Denise andava eufórica pelo quarto, pois Saulo havia comprado várias roupas e sapatos novos para ela. Agora contava que teria roupa nova para cada dia de festa, também ganhou uma gargantilha de ouro com esmeraldas, o que a deixou de boca aberta. Quando ela me mostrou a peça, eu só consegui pensar no quanto o Saulo gostava dela e ela, por mais que diga ser pé no chão, estava caidinha por ele. […] Já fazia duas semanas que voltei do hospital e já estava com alguns quilos a mais. Segui à risca a dieta passada pelo nutricionista e Denise não me deixava passar da hora de comer. Estava amando a companhia dela, por mais que já estivesse boa, Oliver continuava a mandar Denise ficar com Noah para mim. Falando no Oliver, eu não tive oportunidade pessoalmente ainda para o agradecer pelo notebook. Nas duas vezes que o vi nesta semana, ele passou por mim direto, me ignorando totalmente. Eu não entendo por que ele é assim, às vezes é a melhor pessoa do mundo e do nada se transforma na pior. Odei
Me sentei à mesa com Oliver, mesmo não querendo, confesso que no final não me arrependi, quando ele abriu a caixa da pizza e vi aquela maravilha, minha barriga roncou super alto, que fiquei super constrangida. — Está vendo? Sua boca recusa, mas seu corpo pede. — Falou fitando meus olhos. A frase de Oliver saiu de um modo um tanto erótico, e pareceu que ele não estava falando da pizza e aquilo ficou mais constrangedor do que o ronco da minha barriga. Me servi bem quietinha, nem o olhei. Comi aquela delícia, sem falar nada, fazia muito tempo que não comia pizza, a última eu havia comido com Denise. — Vou levar Noah amanhã para conhecer a praia. — Nossa, que legal! — Imaginei Noah daquele tamanhinho de sunguinha e chapéu, claro que ele não entenderia nada, mas isso seria muito fofo. — Com certeza, você não tem roupa de banho nas suas coisas, então, enquanto eu estiver em reunião amanhã pela manhã, providencie uma. — Sou a babá, não preciso ir vestida assim. — Ficaremos o fim de se
Estávamos no carro, indo em direção a uma casa de praia, que ficava a uma hora de distância da capital. Chegamos lá, havia um casal que nos recebeu muito bem, pelo que vi, era o caseiro e a esposa. — Boa tarde, senhor Oliver, é um prazer vê-lo por aqui. — Boa tarde, para vocês dois. Entramos na casa e Oliver me apresentou o casal que se chamava Danilo e Selma e mostrou o Noah a eles. Selma se apaixonou pelo Noah, que logo foi para seus braços, então ela mostrou meu quarto, que ficava ao lado do de Oliver. Selma era uma mulher muito simpática. — Amo crianças, Aurora, não vejo a hora do meu Miguel nascer. — Você está grávida? — Perguntei, porque não se notava. — Sim, estou de 10 semanas, não vejo a hora da barriga aparecer. — Riu — Quando descobri, já fui fazer aquele exame para saber o sexo antes, não aguentava de curiosidade, esse bebê é muito desejado. — Fico feliz por você, Selma, crianças são a herança que Deus dá! Após conversar bastante, Oliver mandou arrumar as coisas de
Eu poderia acordar amanhã, com mais um problema em minhas costas, mas queria correr esse risco. Estava sentindo algo tão forte em relação a Oliver que não conseguia explicar, eu simplesmente olhei para ele e assenti, pedindo que ele continuasse. Seus olhos brilharam de um jeito que eu jamais havia visto, era algo totalmente novo para mim. Voltamos a nos beijar, desta vez com mais intensidade. Sua mão passeava pelo meu cabelo, segurando forte minha nuca, sua outra mão me puxava forte para mais perto o possível de si. Tudo aquilo era novo para mim, pois sentia borboletas voando pelo meu estômago, estava naquele momento no melhor lugar do mundo, nos braços de quem eu me sentia protegida. — Juro que tentei ficar longe de você, mas parece que você tem um ímã. — Oliver falava entre beijos e carinhos. — Toda vez que esperava uma má atitude sua, diante de minha estupidez, você me surpreendia com seu jeito doce e senso de justiça. Eu não sabia o que falar, tinha medo de dizer algo e estraga
