5

Olivia decidiu subir pelas escadas, com uma tentativa frustrada de demorar para chegar ao banheiro. Assim que ela entrou no apartamento, Ana estava sentada no sofá. A loira olhou por cima do ombro e estranhou a falta da embalagem da padaria.

Sem falar nada, Olivia largou sua bolsa no chão, caminhou até onde Ana estava e se sentou ao seu lado. Ana ficou apenas observando, enquanto Olivia abria a embalagem da farmácia e colocava a caixa do teste de gravidez em cima da mesa.

— Não! — Ana exclama, sentando-se virada para sua amiga. — Olivia! Não!

— Eu sei...

Olivia entra em desespero e solta o choro que estava preso durante todo o dia. Ana envolveu a amiga em um abraço reconfortante, sentindo o desespero dela irradiar por todo o ambiente. Ela não sabia o que dizer, apenas queria estar ali para oferecer apoio e conforto a Olivia nesse momento difícil.

— Você já fez?

— Não. — Olivia limpa o rosto com as mãos, se afastando o abraço de Ana. — Estou com medo, Ana... eu não tinha nem percebido que minha menstruação não veio mês passado. Eu não posso estar grávida.

Ana olha para Olivia com uma expressão de compaixão, entendendo a profundidade do medo e da preocupação que a amiga estava enfrentando.

— Não vamos pular para conclusões, Liv. Vamos fazer o teste primeiro, tudo bem? — Ana tenta acalmar Olivia, segurando suas mãos com firmeza.

Olivia assente, respirando fundo para tentar controlar suas emoções. Ela pega a caixa do teste de gravidez da mesa e caminha até o banheiro com passos hesitantes, enquanto Ana a segue de perto.

— Estou sem vontade de fazer xixi.

— Espera.

Ana corre até a cozinha e pega em uma lata de cerveja. Ela olha de lado para onde Olivia estava e lembra da possibilidade de ela estar grávida. Ana devolve a cerveja e pega um refrigerante.

— Aqui. — a loira entrega a amiga, que bebe todo o líquido de uma só vez. — Eita...

Olivia não sabia se era psicológico, mas assim que terminou com o refrigerante, sua bexiga parecia que iria explodir. Enquanto Ana abria a embalagem do teste, Olivia tentava se concentrar, mas sua mente estava uma bagunça de preocupações e incertezas. Ela se sentiu vulnerável e exposta, com medo do que o resultado poderia revelar.

Finalmente, com o teste pronto para uso, Olivia o colocou sob o jato de urina, segurando-o com as mãos trêmulas. Ela observava com intensidade o processo, rezando silenciosamente por um resultado negativo.

O tempo pareceu se arrastar enquanto esperavam o tempo necessário para que o resultado aparecesse. Cada segundo era uma tortura, e Olivia sentia como se estivesse segurando a respiração até que finalmente o resultado fosse revelado.

E então, o momento chegou. Com uma mistura de medo e esperança, Olivia observou enquanto as linhas começaram a aparecer na janela do teste. Seu coração batia forte no peito enquanto as linhas se tornavam visíveis, e ela prendeu a respiração enquanto aguardava o veredicto.

Quando finalmente o resultado ficou claro, Olivia sentiu como se o chão tivesse sido puxado de debaixo de seus pés. As lágrimas vieram imediatamente, misturando-se com um turbilhão de emoções que a dominavam.

— O que diz, Liv? — Ana perguntou com uma voz suave, mas cheia de preocupação.

Olivia olhou para o teste mais uma vez, e lá estava: duas linhas distintas, claras como o dia.

Positivo. 

Um soluço escapou dos lábios de Olivia enquanto ela encarava o resultado, o peso da realidade caindo sobre ela com toda a força.

— Calma. — Ana murmura, abraçando-a instantaneamente. — Fique calma, Liv.

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