Eu sai da casa de Gael nas montanhas sentindo meu coração se apertar a cada quilômetro que ficávamos mais longe dela. Escrever aquela carta acabou comigo, porque eu não tinha nenhuma esperança de que iria voltar vivo, por isso entreguei o anel que iria usar para pedi-la em casamento quando esse inferno acabasse, ele pertencia a Lise, assim como o meu coração.— Ela vai ficar bem, está mais protegida lá do que em qualquer outro lugar. — ele tentou me tranquilizar, mas mesmo repetindo isso eu não me sentia melhor, a sensação de sufoco não me deixava.— Não consigo parar de pensar que a estou decepcionando novamente. Jurei que nunca mais a deixaria e é exatamente isso o que estou fazendo. — murmurei ainda olhando para fora da janela, mesmo que tudo ao nosso redor fosse mata.— Nós dois sabemos que você nunca contaria a verdade a ela sobre o motivo de estar se entregando...— Jamais a faria escolher entre eu e o pai. — o interrompi falando o que vinha insistindo nos últimos dias.— E Lise
— A cavalaria chegou! — Gael gritou pulando para fora do carro com um sorriso largo no rosto. — Vamos levar seu sogro para o hospital e ir encontrar Lise antes que ela acorde.— Você ainda vai me matar de infarto, não estou mentindo seu filho da mãe. — resmunguei quando ele chegou mais perto e apoiou o outro lado do homem. — Esteve armando pelas minhas costas esse tempo todo?— Claro, você não ia concordar com nenhum plano que colocasse a vida dele no mínimo risco e eu não podia deixar você morrer. — alguns homens passaram correndo para dentro do estacionamento, me deixando confuso. — O chefe deles fugiu antes que disparássemos, parece que o infeliz notou as luzes e entendeu o que estava prestes a acontecer. Mas vão pegá-lo.Colocamos o pai de Lise dentro de um dos carros que correria com ele para o hospital, enquanto eu iria atrás da minha amada. Mas assim que atei seu cinto o pai dela me segurou pelo colarinho.— Eu achei que você era um mimado cretino... mas estou vendo que a minha
Eu acordei ouvindo o barulho do mar e me mexi na cama sentindo o braço forte me segurar me impedindo de ir a qualquer lugar. Chris não me deixava ir a lugar nenhum desde aquela noite e eu não podia dizer que não gostava daquilo.Havia se passado um mês meses e eu estava adorando cada dia com ele, vendo o meu cafajeste se moldando a nossa nova realidade.Brigamos longamente aquela noite depois que voltamos para a casa de Gael, eu odiei o medo que senti quando li a carta e imaginei o pior, ainda mais quando aquele localizador mostrou alguém próximo a casa. Meu coração estava disparado, mas eu tinha que imaginar o pior cenário para proteger o meu bebê e foi pensando nisso que eu peguei a arma na gaveta de Gael e conferi as balas, antes de seguir para fora da propriedade.Talvez fosse burrice minha andar no meio de todas aquelas árvores no meio da noite, mas eu precisava me adiantar e garantir que não invadiram o único lugar seguro naquele momento. Quando avistei o carro de Gael eu respir
Já parou pra pensar em como sua vida pode se transformar da noite para o dia com apenas uma escolha?Foi assim comigo, cada escolha que fiz me levou exatamente para onde eu estava naquele momento.Poderia me arrepender de algumas delas sim, mas como meu cunhado gostava de dizer: se eu tivesse escolhido diferente não teria as coisas maravilhosas que a vida me trouxe.Foram minhas escolhas que trouxeram Lise para a minha vida, assim como a nossa filha. E eu não iria querer perder isso de jeito nenhum.Posso até ter começado do jeito errado, irritando as pessoas a minha volta. Mas agora eu finalmente tinha tudo aquilo que sempre quis e nem sabia que precisava.Então o melhor era aprender a lidar com as consequências. Mesmo que uma delas fosse um assassino apontando uma arma pra minha cabeça.— E então, suas últimas palavras? — meu carrasco perguntou, aparentemente se divertindo com meu desespero.Olhei para Gael, desacordado agora, com uma bala no abdômen. É meu amigo, nossa jornada foi
