POV: AVRIL— Quer me fazer cair? — Exclamei, girando o corpo para encará-lo com irritação.— Você não precisa da minha ajuda para isso. — Ele respondeu com um toque de ironia, um sorriso travesso brincando no canto dos lábios. — Isso vai inchar, precisa colocar gelo e repousar.— Virou médico agora? — Arqueei as sobrancelhas, puxando minha perna com força, tentando me soltar de seu aperto. — Não tenho tempo para isso, Sr. Stone.Ele soltou um pequeno riso, mas não me deixou passar.— Avril... Por que você sempre tem que ser tão teimosa? — Sua voz saiu rouca, com um toque quase sedutor, e ele se aproximou, colocando a mão na porta atrás de mim, usando o peso de seu corpo para impedir que eu a abrisse. Ficamos a meros centímetros de distância, sua respiração quente contra meu rosto, e meu coração acelerou involuntariamente. — Onde você vai com tanta pressa? Achei que precisava conversar comigo, pelo menos foi isso que entendi da sua mensagem.— Podemos falar pelas mensagens, Sr. Stone.
POV: AVRILEle tentou esticar a mão trêmula em minha direção, um gesto desajeitado e invasivo que fez meu estômago revirar de repulsa. Antes que pudesse me tocar, pisei com força na palma da sua mão, sentindo o impacto reverberar pelo chão.— Não sou uma das anfitriãs da boate, e se você ousar me tocar, não terá outra chance! — Gritei com frieza, minha voz cortando o ar como uma lâmina afiada. O homem gritou de dor, recuando instintivamente enquanto segurava a mão ferida, o rosto se contorcendo em uma mistura de surpresa e medo.Levantei o olhar, e através das luzes pulsantes da boate, vi Corand me observando do andar superior, seu olhar fixo em mim como o de um predador analisando sua presa. Ele estava parado na sacada, o corpo meio inclinado sobre o corrimão, como se estivesse esperando para ver o que aconte
POV: ARCHER— Tem certeza de que deseja seguir por esse caminho? Comercialmente falando, não é um bom negócio. — Minha voz era firme, carregada da autoridade que minha posição de CEO exigia. Levantei o olhar para encarar os investidores russos à minha frente, refletindo a mesma arrogância que eles me lançavam — Manter amigos por perto e inimigos mais perto ainda só funciona em filmes, senhores.Kosvok, o líder do grupo, inclinou-se para frente, o paletó caro ajustando-se perfeitamente ao seu corpo robusto. Seus olhos estreitaram-se levemente, avaliando cada nuance da minha expressão.— Sr. Stone, por que as terras foram ofertadas aos chineses primeiro? Se o lugar é realmente bom, nós o queremos. — disse ele, sua voz carregada de desconfiança.Respirei fundo, mantendo minha postura imponente e o t
POV: ARCHERFechei os olhos por um momento, sentindo a frustração crescer dentro de mim.— Isso acontece desde antes de eu assumir o império. — murmurei, mais para mim mesmo do que para Jasper, enquanto coçava o queixo em uma tentativa de organizar meus pensamentos. — A resposta está naquela viagem para a cabana. Algo muito grave aconteceu lá!Jasper assentiu, mas sua expressão permanecia cética, enquanto eu pausava antes de prosseguir:— E quanto ao que as Collen têm contra Ethan? Já descobrimos alguma coisa?— Ainda não. — Ele balançou a cabeça, a preocupação em seus olhos agora misturada com um toque de ceticismo. — Mas mesmo que venhamos a descobrir, você realmente acha que elas estariam dispostas a se aliar a nós para derrubar seu pai? Willow sempre foi obceca
POV: AVRILFoi uma noite longa—essas palavras se repetiam incessantemente na minha mente enquanto permanecia no carro estacionado em frente à imponente mansão do império. As primeiras luzes da madrugada já começavam a surgir, mas a escuridão da noite anterior ainda pairava sobre mim. Minha cabeça ainda latejava com a dor surda do impacto causado pelo empurrão de Corand, as ameaças dele ecoando em meus ouvidos como um lembrete constante do perigo que nos cercava.— Sra. Fox, acho que você e seu pai não entenderam bem com quem estão lidando! — A voz de Corand soou fria, cortante, enquanto ele estalava a língua com desprezo e sorria com cinismo, agachado à minha frente. — Mas não se preocupe, terão tempo de me conhecer melhor.Essas foram suas últimas palavras antes que eu me levantasse e corresse
POV: AVRIL— Não está tão ruim quanto parece. — menti, tentando parecer indiferente, embora a dor tivesse sido uma constante durante toda a noite. Passei horas sentada, com o tornozelo latejando, e apenas alguns drinks ajudaram a disfarçar o desconforto enquanto eu cantava. — Preciso apenas descansar um pouco.Archer ergueu o olhar para mim, a mandíbula contraída com uma mistura de nervosismo com preocupação.— Isso em você sempre me irritou. — disse ele, sua voz baixa e carregada de um tom que eu raramente ouvia dele. Seus olhos encontraram os meus, cheios de uma intensidade que me fez sentir exposta.— O quê? — perguntei, um pouco desconcertada pela súbita mudança de tom.Archer inclinou a cabeça levemente de lado, uma sobrancelha arqueada enquanto me estudava com aqueles olho
POV: AVRILEngoli em seco, tentando controlar a reação que seu toque provocava em mim. Sua mão continuou sua jornada, deslizando pela lateral do meu rosto até alcançar a base da minha nuca. Quando seus dedos encontraram o ponto sensível, um gemido involuntário escapou dos meus lábios, fazendo Archer franzir o cenho, seu olhar se tornando ainda mais intenso.— Você se machucou? — Sua voz, antes carregada de desejo, assumiu um tom mais preocupado... Seus dedos tatearam delicadamente o local até encontrarem o galo na parte de trás da minha cabeça. — Avril, como fez isso?Sua pergunta veio com uma súbita urgência, seus olhos arregalados em uma mistura de preocupação e incredulidade. Sem esperar por minha resposta, Archer me puxou ligeiramente para frente, abrindo meu cabelo com cuidado para examinar o machucado.
POV: ARCHERSaí do meu quarto, sentindo cada uma de suas provocações me atingir com precisão. Avril sabia exatamente como manipular meus sentimentos, e estava começando a usar isso ao seu favor.— Merda! — murmurei, irritado, enquanto caminhava com passos firmes em direção ao meu escritório. Peguei o telefone, puxando-o do gancho com um movimento brusco. — Jasper, algum sinal de Briston?Do outro lado da linha, ouvi um resmungo sonolento antes de uma resposta.— Você sabe que horas são? — Jasper parecia grogue, lutando contra o sono.— Algum sinal de Briston? — repeti, dessa vez com impaciência crescente, tentando suprimir a inquietação que começava a me consumir.— Cara, você realmente precisa resolver esse problema de insônia. — Jasper suspirou, claramente exasperado. Houve uma pausa, seguida pelo som de teclas sendo pressionadas. — Merda, Archer, temos notícias confusas.Minha testa se franziu de imediato, e me sentei na cadeira de couro com um leve ranger, tentando manter a calma.