, tudo era tão preso e branco, eu não conseguia mais sorrir, não tinha vontade de fazer nada.Passei todo o dia seguinte na cama, levantava só pra ir ao banheiro, nem fome eu tinha, não tomei banho, passei o dia de pijama, e assim foi pelos próximos 6 ou 7 dias, no segundo dia após a morte do Matteo eu resolvi que eu precisava comer pelo menos um pouco, pois senão o mesmo poderia acontecer comigo e eu não poderia pegar uma fraqueza e morr
- Tá tudo bem, professora? - Me perguntou Jonathan.- Quê? - Pergunto voltando ao meu mundo.- A senhora está bem? - Ele insistiu.- Vou ficar, querido.Terminei de corrigir a atividade e devolvi para ele, que retornou para seu lugar. Eu estava com a cabeça no mundo da lua, estava me esforçando muito para dar o meu melhor, mas não estava sendo nada fácil.- Hoje o bobo do Ricardinho fez uma brincadeira de mau gosto com a Julia, ela foi se sentar e aquele bobão puxou a cadeira e pluft, a coitada se esborrachou no chão. - Contou Mel assim que entramos em casa.- E a turma toda riu, menos a gente. - Falou Vale. - Não foi engraçado, ela se machucou e até chorou.- Vocês fizeram bem em não rir. - Falei. - Estou orgulhosa de vocês.Dei um beijo no rosto das duas e as meninas foram brincar no quarto delas. Quando eu ia preparar
Era um sábado. Mila e eu havíamos levado as meninas ao parque. Nós duas ficamos andando de patins enquanto as crianças andavam de bicicleta. A ideia do passeio havia sido da minha amiga, ela estava fazendo de tudo para me alegrar, mesmo eu já estando um pouco melhor, e ela dizia que não queria que eu ficasse em casa pois eu começaria a pensar em vocês sabem quem e voltaria a piorar.O dia foi super divertido, as crianças se divertiram bastante e Mila e eu também.- Hey, o que você acha da gente pegar uma baladinha hoje? - Me perguntou Mila assim que chegamos na minha casa. - Podíamos beber um pouco, nos acabar na pista e quem sabe não conhecemos algum boy gato.- Amiga, você sabe que eu não quero conhecer ninguém, eu ainda amo o Matteo, não o esqueci e nem quero esquecê-lo. - Falei.- Mas e quem disse pra você esquecer dele? Um a
- Connor?Ele abaixou a cabeça meio envergonhado, como se tivesse motivo para isso. Notei seu olhar triste, o que também me deixou triste, não gostava de ver meus alunos desse jeito.- Oh, meu Deus! O que fizeram com você?- Foram os garotos. Eles me encontraram aqui e falaram que já que não podiam me bater na escola…- Ai, garoto! Não se preocupa que isso não vai ficar assim. - Falei. - Hã, eu moro aqui perto, se quiser posso cuidar desses ferimentos e depois eu te levo pra casa, o que acha?Ele pensou por um instante, mas logo aceitou. Caminhamos em direção da minha casa, e Connor me contou o fato dos garotos estar sempre pegando no pé dele, me sinto mal com isso.O levei pra minha casa e passei a cuidar dele. Eu o conhecia há pouco tempo, mas tinha certeza de que ele era um garoto muito bom, que não merecia passar por isso, aliás
- Mamãe, aquele seu amigo é muito legal e divertido. - Falou Vale ao se referir ao Connor.- É mesmo? - Indaguei ao largar a cesta do piquenique em cima da mesa da cozinha.- Verdade. Ele até brincou de cavalinho com a gente. - Disse Mel.Sorri ao saber que as meninas haviam gostado do Connor, pois qualquer mãe gosta de saber que as outras pessoas tratam bem os seus filhos, e eles pareciam terem se dado tão bem, foi tão fofo vê-lo brincando com as crianças.Era por volta de 22h40 quando coloquei as meninas na cama e em seguida fui me deitar. Assim que me deitei em minha cama, eu recebi uma mensagem que dizia: Me diverti bastante hoje, obrigado por essa tarde show. Connor.Dei um leve sorriso e liguei a TV, porém enquanto buscava algo legal para ver, meu celular tocou. Era Mila.- Oi amiga. - Digo.- Oi. Vai, me conta, quero saber de tudo. - Ela disse.- Do que
- O que você está fazendo aqui? - Perguntei muito trêmula.- O que foi, querida? - Me perguntou. - Parece que não gostou de me ver.- Vá embora, por favor. - Peço. - Por que os porteiros não me comunicaram que você estava aqui? Pediria para não te deixar subir.- Ah Kim, meu amor, eu disse que sou seu marido e que queria te fazer uma surpresa. - Falou Lucas ao entrar na minha casa como se tivesse sido convidado. - Ah, isso é pra você.Olhei para ele com um ódio que eu nem imaginava que eu pudesse sentir. Peguei aquele buquê, olhei para ele e o joguei no chão e ainda pisei em cima das flores. Lucas me olhou surpreso como se não entendesse minha reação, pensei que ele fosse me bater, mas ele não fez.Notei um casal subindo as escadas, eles olharam pra gente meio desconfiados, os cumprimentei educadamente e após eles en
Na saída da escola, eu peguei as meninas na pracinha e logo Connor veio até a gente. Fiquei vendo o se aproximar e nisso reparei seu largo sorriso, era incrível como ele estava sempre sorridente, parecia estar sempre de bom humor.- Senti falta da sua aula hoje. - Ele disse. - A aula não é a mesma sem a sua matéria.- Obrigada, mas não é pra tanto. - Digo tentando esconder o sorriso que queria surgir em meus lábios.Ele me olhou e deu um leve sorriso. Eu sorri também. Eis que de repente um carro parou na nossa frente. Para a minha infelicidade era o Lucas.- Papai. - Disse Mel ao esbanjar um imenso sorriso.- Oi meu amor. - Ele fala para a minha filha. - Oi Kim, querida, vim buscar vocês.- Quem é? - Me pergunta Connor ao pé do meu ouvido.- Que feio amor, você não falou do seu marido para ele?- Marido? - Perguntou o meu alun
Os dias foram se passando e cada dia que passava, eu odiava mais e mais o Lucas. Ah, acabei contando para meu pai e para Mila sobre a volta desse infeliz, obviamente os dois ficaram indignados, queriam me ajudar de alguma forma, mas ninguém poderia me ajudar.Lucas continuava sendo um bom pai para Melanie e também tratava muito bem a Vale, como se também fosse a sua filha, acho que pelo fato de saber que aquilo me deixaria feliz. Ele não havia me batido desde que voltara, mas em compensação me obrigava a ter relações com ele, sinceramente, eu não sei o que era pior, odiava ambas as coisas.- Mamãe, eu estou muito feliz. - Falou Mel assim que eu a coloquei para dormir.- E por que, meu amor?- Porque o papai voltou e ele não te machuca mais.- Ele te machucava que nem o meu vovô machucou a gente? - Me perguntou Vale com os olhos tristonhos.- Não,