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Do outro lado da praia, perto de uma barraca de drinks, Olivia observava o movimento frenético ao seu redor com um sorriso nos lábios. Seus olhos brilhavam com a energia contagiante da cidade, enquanto ela se deixava envolver pelo clima de festa que pairava no ar.

— Obrigada. — ela murmurou para a vendedora, com o português enrolado. 

Com seu drink nas mãos, Olivia caminhou pelas areias, buscando um lugar mais vazio para aguardar a queima de fogos. Olhando para cima, ela não notou a criança deitada a sua frente e acabou tropeçando, caindo nos braços do homem que vinha na direção dela.

— Meu Deus! 

Olivia arfa, segurando nos braços fortes do homem que a salvara de cair e encarando a criança assustada no chão.

— O que faz aí? — ela pergunta para o menino. — Cadê seus pais?

A criança, sem entender uma única letra do que saíra da boca de Olivia, se levantou da areia e correu para longe dali. 

Em um inglês tão bom quanto o dela, o homem falou:

— Acredito que ele não tenha entendido nada do que você falou.

Olivia ergue seu olhar e encara o homem que ainda a segurava. Seus cabelos escuros eram cortados curtos, emoldurando um rosto angular com traços marcantes. Os olhos dele eram da cor do mar em um dia calmo, um azul profundo que parecia hipnotizar quem o encarasse. Sua pele bronzeada pelo sol do Rio de Janeiro destacava ainda mais a intensidade de seu olhar, enquanto um leve sorriso brincava em seus lábios. Vestindo uma camiseta branca e uma bermuda jeans, ele emanava um charme casual e despojado, que capturava a atenção de todos ao seu redor.

— Você é americano. — ela constata. — No Rio de Janeiro.

— Na verdade, eu sou britânico. Me chamo Jason. — Ele a solta levemente e estica sua mão para ela. — E você?

— Olivia.

Jason não sabia o porquê, mas não conseguia parar de encarar o sorriso gentil e os lábios levemente rosados de Olivia. Era inevitável reparar em sua beleza singular, com uma mistura encantadora de traços delicados e expressão cativante. Seus cabelos castanhos caíam em ondas suaves ao redor do rosto, emoldurando olhos expressivos que capturavam a luz do entardecer. Sua pele tinha um tom dourado, como se o sol daquela cidade, tivesse deixado um brilho especial sobre ela. Vestindo um vestido leve e colorido, ela exalava uma elegância descontraída, combinando com a atmosfera descontraída da praia. Seu estilo era simples, mas sofisticado, refletindo sua personalidade vibrante e descomplicada.

— Eu... — Jason pisca algumas vezes e olha em volta. — Preciso ir. Veja por onde anda, coisa linda.

Após uma piscadela sensual, Jason volta a caminhar na direção de seu hotel e Olivia segue o seu caminho, buscando um canto tranquilo para a queima de fogos. 

Mais tarde, próximo à meia noite, Olivia se apertava entre as pessoas desconhecidas, bêbadas e felizes, quando trombou em alguém que pensou durante todo o dia.

— Jason! Você de novo.

— Coisa linda... — ele murmura, sentindo uma queimação estranha em seu corpo. Ele também não fora capaz de esquecer o encontro que tiveram mais cedo. — Você acredita em destino? 

Jason perguntou, surpreendendo a si mesmo com a franqueza de suas palavras. Olivia sorriu, seus lábios pintados de vermelho contrastando com a pele bronzeada pelo sol.

— Acho que o destino, é o que fazemos dele.

Notando que ele estava com um copo com caipirinha nas mãos, Olivia ergue sua água de coco em um brinde improvisado.

Jason observou Olivia com admiração. Sua beleza radiante sob as luzes coloridas da praia, era como um raio de sol em meio à multidão.

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