POV: AVRIL— De certa forma... ela partiu há algum tempo, — murmurei com tristeza, minha voz falhando um pouco. — Eu só não consigo aceitar isso.— Não entendo, — Willow respondeu, sua confusão evidente. Soltei um suspiro pesado, tentando organizar meus pensamentos, e sorri de canto, chateada com o peso do que estava prestes a compartilhar.— Minha mãe está em coma há alguns anos. — Minha voz saiu mais baixa, quase como um segredo que eu mal conseguia admitir em voz alta. — Ela já vinha ficando muito doente, e os médicos nunca conseguiram descobrir o que de fato a levou a esse estado. — Fiz uma pausa, engolindo o nó que apertava minha garganta. — Ela sempre soube que acabaria no hospital. Costumava dizer que sentia que seu desfecho seria assim, e que não queria ficar presa às máquinas. Mas eu... — minha voz quebrou enquanto apertava o caule de uma das flores com tanta força que o espinho perfurou a palma da minha mão, um pequeno fio de sangue escorrendo.Willow, percebendo meu sofrime
POV: AVRIL— Conheço o medo e o desespero quando os vejo, Willow, — disse, minha voz suave enquanto terminava a trança. — Não foi certo a maneira como me tratou, mas não a odeio por isso. — Fiz uma pausa, refletindo sobre o que ela havia dito antes. — Ainda assim, não consigo compreender completamente esse tipo de poder que os Collens têm...Willow sorriu amargamente, seus olhos fixos nos meus, como se pudesse ver através da minha confusão.— Todo mundo tem rabo preso, — Willow soltou uma gargalhada que ecoou pelo quarto, sua voz carregada de cinismo. — Todo mundo tem algo a esconder, e nós, os Collens, sabemos como revelar. É por isso que somos fortes aliadas dos poderosos... e inimigas perigosas.Meus olhos se estreitaram com a confissão.— Não acha isso perigoso? Ninguém nunca tentou eliminá-las? — Arqueei uma sobrancelha, me sentando na beira da cama. A franqueza com a qual ela falava sobre esse jogo sujo me deixava intrigada, e também preocupada.Willow deu de ombros, como se a p
POV: AVRIL— Estou sendo brega e te levando aos meus aposentos. — Archer respondeu em um tom rouco, seus olhos brilhando com uma malícia divertida. Ele sussurrou em meu ouvido: — Vou te mostrar como é não se sentir só.— Archer, não... — Sussurrei quando ele me colocou no chão, diretamente em frente à porta do quarto, seu corpo prensando o meu contra a parede. — Suas investidas nos levaram a toda essa confusão mais cedo. Você ainda tem um contrato a resolver.— Fui claro quanto a isso, Avril. — Bufou ele, deslizando o dedo suavemente ao longo do desenho do meu nariz até alcançar meus lábios, contornando-os com um toque possessivo. — Não vou mais abrir mão de você por causa dos outros. Não me importo se ela acha que a estou traindo. Eu revoguei o contrato e quero você!
POV: AVRILO calor de seu aperto, o domínio implícito em cada palavra, me deixaram tonta. Não consegui evitar o gemido suave que escapou dos meus lábios, o desejo se espalhando por todo o meu corpo como fogo. Sua mão na minha nuca puxou-me com mais firmeza, sua respiração quente acariciando meus lábios enquanto ele mordiscava o meu lábio inferior, arrancando mais um suspiro.— Entendeu? — Sua voz, grave e carregada de urgência, exigia uma resposta.— Sim... — Sussurrei contra seus lábios, sentindo o calor de sua respiração acariciar minha pele. Quando passei a ponta da língua em seus lábios, Archer aproveitou a abertura, aprofundando o beijo com uma intensidade possessiva, um desejo que pulsava entre nós. O gosto dele era viciante, e meu corpo respondia ao toque de suas mãos, que subiam pela minha blusa e enc
POV: AVRILAntes que eu pudesse reagir, peguei o travesseiro mais próximo e joguei nele. Archer apenas riu, ágil como sempre, agarrando minhas pernas e me puxando com facilidade até que eu ficasse completamente debaixo dele, nossos rostos tão próximos que eu podia sentir o calor de sua respiração.— Não sou um homem casado. — Ele disse, com a voz baixa e profunda, o olhar cravado no meu.— Ainda... — Retruquei, o lembrando da situação complicada em que estávamos.Ele não pareceu se abalar. Pelo contrário, o brilho confiante em seus olhos só aumentou.— É você que está me empurrando para ela, não eu. — Archer murmurou, roçando o nariz no meu, em um gesto provocador e íntimo. — Darei um jeito no império sem precisar dessa un
POV: ARCHERO corpo de Avril estremeceu ao ouvir as palavras que sussurrei contra seu ouvido. Seus olhos, um misto de luxúria e relutância, me encaravam com uma intensidade que quase me desarmava. Mordendo os lábios, ela me observava fixamente, como se estivesse tentando decifrar cada movimento, cada intenção. A água do chuveiro continuava a escorrer por entre nossos corpos, entrelaçados de uma forma que parecia natural, quase inevitável.Ela tombou a cabeça para o lado, oferecendo o pescoço exposto. Não hesitei, afundei o nariz na curva macia de sua pele, mordiscando e sugando a água que escorria por ali, sentindo o gosto suave que só Avril tinha. Seu perfume, misturado ao vapor quente, me inebriava, me fazia querer mais, muito mais. Subi até seu queixo, mordendo-o de forma provocativa, enquanto minha mão acariciava sua bochecha com a leveza do dorso.
POV: ARCHER— Archer... — Ela gemeu, a voz doce e rouca, pedindo mais, implorando por mais. — Mais forte...Sorri, meu coração disparado, sentindo sua necessidade me consumir. Mas, ao mesmo tempo, havia uma doçura na maneira como ela se entregava. Inclinei-me para sussurrar suavemente em seu ouvido, minha voz um misto de ternura e luxúria:— Não quero te machucar, meu amor. — Minha confissão foi doce, mas minha mão em seus seios beliscou com mais firmeza, e as estocadas se tornaram mais fortes, mais profundas. Ouvia seu prazer ecoando no box, e isso só me instigava.Minha mão deslizou até seu pescoço, envolvi-o com um aperto possessivo, mas gentil, puxando-a para mais perto. Mordisquei a ponta de sua orelha, e, em resposta, ela virou levemente o rosto, capturando minha boca em um beijo faminto, cheio de gemid
POV: ARCHEREstávamos na última semana do prazo dado pelos russos, e as pistas sobre o paradeiro de Ethan permaneciam escassas. Nenhuma movimentação em suas contas, nem sinal nas propriedades da família, nas casas de verão ou em qualquer local ligado ao império Stone. Era como se ele tivesse se evaporado da face da Terra, o que só aumentava minha frustração e raiva.— Inferno! Como uma pessoa assim simplesmente desaparece? — Minha voz saiu como um trovão, seguida de um soco firme na mesa de reunião. A madeira maciça tremeu sob o impacto. Jasper e Briston se entreolharam, preocupados, claramente sentindo o peso da tensão no ar. — O que foi? — Perguntei, impaciente.Jasper foi o primeiro a quebrar o silêncio, mantendo seu tom calmo, mas firme:— Amigo, é possível que ele