Eram três e meia da manhã e acabamos de ver a câmera de segurança. O vagabundo do sequestrador estava totalmente vestido de preto, com boné e máscara, não podendo identificar a cara, mas eu sabia muito bem quem era. Já havia chamado a polícia, que já estava investigando as câmeras de segurança da estrada, e eu chamei mais cinco carros de segurança particular, de homens totalmente armados e de confiança. Logo um carro suspeito foi visto pelas câmeras, ao investigarmos a placa, descobrimos ser de um funcionário do hospital onde Aurora ficou internada. Eu estava angustiado. Selma já estava cuidando de Noah e eu peguei meu carro na tentativa de imaginar para onde aquele imbecil do padrasto havia levado-a. Eu tinha certeza de que era ele, já havia falado para a polícia de minha suspeita. Logo eles ligaram para a mãe de Aurora, que se justificou dizendo que o marido estava viajando a trabalho. Eu não sabia dizer se essa mulher estava acobertando o canalha do marido. Tanto que, após a
Acordei com uma dor de cabeça enorme, não conseguia me mexer direito, pois meu corpo também doía. Logo, flashes do que aconteceu vieram em minha memória, eu me desesperei. Abri mais meus olhos, desesperada, e percebi estar nua. — Não. Não pode ser! — Meus olhos já estavam marejados. Estava deitada num colchão velho, então consegui me sentar com muito esforço. Da minha cabeça corria sangue, como se estivesse ferida, avistei do lado do colchão minhas roupas. Mapeei o local e estava num tipo de quarto, tudo era imundo, escuro e com um cheiro forte de mofo. Me arrastei para pegar minhas roupas, mas logo a porta se abriu e eu vi meu pior pesadelo ali na minha frente. Ainda estava escuro, mas sabia que era ele. Uma luz de um candeeiro ou coisa assim se acendeu. — Enfim, acordou, achei que teria que me divertir com você dormindo. — Sandro, me solta! Você está louco? — Louco? — Gritou e se aproximou. — Olha para mim, Aurora, olha! — Se abaixou ao meu lado e aí sim vi seu rosto, ele tinh
— Senhor, tem um homem deitado no chão, perto daquela porta. — Algum sinal da Aurora? — Perguntei impaciente. — Não! — Estamos apenas esperando sua ordem para agir, vamos imobilizar aquele e entrar com todo o cuidado, pelos cômodos atrás da vítima e do outro sequestrador. — Então vamos, comecem imediatamente, eu irei junto. Os homens começaram a se aproximar mais da construção, Oliver já estava com sua arma em mãos também. Entraram e imobilizaram o primeiro homem, que era o dono do carro e funcionário do hospital. Fazendo apenas sinal, o capitão dos seguranças mandou todos se separarem e procurarem por Aurora. Oliver acompanhou um deles, andaram fazendo revista em vários quartos. Aquele lugar seria um hotel se a construção não tivesse sido abandonada, então o que não faltavam eram cômodos para revistar. — Aquela porta ali. Oliver disse, apontando para uma porta, no fundo, ele sentia ser ali que ela estava. Os dois, com cuidado, abriram a porta e ali viram uma cena g
Eu estava adentrando o quarto de Aurora, ela estava com os olhos fechados e inchados, me aproximei devagar, pensando que ela poderia estar dormindo. — Quem está aí? — Perguntou com a voz embargada. — Sou eu, Oliver. Me aproximei e toquei sua mão. — Eu não consigo abrir meus olhos. — Tudo bem, não precisa se esforçar. Os olhos dela estavam muito roxos, meu peito chegou a doer de tanta pena. Ela era uma pessoa tão doce, não merecia passar por algo assim na vida. — Oliver. — Apertou minha mão. — Obrigada pelo que fez por mim, se você não tivesse chegado naquele momento. — Logo uma lágrima desceu de seus olhos. — Eu não sei o que teria acontecido. — Ei, não pense mais nisso, tudo bem? Você está aqui e ficará tudo bem agora. — Não me deixa aqui sozinha, por favor. — Eu não vou a lugar algum. — Tinha um homem com ele, esse homem trabalha aqui, eu estou com medo, ele é primo do Sandro. — Primo? — Isso explicava algo. — Não se preocupe, ele também está preso. Não fica assim não, tu