POV: ARCHER— Posso ser mais do que isso... Mais do que ela jamais poderá ser para você... — Ela murmurou, passando os braços ao redor do meu pescoço, se aproximando na tentativa de me beijar. Seu desespero era palpável, mas eu me inclinei para trás, afastando-me. — Por favor, Archer... apenas me deixe provar!— Não, Will, para! — A segurei pelos braços com firmeza, interrompendo seu movimento. Nossos olhares se encontraram, e o desespero em seus olhos era quase sufocante. — Luka está morto, o corpo foi confirmado... — As palavras saíram pesadas, quase como se eu estivesse tentando convencê-la, ou talvez a mim mesmo. — Eu preciso da minha amiga, não de uma noiva forçada, não de uma obsessão doentia.Willow ficou imóvel, seus braços caindo ao lado do corpo como se a força tivesse sido drenada. As lágrimas que ela tentava segurar finalmente caíram, escorrendo silenciosamente pelas bochechas pálidas.— Eu... eu só queria que você me visse... — Disse, sua voz quebrando em meio às palavras
POV: AVRILSubi para o quarto rapidamente, meu coração batendo forte no peito. Eu estava me envolvendo demais com tudo isso... A revelação da morte de Luka, a forma como Archer estava devastado, e, acima de tudo, Willow. Apesar de sua obsessão, ela tinha razão: eu estava me envolvendo com o noivo dela.Contratual ou não, havia uma relação ali, e os sentimentos dela por Archer eram reais. Quem eu pensava que era para me meter nisso e machucá-la ainda mais?— Uma tola imatura que ainda tem sentimentos confusos pelo ex... — Murmurei, soltando um longo suspiro. A culpa começava a pesar, me afundando em pensamentos até que algo sobre a cama chamou minha atenção.Uma caixa de presente. Sobre a colcha pesada, repousava um envelope elegante. Sentei-me na ponta do colchão, pegando o papel com dedos ainda tr&
POV: AVRILSuspirei, sentindo as lágrimas se acumularem nos meus olhos até escorrerem silenciosas pelo meu rosto. Limpei o canto dos olhos com o dorso da mão, tentando conter a emoção que me invadia. Archer sempre conseguia mexer comigo, mas agora, depois de suas palavras, o peso da situação parecia maior. Com um suspiro profundo, peguei minha bolsa e as chaves do carro, perdida em pensamentos sobre o que ele faria a seguir.Ele realmente resolveria a questão com Willow hoje? E como ela reagiria? A incerteza me corroía por dentro, e a ideia de que algo grande estava prestes a acontecer me deixou inquieta.Mordi os lábios, nervosa, e me encaminhei até a farmácia mais próxima, que ainda estava aberta. Estacionei no pequeno espaço vazio e, com as mãos ainda firmes no volante, encostei a testa ali, batendo levemente de frustraç&
POV: ARCHERVoltei correndo pelo corredor, o coração disparado no peito enquanto adentrava o quarto de Avril. O ambiente parecia deserto, com a caixa de presente aberta sobre a cama e a carta que eu havia deixado jogada na mesa de cabeceira, suas palavras agora esquecidas no tumulto que se formava. Meu olhar se arrastou pelo quarto até a penteadeira, onde sua bolsa deveria estar, mas não havia sinal dela. O banheiro estava vazio.Fox havia fugido?Antes que pudesse processar mais do que estava acontecendo, meu celular vibrou em minha mão. Seu nome apareceu no identificador. Atendi rapidamente, esperando ouvir sua voz, talvez uma explicação. No entanto, antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ouvi Avril começar a falar:— Olá, mamãe, sou eu...Sua voz soava arrastada, com uma suavidade cortante, quase embriagada, como alguém que já tivesse bebido demais para suportar a dor. O som do mar ecoava ao fundo, m
POV: ARCHER— Você faz as coisas sem pensar, não é? — A voz de Avril estava levemente arrastada pela embriaguez, o corpo relaxado e mole em meus braços, se remexendo como se buscasse uma maneira de se equilibrar.— Eu? — Retruquei, sorrindo de canto enquanto a erguia com facilidade, deixando seus pés repousarem sobre os meus, a apoiando em uma dança improvisada. — Parece que foi você quem escolheu o álcool sem pensar muito bem. O que eu fiz dessa vez ou não fiz?Inclinando a cabeça, estudei suas feições com cuidado. Algo estava diferente. Havia uma agitação incomum nos seus olhos, um misto de raiva, medo e insegurança. Eu podia sentir o peso das perguntas que pairavam no ar. Ela respirou fundo, erguendo o queixo com uma certa teimosia, seus lábios a poucos milímetros dos meus. A proximidade
POV: ARCHERAvril se afastou bruscamente, sua expressão se transformando em um misto de raiva e desespero. Seus olhos faiscavam, e quando sua voz explodiu no ar, meu mundo pareceu parar.— Por que você não pode simplesmente me deixar em paz? — Gritou ela, as palavras cortando o silêncio da noite como uma lâmina. — Eu estou grávida, Archer. Grávida!Senti o chão sumir sob meus pés. Meu corpo congelou, os olhos arregalados enquanto a encarava, a mente incapaz de processar imediatamente a realidade daquelas palavras. Grávida? Meu corpo inteiro tensionou, uma mistura de choque, medo e euforia tomando conta de mim, tudo de uma só vez.Ela continuou, a voz tremendo, o desespero claro em cada palavra:— Como você pretende manter seu filho e eu seguros com tantas ameaças à nossa volta?
POV: WILLOWO ar estava pesado, quase sufocante. Cada passo que eu dava pela mansão me deixava mais nervosa, como se o chão fosse desabar a qualquer momento. A verdade pairava no ar, cortante, e eu ainda não conseguia processar tudo que havia descoberto. Ela está grávida! Essas palavras ecoavam na minha mente incansável, machucando meu peito a cada repetição.Me sentei no sofá da sala de estar, as mãos tremendo enquanto apertavam os braços da cadeira com ansiedade. Tentei tomar o chá que estava à minha frente, mas meu estômago revirava. O copo ficou intocado, enquanto a notícia caía sobre mim como uma avalanche.Avril, Grávida!— Não pode ser verdade — murmurei, minha voz frágil, quase inaudível.Eu sabia que Archer tinha seus sentimentos por ela, mas uma traiç&atil
POV: WILLOW— Você é tola demais! — A voz de Neandra ecoou pela sala, histérica, suas palavras tão afiadas. — Como pode colocar um homem acima da sua própria mãe?Suas palavras me atingiram como um tapa, mas eu não recuaria desta vez. Ergui o olhar, deixando que as lágrimas que se acumulavam não me fizessem parecer fraca, mas forte.— Me responda você, mamãe. Não foi exatamente isso que você fez? — Retruquei com a voz firme, aproximando-me dela, os olhos ardendo de uma mágoa profunda. — Sua postura só mudou depois que eu fiquei acamada, à beira da morte. Antes disso, eu não passava de uma inconveniência, uma garota que atrapalhava seus negócios!Neandra me encarou, os punhos cerrados com tanta força que as juntas ficaram brancas, seu corpo ligei