Quando a manhã chegou e o sol começou a iluminar o horizonte, Jason soube que era hora de partir. Ele não queria atrapalhar a vida de Olivia, nem criar expectativas que não poderia cumprir. Então, antes mesmo dela acordar, ele deixou o hostel silenciosamente, deslizando para fora de sua vida como uma sombra fugaz na madrugada. Ele só não imaginava que cinco dias depois, ainda estaria pensando nela. Jean irrompe a sala de Jason, ofegante, com uma expressão preocupada estampada no rosto. — Senhor, eu... preciso te contar algo urgente! — disse ela, ainda tentando recuperar o fôlego. Jason se virou para ela, surpreso com a interrupção tão abrupta. — O que aconteceu? — perguntou ele, preocupado com a urgência em sua voz. — É sobre o aplicativo que estamos prestes a lançar hoje... — começou Jean, hesitante. — Eu acabei de receber uma notícia... um aplicativo exatamente igual ao nosso foi lançado, e... — O que? Como isso é possível? Esse aplicativo é inovador, nunca tiveram ess
Seu vestido longo, de cor champanhe, exibia sua figura esbelta de forma graciosa, enquanto seus cabelos loiros caíam em ondas suaves sobre os ombros. Com um sorriso radiante, Emily cumprimentou os convidados com beijos nas bochechas e apertos de mão calorosos, demonstrando sua habilidade em navegar pelos círculos da alta sociedade com graça e charme. Ela exalava confiança e determinação, mostrando-se como a anfitriã perfeita para o evento beneficente. Ao se aproximar de Jason, Emily lançou um sorriso sedutor, seus olhos azuis brilhando com uma mistura de ternura e malícia. Ela colocou uma mão delicada em seu braço, transmitindo calor e familiaridade. — Jason, querido, que bom que você veio. — disse ela, sua voz suave e melodiosa. — Estava com tanta saudade. Quando Emily se aproximou para beijá-lo, Jason virou o rosto e colou seus lábios perto da orelha dela. — Minha presença aqui, não significa que a perdoei pelo que aconteceu. — Jason... — ela murmura, com a voz tremula.
Jason olhou para Emily com um olhar frio e distante, como se ela fosse uma completa estranha diante dele. — Primeiro, se levante desse chão. — ela faz o que ele pede, sem parar de forçar as lágrimas. — E o que quer dizer com a culpa é dele? — Brandon vem dando em cima de mim, há muito tempo. E óbvio, eu sempre o rejeitei. Mas naquele dia... — Emily suspira e se senta em sua cama. — Eu e você tínhamos brigado, porque eu queria muito ir a uma balada e você tinha que preparar os últimos arquivos do novo aplicativo e resolver algo sobre a patente. Brandon apareceu como se fosse o meu melhor amigo, me levou para a balada que eu queria e bebemos a noite toda. E aí... — Aí vocês transaram. — Não foi bem assim. — ela se defende. — Brandon e eu conversamos muito naquela noite. Ele me ouviu, como você já não fazia em meses... — Sobre o que conversaram? Emily o olha. — Qual a relevância disso? — Você saberá. — Jason ocupa o lugar ao lado dela. — É importante, Emy. Sobre o que fal
— Oh meu Deus... Me desculpe, eu... Assim que seus olhos se cruzaram com os da mulher a sua frente, Jason sentiu todo o ar deixar os seus pulmões. — Jason? — Olivia murmurou, tão chocada quanto ele. — Coisa linda... o que faz aqui? — Eu? — ela ri nervosamente. Jason era a última pessoa que ela esperava encontrar ali. — Eu moro nessa cidade. Pensei que você fosse de Londres. — E sou... eu só... — Jason suspira e solta uma risada. — Meu Deus, por que isso parece tão estranho? — Talvez porque a primeira e última vez em que nos vimos, foi há três anos atrás? Ou por que nos beijamos como dois apaixonados na hora da virada e transamos a noite inteira? Olivia gargalhou baixinho e colocou uma mecha de seu cabelo para trás da orelha. Jason se viu perdido em meio às lembranças daquela noite mágica, sentindo uma mistura de nostalgia e desejo. Ele olhou nos olhos de Olivia, perdendo-se no brilho do olhar castanho e intenso que ela tinha. — É, pode ser por isso... — ele respondeu, com um