Eu estava cansado de esperar, não podia ficar escondido mais nem um dia sequer.Ver minha família e amigos chorando em meu funeral foi difícil, mas eu me consolei em saber que eles estavam mais seguros com a minha morte fingida.Com o passar dos meses me tranquilizei em saber que eles estavam seguindo com suas vidas, voltando a viver aos poucos.Meu pai tinha voltado para a cadeira da presidência, dando uma pausa em sua aposentadoria.Mamãe estava se reerguendo aos poucos, imaginei que seria mais difícil pra ela não ter seu caçula por perto, mas ela voltou a cuidar da loja que tanto amava.Emma me encheu de orgulho quando decidiu destruir as correntes que a prendiam impedindo que ela vivesse de verdade. Minha irmã tinha voltado a não ter medo da vida, se arriscando e fazendo o que seu coração mandasse.Pela primeira vez em anos ela estava se permitindo novamente.Eu me contentei aqueles meses em passar alguns dias vigiando a vida deles de longe, ouvindo o que os policiais me contavam
Meses atrásTinha acabado de entrar na boate e já tinha avisado várias mulheres no lugar, mas eu não gostava de ser apressado, a noite estava só começando tinha tempo de sobra pra escolher bem a garota que ia comigo pra casa essa noite, ou as garotas.Eu sabia que as pessoas me viam como um tremendo cafajeste, mas cá entre nós elas adorariam estar no meu lugar e viver a minha vida.Amar e ser amado é coisa que não cabia pra mim, se entregar daquela forma era uma coisa estúpida a se fazer e diferente do que sempre falam em filmes e em livros, você pode sim escolher não amar.Basta só algumas coisas como: não ligar no outro dia, pegar a melhor amiga, chamar a garota pelo nome de outra, não atender as ligações e nem responder a mensagem.E é assim que você se torna um cafajeste!Mas eu tinha orgulho disso, diferente do meu amigo Charles que parecia ter se cansado da boa vida e decidido se entregar para outra garota.Esse foi meu pensamento assim que o avistei dançando agarradinho com Lis
— Ainda não acredito que estamos mesmo fazendo isso, não deveria deixar que você se expusesse assim, ainda sim aqui estou eu. — Gael reclamou pela milésima vez.Nós estávamos parados no carro esperando por muito tempo, até que todos chegassem na casa da minha mãe, enquanto a ceia não começasse ainda poderia chegar mais gente e eu só entraria lá depois de ter certeza de quantas pessoas tinham lá.Não sabia se ficava feliz ou ainda mais irritado por saber que Charles estava lá dentro. Sim ele era meu amigo de infância, mas também era o homem que tinha tentando conquistar a mulher que estava esperando um filho meu.— Pare de reclamar e vamos logo com isso, está na hora de você conhecer minha família.— Já conheço sua família toda, li e reli a ficha de cada um deles mais de duas vezes. — esse era ele, o policial mais certinho e regrado que eu conhecia, mas também frio e solitário.— Isso não é conhecer as pessoas, Gael. Já te disse mais de uma vez, nunca vai conhecer alguém de verdade se
SEIS MESES ATRÁSEu não conseguia acreditar que estava ali com ele. Christian finalmente tinha mostrado interesse por mim e eu tinha aceitado, correspondendo aquele beijo no carro.Como se não bastasse subimos afobados no elevador beijando, sugando e lambendo. Como eu queria ele fazendo aquilo no meu corpo todo!Senti as mãos dele descerem por minha cintura, contornarem meu quadril antes que ele segurasse minha bunda puxando meu corpo de encontro ao seu.— Não devíamos estar fazendo isso. — murmurei me lembrando de Charles, estávamos ficando, não era nada oficial ainda, mas mesmo assim aquilo parecia traição. — Isso é... errado.Chris segurou minha nuca e deslizou os lábios por meu pescoço, sem realmente me beijar, apenas roçando os lábios em minha pele até estar contra o pintinho atrás da orelha.— Isso parece errado pra você? — ele beijou bem ali e deslizou a língua no lóbulo me fazendo ofegar. — E isso? — com a mão na minha bunda ele empurrou minha virilha de encontro ao seu pau, a