POV: AVRIL— É exatamente assim — concordou ele, sem perder o bom humor. — Por isso, faça o que eu digo e fique perto de mim. Hoje, visitaremos o local para oferecer suporte, caso necessário, e também para sermos vistos juntos. Quanto ao seu tornozelo, diga que...Ele parou por um momento, pensativo, como se estivesse escolhendo cuidadosamente as palavras.— A verdade, que eu estava com pressa e torci o pé na escada, e então meu bravo noivo e herói me amparou de forma tão romântica! — encenei dramaticamente, colocando o braço na testa como uma donzela em perigo. Archer soltou uma gargalhada, a diversão evidente em seus olhos, e deslizou no assento para se aproximar ainda mais de mim.— Algo assim — respondeu ele, ainda rindo, mas havia uma suavidade inesperada em sua voz que me pegou desprevenida. — Então, foi assim que aconteceu? Achei que uma distraída havia caído bruscamente em meus braços e depois fugido como se tivesse visto um fantasma — acrescentou Stone, piscando provocativame
POV: ARCHERAdentramos o local, que estava um caos organizado. Os organizadores corriam de um lado para o outro, ajustando os últimos detalhes no grande salão, onde o evento logo teria início. As luzes brilhavam intensamente, refletindo nos elegantes lustres de cristal, enquanto os arranjos de flores exuberantes eram posicionados meticulosamente sobre as mesas. O som irritante da voz estridente de Celeste ecoava ao fundo, gritando ordens e direcionando o fluxo frenético de trabalho. Suas palavras se misturavam ao som dos passos apressados e ao zumbido das conversas. Porém, era impossível ignorar a presença que se destacava, emanando uma aura de autoridade inquestionável: Sant Everest.Ela surgiu por entre as enormes portas, caminhando com uma postura majestosa que exalava elegância e poder. Cada movimento era calculado, cada gesto, uma demonstração de sua influência. Sua presença dominava o ambiente, captando instantaneamente a atenção de todos.Aproximei-me de Avril, inclinando-me le
POV: ARCHER— Ah, que momento mais fofo! — A voz aguda de Celeste interrompeu abruptamente, ressoando pelo salão como um grito descompassado. Ela se aproximava com passos desleixados, os saltos de seus sapatos ecoando de maneira irritante contra o chão polido. — Posso participar?A chegada intempestiva de Celeste quebrou a atmosfera delicada que se formava, e eu pude ver o desconforto nos olhos de Avril. Sant Everest franziu o nariz com desgosto, sua expressão rapidamente se transformando em uma máscara de desdém ao encarar Celeste.— Que falta de elegância interromper um momento assim, Sra. Celeste. — A voz de Sant era cortante, cada palavra pronunciada com uma precisão gelada que fez Celeste empalidecer. — Você sabe muito bem que não suporto esse tipo de atitude.Celeste engoliu em seco, tentando se recompor. Seu sor
POV: ARCHER— Estão nos fotografando. — Respondi em um sussurro, inclinando-me mais perto, permitindo-me admirar cada detalhe de sua beleza. — Pensei em dar à mídia um momento de ternura.— Você não vai me beijar! — Contestou Avril, sua voz firme, sorri, gostando da intensidade entre nós.— De onde eles estão, parece que estou prestes a fazer isso. — Sussurrei de volta, o tom sedutor. — Mas não se preocupe, não pretendo mais beijá-la... a menos que você queira.Seus olhos se estreitaram em suspeita.— O que foi? Quer que eu a beije? — Provoquei, minha voz carregada de insinuação.— Eu não disse isso! — Ela virou o rosto, mas eu suavemente a puxei de volta, usando apenas um dedo sob seu queixo.—
POV: ARCHEREla fez uma pausa, os olhos se estreitando em desdém.— Um pouco clichê e fora de moda, não acha? — A provocação em sua voz era clara, e o sarcasmo escorria em cada sílaba.— Entendi. — Falei de forma seca, uma gargalhada fria e sem vida escapando dos meus lábios enquanto passava as mãos pelos cabelos, frustrado. A tensão em meu corpo era palpável, como se cada músculo estivesse prestes a se romper. — Sabe, Avril, quando a verdade finalmente vier à tona, você vai perceber que, no fundo, eu nunca fui o vilão desta história. Tudo o que fiz foi para...— Me proteger? — Avril me interrompeu antes que eu pudesse terminar, avançando entre nós dois, mesmo mancando, com uma força determinada e o olhar carregado de desafio. Seu rosto estava marcado pela dor e pelo desprezo, m
POV: AVRILMeu pé já estava muito melhor. Passei pelo café para averiguar todo o processo, e mais tarde cantei na boate, aliviada por finalmente ter um tempo de paz sem Corand me perseguindo. Apesar das constantes investidas e insinuações de Archer Stone, continuei deixando-o acreditar que minhas saídas noturnas eram para encontrar meu "namorado" fictício. Isso o mantinha à distância, ao menos por enquanto.A grande noite do jantar com baile de máscaras havia chegado. Fitei a cadeira onde repousava o vestido elegante: um azul escuro profundo, com sutis brilhos dourados ao longo do decote em V. As laterais das coxas tinham aberturas sensuais que revelavam a pele de forma discreta, mas provocante. Vesti o traje, sentindo o tecido deslizar suavemente sobre a minha pele, moldando-se perfeitamente às minhas curvas de forma quase deliberada. Ao me olhar no espelho, fiquei surpresa com o
POV: AVRIL— Não é nada. — Ele deu de ombros, o sorriso ainda nos lábios. — Só quero aproveitar um pouco. — Sem cerimônia, pegou outra taça e a esvaziou de uma vez, sem perder o ritmo. — Vamos cumprimentar algumas pessoas e encontrar a Sra. Everest.Assenti, ainda hesitante, enquanto o seguia pelo salão. Fomos abordados por várias pessoas, trocando cumprimentos formais e diálogos curtos. Eu mal conseguia acompanhar todos os nomes e rostos, mas Archer parecia à vontade, movendo-se com a confiança de alguém que sabia exatamente o que estava fazendo.A música alta envolvia o ambiente, fazendo os convidados rodopiarem pelo salão, entregues à dança e à diversão. Archer, mantendo a postura impecavelmente ereta e elegante, estendeu a mão em minha direção, seus olhos fi
POV: AVRILOuvi sua voz ao fundo, gritando meu nome, mas continuei correndo, ignorando-o. Olhei por sobre os ombros rapidamente, vendo Archer me perseguir em direção ao labirinto de flores. Seu rosto estava tenso, a voz mais alta e firme.— Willow, vamos conversar! — Ele insistiu, aproximando-se cada vez mais.— Eu não sou ela! — Gritei de volta, minha voz ecoando no jardim, enquanto Archer parava abruptamente, surpreso. Seus olhos se arregalaram, e por um breve momento, o silêncio nos envolveu. Meu corpo inteiro tremia quando parei na entrada do labirinto, o coração batendo descontrolado. — Como você pode me forçar a passar por isso? — Minha voz vacilou, misturando raiva e dor. — Esse sempre foi o meu sonho... me casar com você.— Eu sei... — Archer respondeu, a frustração evidente enquanto ele passav