Antes que Andrew pudesse deixar a sala, Jason o chama. — O que aconteceu com a secretaria? — Disseram que ela estava fazendo sexo em salas desativadas. — Ah, é? Com quem? — Não faço ideia. — Andrew dá de ombros, tentando não transparecer que ele era o parceiro da secretaria. — Bem, vou deixá-lo em paz. Durante todo o dia, Jason revisou propostas de novos aplicativos. Ele suspirou enquanto passava as folhas, sentindo-se cada vez mais desanimado com o conteúdo que encontrava. Nenhum dos aplicativos parecia ter o potencial revolucionário que ele buscava. A frustração crescia dentro dele, misturada com a raiva por toda a situação envolvendo Brandon e o processo judicial. Desde que seu aplicativo fora roubado, parecia que nada mais dava certo. Pouco antes de cinco da tarde, Andrew voltou a sala de Jason, sacudindo o aparelho celular dele. — Olha o que encontraram no chão do saguão. — Meu celular! — Jason exclama. — Bem que eu estava estranhando a calmaria desse dia. — Como ele f
02/02/2020 - São Francisco, Califórnia. Enquanto o sol brilhava timidamente pela janela do apartamento, Olivia se preparava para mais um dia de trabalho na loja de conveniência. Ela ajustava seu uniforme desgastado, tentando ignorar a sensação de desânimo que a acompanhava todas as manhãs. Seu emprego na loja não era exatamente o que ela sonhava, mas era o que lhe permitia pagar o aluguel e as contas. Ana, sua companheira de apartamento, estava ocupada na cozinha preparando o café da manhã. O aroma de café fresco e torradas quentes permeava o ar, trazendo um pouco de conforto para a manhã cinzenta. Sentadas à pequena mesa da cozinha, Olivia e Ana compartilhavam um café rápido antes de seguir para seus compromissos do dia. — Estou tão cansada deste emprego. — suspirou Olivia, brincando com a colher em sua xícara de café. — Sinto que estou presa em um ciclo interminável de monotonia. Ana, sendo a melhor e praticamente única amiga de Olivia, não mede suas palavras. — Se você tivess
As palavras de Ana atingiram Olivia como um soco no estômago. Ela sentiu-se traída e magoada pela amiga, cujas palavras pareciam mais uma punhalada do que um conselho bem-intencionado. — Pelo visto, você não sabe nada sobre mim, Ana. — respondeu Olivia, sua voz trêmula de raiva e mágoa. — Você está tão envolta na sua vida de luxo e privilégio, que não faz ideia do que é lutar todos os dias para sobreviver. Você tem tudo servido de bandeja pelo seu pai, enquanto eu estou aqui, lutando para pagar as contas com um salário de merda. Olivia agarra em sua bolsa e caminha pesadamente em direção a porta. Antes que ela pudesse sair, ela se deu conta de que não havia exposto tudo o que pensa. — Aliás, quando foi que você virou essa senhora puritana? Pelo que eu bem me lembro, era você que dormia com um homem diferente, TODO FINAL DE SEMANA! Após gritar aquelas últimas palavras, Olivia saiu do apartamento e sequer esperou o elevador. Ela desceu os três lances de escada rapidamente e foi
Do outro lado da praia, perto de uma barraca de drinks, Olivia observava o movimento frenético ao seu redor com um sorriso nos lábios. Seus olhos brilhavam com a energia contagiante da cidade, enquanto ela se deixava envolver pelo clima de festa que pairava no ar. — Obrigada. — ela murmurou para a vendedora, com o português enrolado. Com seu drink nas mãos, Olivia caminhou pelas areias, buscando um lugar mais vazio para aguardar a queima de fogos. Olhando para cima, ela não notou a criança deitada a sua frente e acabou tropeçando, caindo nos braços do homem que vinha na direção dela. — Meu Deus! Olivia arfa, segurando nos braços fortes do homem que a salvara de cair e encarando a criança assustada no chão. — O que faz aí? — ela pergunta para o menino. — Cadê seus pais? A criança, sem entender uma única letra do que saíra da boca de Olivia, se levantou da areia e correu para longe dali. Em um inglês tão bom quanto o dela, o homem falou: — Acredito que ele não tenha e