POV: ARCHER— Sou mais charmoso, pense nisso — repliquei com um sorriso malicioso, piscando para ela enquanto minha mão deslizava suavemente por suas costas. O toque a fez ajustar a postura, seus músculos se enrijecendo levemente conforme meus dedos traçavam a linha de sua espinha.Minha mão pousou em sua nuca, e a puxei delicadamente para frente, nossos lábios ficando perigosamente próximos. O contato era quase imperceptível, mas a tensão entre nós era palpável. Eu lutava contra o desejo de mordiscar e sugar aqueles lábios que estavam tão perto, quase ao meu alcance. O silêncio que se instalou parecia eterno, nossos olhares presos um no outro, enquanto sentíamos o calor que emanava de nossos corpos. A respiração dela estava lenta e ritmada, em perfeita sintonia com a minha. Deus, como eu a desejava naquele momento!O som de alguém limpando a garganta na porta quebrou o encanto. Avril piscou rapidamente, como se voltasse à realidade de repente, tentando se afastar de mim com um movime
POV: ARCHERSoquei a mesa com tanta força que a madeira estremeceu sob o impacto, o som ecoando pelo escritório.— Como assim o corpo sumiu? — gritei, a frustração transbordando enquanto esfregava as têmporas com força. Meu olhar se desviou para a porta, notando uma sombra se movendo por baixo dela. Imediatamente, abaixei o tom e me voltei para Jasper, os olhos estreitos de desconfiança. — Você a viu se afastar antes de entrar?Jasper passou as mãos pelos cabelos, visivelmente desconfortável, e balançou a cabeça em negação. Sentindo a necessidade de verificar por mim mesmo, caminhei lentamente até a porta e a abri. O corredor estava vazio, sem nenhum sinal de Avril. Nenhuma evidência de que ela estivesse xeretando.Voltei para o escritório, a mente ainda fervilhando de inquieta&cced
POV: AVRILAo sair da sala, quase trombei com Jasper, que mal me lançou um olhar antes de assentir com a cabeça e adentrar o escritório. Permaneci ali por alguns instantes, encostada na parede, tentando recuperar o fôlego e acalmar o coração acelerado. Era inegável que a sedução de Archer estava começando a mexer profundamente com meus desejos, algo que me deixava desconcertada e confusa.— Maldito — murmurei para mim mesma, enquanto minha atenção era capturada pelas vozes abafadas que vinham do escritório. As palavras "cadáver" e "corpo" ecoaram claramente, enviando um arrepio gélido pela minha espinha e fazendo meu estômago revirar.Minhas mãos ficaram úmidas e frias ao imaginar o que poderia estar acontecendo. De quem era o corpo de que eles estavam falando? A inquietação tomou conta
POV: AVRIL— Seu pé está doendo muito, não é? — indagou Stone, com as mãos enfiadas nos bolsos de maneira despreocupada. Ele me mediu de cima a baixo, soltando um suspiro que parecia impaciência.— Estou bem, só preciso evitar os saltos hoje — retruquei, dando de ombros e tentando manter a compostura. Estava pronta para sair quando, ao abrir a porta, dei de cara com o médico que aguardava no corredor. Parei abruptamente, surpresa.— O que ele está fazendo aqui? — perguntei, lançando um olhar acusador para Archer.— Ele veio examinar seu tornozelo — respondeu Archer, aproximando-se mais uma vez, inclinando-se para sussurrar em meu ouvido. — Teimosa!— E eu disse que não precisava! — rebati, cerrei os punhos, sentindo a raiva ferver sob a superfície enquanto o fuzilava com o olhar.Archer, no entanto, apenas arqueou uma sobrancelha, seu olhar desafiador e cheio de arrogância.— Quer que eu recite o parágrafo e a cláusula sobre seus cuidados, senhorita? — disse ele, a voz carregada de um
POV: AVRIL— É exatamente assim — concordou ele, sem perder o bom humor. — Por isso, faça o que eu digo e fique perto de mim. Hoje, visitaremos o local para oferecer suporte, caso necessário, e também para sermos vistos juntos. Quanto ao seu tornozelo, diga que...Ele parou por um momento, pensativo, como se estivesse escolhendo cuidadosamente as palavras.— A verdade, que eu estava com pressa e torci o pé na escada, e então meu bravo noivo e herói me amparou de forma tão romântica! — encenei dramaticamente, colocando o braço na testa como uma donzela em perigo. Archer soltou uma gargalhada, a diversão evidente em seus olhos, e deslizou no assento para se aproximar ainda mais de mim.— Algo assim — respondeu ele, ainda rindo, mas havia uma suavidade inesperada em sua voz que me pegou desprevenida. — Então, foi assim que aconteceu? Achei que uma distraída havia caído bruscamente em meus braços e depois fugido como se tivesse visto um fantasma — acrescentou Stone, piscando provocativame
POV: ARCHERAdentramos o local, que estava um caos organizado. Os organizadores corriam de um lado para o outro, ajustando os últimos detalhes no grande salão, onde o evento logo teria início. As luzes brilhavam intensamente, refletindo nos elegantes lustres de cristal, enquanto os arranjos de flores exuberantes eram posicionados meticulosamente sobre as mesas. O som irritante da voz estridente de Celeste ecoava ao fundo, gritando ordens e direcionando o fluxo frenético de trabalho. Suas palavras se misturavam ao som dos passos apressados e ao zumbido das conversas. Porém, era impossível ignorar a presença que se destacava, emanando uma aura de autoridade inquestionável: Sant Everest.Ela surgiu por entre as enormes portas, caminhando com uma postura majestosa que exalava elegância e poder. Cada movimento era calculado, cada gesto, uma demonstração de sua influência. Sua presença dominava o ambiente, captando instantaneamente a atenção de todos.Aproximei-me de Avril, inclinando-me le
POV: ARCHER— Ah, que momento mais fofo! — A voz aguda de Celeste interrompeu abruptamente, ressoando pelo salão como um grito descompassado. Ela se aproximava com passos desleixados, os saltos de seus sapatos ecoando de maneira irritante contra o chão polido. — Posso participar?A chegada intempestiva de Celeste quebrou a atmosfera delicada que se formava, e eu pude ver o desconforto nos olhos de Avril. Sant Everest franziu o nariz com desgosto, sua expressão rapidamente se transformando em uma máscara de desdém ao encarar Celeste.— Que falta de elegância interromper um momento assim, Sra. Celeste. — A voz de Sant era cortante, cada palavra pronunciada com uma precisão gelada que fez Celeste empalidecer. — Você sabe muito bem que não suporto esse tipo de atitude.Celeste engoliu em seco, tentando se recompor. Seu sor
POV: ARCHER— Estão nos fotografando. — Respondi em um sussurro, inclinando-me mais perto, permitindo-me admirar cada detalhe de sua beleza. — Pensei em dar à mídia um momento de ternura.— Você não vai me beijar! — Contestou Avril, sua voz firme, sorri, gostando da intensidade entre nós.— De onde eles estão, parece que estou prestes a fazer isso. — Sussurrei de volta, o tom sedutor. — Mas não se preocupe, não pretendo mais beijá-la... a menos que você queira.Seus olhos se estreitaram em suspeita.— O que foi? Quer que eu a beije? — Provoquei, minha voz carregada de insinuação.— Eu não disse isso! — Ela virou o rosto, mas eu suavemente a puxei de volta, usando apenas um dedo sob seu queixo.—