POV: ARCHERAntes que eu pudesse reagir, Avril avançou com uma rapidez surpreendente em direção ao repórter. Com uma força inesperada, ela arrancou a câmera de suas mãos e a jogou com força ao chão. Em um movimento fluido, agarrou-o pela camisa, seus dedos apertando o tecido com tanta intensidade que seus nós dos dedos ficaram brancos. Com um puxão brusco, arrancou o microfone preso à roupa social do jornalista e, sem hesitar, lançou o pequeno aparelho ao chão, esmagando-o impiedosamente sob o salto agulha.A fúria ardia em seus olhos, que estavam fixos no homem à sua frente, como se fossem faíscas prontas para incendiar tudo ao redor. Suas bochechas estavam ruborizadas pela raiva intensa, e seu corpo tremia, cada músculo tenso, como se lutasse para conter uma tempestade interna. Com um dedo trêmulo, mas firme, ela apontou diretamente para o rosto do repórter, sua voz ecoando com força incontrolável:— Como ousa fazer uma pergunta tão descabida e sem consideração pela minha dor ou pel
POV: AVRILArcher permaneceu em silêncio, seus olhos fixos nos meus, a perplexidade estampada em seu rosto após minha pergunta direta. Por um breve momento, vi hesitação em seu olhar, mas logo ele desviou, como se quisesse escapar da verdade, voltando sua atenção ao celular que vibrava com uma nova mensagem.— Não vai responder minha pergunta? — Insisti, minha voz carregada de determinação, enquanto me inclinava para mais perto dele, diminuindo a distância entre nós.— Isso não vem ao caso... — Ele respondeu com frieza, sua voz desprovida de qualquer emoção enquanto seus dedos deslizavam pelo aparelho, tentando ignorar a tensão palpável no ar.Sem pensar duas vezes, movi-me com rapidez e puxei o celular de suas mãos, escondendo-o atrás de mim. O gesto foi ousado, e o choque em seu rosto não passou despercebido. Archer franziu o cenho, seus olhos semicerrando-se em uma expressão que misturava desafio e curiosidade.— Avril, o que está fazendo? — Sua voz carregava uma nota de nervosismo
POV: ARCHERSua pele, antes pálida, rapidamente assumiu tons avermelhados. O rubor em seu rosto revelava a vergonha que sentia diante da confissão inesperada das minhas palavras. Eu podia ver como o constrangimento a tomava por completo, seus olhos desviando dos meus por um breve momento. Aquele instante de vulnerabilidade era algo raro de se ver em Avril, e isso me atingiu com uma força inesperada. Mordi a ponta da língua, tentando segurar a onda de emoções que sempre se agitavam quando estava perto dela. Controlar-me era um desafio constante, um tormento que só se intensificava por saber que ela tinha a vantagem de ter me esquecido, substituindo o amor que um dia sentiu por mim por um ódio palpável. Mas eu? Eu estava preso em um ciclo vicioso de memórias e arrependimentos. Nunca a esqueci. Nunca quis esquecê-la. E a cada segundo que passava, eu me odiava mais por ter feito as escolhas que me afastaram dela.Racionalmente, sabia que meus motivos eram plausíveis. A morte suspeita de m
POV: ARCHERRespirei fundo, sentindo o calor da mão de Avril entrelaçada à minha, enquanto desejava silenciosamente que seu disfarce fosse convincente o suficiente para enganar a todos. Ao atravessarmos as portas imponentes do prédio da empresa, notei os colaboradores abaixarem a cabeça em respeito e cumprimento, como de costume. No entanto, minha atenção logo se voltou para Emily, do centro de assessoria e conflito, que vinha apressada em minha direção, equilibrando-se com destreza em seus saltos altos e finos.— Sr. Stone, bom dia! Graças a Deus o senhor chegou. — disse ela, ofegante, pousando as mãos nos joelhos por um instante, antes de erguer o olhar lentamente para Avril. — Oh, Sra. Willow, que prazer revê-la por aqui!— Olá. — respondeu Avril, com um leve nervosismo na voz que não passou despercebido. E
POV: ARCHER— Está tudo bem, — repetiu ela, sua voz firme. — É uma bela ação o que vocês estão fazendo. Seria um prazer poder participar. — Havia uma força controlada em suas palavras, mas eu sabia o quanto isso estava remexendo em suas feridas ainda abertas. — Espero que meu noivo me leve para conhecer essa clínica.Ela lançou um olhar desconfiado na minha direção, e eu apenas assenti, reconhecendo a necessidade de lidar com isso no momento certo. Voltei minha atenção para Emily, que ainda estava absorvendo a intensidade da situação.— Há algo mais que eu deva saber? — perguntei, arqueando uma sobrancelha em sinal de expectativa. Foi então que minha secretária pessoal se aproximou apressada, visivelmente pálida.— Sr. Stone? — Sua
POV: ARCHER— Pai, quando isso acontecer, sabemos que o império será leiloado, e você não terá nem um centavo para seus charutos importados. — Um sorriso desdenhoso curvou meus lábios enquanto eu inclinava a cabeça levemente para o lado, observando a reação dele.O maxilar de meu pai se contraiu, a raiva pulsando sob sua pele, mas logo ele forçou um sorriso cínico e falso, tentando retomar o controle da situação.— Tão sagaz... — Ele disse com um veneno contido. — Sua sogra está preocupada com o retorno de sua ex-namorada à sua vida. Ela quer adicionar uma cláusula de fidelidade para Willow.— Isso é ridículo. Neandra perdeu completamente o senso do ridículo. Ela sabe perfeitamente que minha relação com Willow é puramente
POV: AVRILCaminhei atrás de Neandra, sentindo os olhares atentos dos funcionários que nos observavam enquanto seguíamos em direção à saída. Havia algo quase palpável na forma como eles nos olhavam, uma mistura de curiosidade e respeito. Ao sairmos, nos dirigimos a um restaurante próximo ao império, um lugar de luxo evidente. Assim que cruzamos a entrada, um garçom se aproximou com uma elegância quase coreografada, nos cumprimentando e conduzindo até a melhor mesa do local, sem qualquer hesitação.Olhei ao redor, admirada com o ambiente opulento que nos cercava. O restaurante era grandioso, com detalhes arquitetônicos que exalavam sofisticação. Quando nos sentamos, água e vinho foram servidos como cortesia, e o garçom nos apresentou sugestões de pratos do dia, cada um composto por iguarias refinadas que eu s&oacu
POV: ARCHER— O que foi, filho? Parece até que viu um fantasma. — Ethan esnobou, tragando o charuto com desprezo. — Resolva logo a questão do casamento e mantenha as calças fechadas. Não queremos novos incidentes, certo?Fechei os punhos com tanta força que meus dedos ficaram brancos, a raiva pulsando em minhas veias. Meus olhos estavam fixos nos brincos sobre a mesa, cada fibra do meu corpo tensionada. Aquele maldito cretino... Precisava encontrar uma maneira de desmascará-lo, mas sabia que o confronto direto não era a melhor estratégia naquele momento.— Claro! — Respondi entre os dentes cerrados, forçando-me a manter a calma, ciente de que provocá-lo agora seria um erro.— Esse é o meu garoto, sempre sensato. — Ethan provocou, um sorriso cínico se formando em seus lábios enquanto