POV: AVRIL
Subi as escadas apressada, fechando a porta atrás de mim com um estrondo. Encostei-me contra ela, soltando um longo suspiro. As revelações daquela noite rodavam na minha mente, e cada pensamento parecia uma tempestade de informações que eu mal conseguia organizar. Meu cérebro latejava, sobrecarregado com o peso das verdades que Archer havia despejado em mim. Sua vida era um emaranhado tão grande de segredos e complicações que tentava, mas não conseguia, entender completamente.
Olhei ao redor do quarto, buscando um ponto de apoio. Caminhei até a escrivaninha e peguei um caderno de anotações, abrindo-o com mãos trêmulas. Precisava colocar tudo no papel, tentar organizar o caos mental que me sufocava. Peguei uma caneta e comecei a escrever. Cada revelação, cada detalhe, cada emoção que surgia entre as linhas confusas
POV: ARCHERObservei Avril se afastar correndo para dentro da mansão, suas palavras ainda ecoando na minha mente. Ela estava certa, era impossível negar. Tudo ao nosso redor estava uma completa confusão, e eu não tinha controle sobre nada. Suspirei pesadamente, sentindo o peso de todas as escolhas que nos levaram a esse momento. Sabia que Willow tinha sentimentos profundos por mim, mesmo quando aquele maldito contrato foi estabelecido. Suas palavras, cheias de esperança e desespero, ainda ressoavam em meus ouvidos como um eco distante.— Só quero a chance de te fazer me amar como eu te amo! — Ela havia dito com os olhos brilhando de expectativa, mesmo depois das minhas palavras frias.— Você está se machucando com isso, Willow. Meu coração pertence a outra pessoa. — Lembro de ter dito, direto e rude, tentando destruir suas esperanças. M
POV: ARCHERColoquei a mão na lateral de sua cabeça, meus dedos deslizando pelo contorno da toalha até alcançarem o queixo dela, fazendo-a levantar o olhar. — Archer, pare com isso...— Eu nunca tive relações com Willow — declarei, meus olhos fixos nos dela, sem desviar. — Nossa relação não foi além de alguns beijos forçados. A maioria aconteceu em frente às câmeras, apenas para manter as aparências. — Minhas palavras eram calculadas, ditas para que ela entendesse a verdade, para que não houvesse dúvidas. — Não houve outras mulheres na minha cama porque, sempre que tentava seguir em frente, a única imagem que surgia em minha mente era a sua. E, com ela, vinha o desejo incontrolável de correr até você!Avril piscou, absorvendo o que eu acabara de dizer, mas a
POV: ARCHERAbrir a porta lentamente, revelando Ethan Stone parado no corredor, sua áurea intensa. Suas feições estavam duras, os olhos azuis tão frios e implacáveis quanto o aço, carregados de um desprezo que eu conhecia bem. Mesmo com toda a tensão acumulada entre nós ao longo dos anos, havia algo de diferente naquela noite. Algo mais sombrio.— Ethan... — Respondi, mantendo a voz controlada, enquanto me posicionava à sua frente, bloqueando qualquer visão que ele pudesse ter de Avril.Ele deu um passo à frente, a luz fraca do corredor iluminando seu rosto impassivo. O cheiro forte de uísque indicava que ele já estava bebendo há algum tempo, o que só tornava a situação mais perigosa. Ethan nunca fora um homem de meias-palavras, mas ultimamente, seu temperamento vinha oscilando entre a frieza calculista e explosões impulsivas.
POV: AVRILUma noite intensa. Essa era a definição perfeita para tudo o que havia acontecido. Entre as revelações chocantes, a libertação de Corand e a inesperada aparição de Ethan, ficou claro que Archer merecia o benefício da dúvida. E eu? Estava exausta de lutar contra a faísca que acendia em meu peito toda vez que nossos olhares se encontravam. Se o homem que eu amei um dia... ou talvez ainda ame... nunca tentou me machucar, e se realmente não provocou o acidente, isso deveria significar algo para nós, certo?— Um beijo pelos seus pensamentos. — Sua voz rouca e preguiçosa rompeu meus devaneios, enquanto seus braços fortes me envolviam, aconchegando-se contra meu corpo. Senti seu nariz roçar na curva do meu pescoço, e um arrepio percorreu minha pele. Suas pernas se entrelaçaram nas minhas, prendendo-me num abra&ccedi
POV: AVRILUm arrepio percorreu minha espinha quando ele encontrou o ponto mais sensível, e o calor de sua mão me fez arquear o corpo involuntariamente. Sem aviso, seus dedos deslizaram para dentro, primeiro um, depois outro, em um movimento firme e lento, explorando-me com uma massagem que trazia um prazer crescente. — Ah, Avy, o quanto senti falta de senti-la contraindo sobre os meus dedos...— Archer... — O gemido escapou alto dos meus lábios enquanto seus movimentos se tornavam mais intensos, mais rítmicos, como se cada toque fosse perfeitamente calculado para me levar ao limite. Ele estava tão perto, os lábios a centímetros dos meus, mas se recusava a me beijar. Seus lábios roçavam os meus, provocantes, e quando eu pressionei minha boca contra a dele, ansiando pelo beijo, ele recuou, mantendo um sorriso travesso nos lábios, me deixando ofegante e frustrada.
POV: ARCHEREntrei no meu quarto, mas hesitei ao alcançar a porta. Virei-me para lançar um último olhar para o quarto que nos conectava. Um suspiro pesado escapou dos meus lábios. Droga, por que a cada vez que tento me afastar, meu corpo clama por ela? Tudo o que eu queria agora era me perder novamente em seu sabor, sentir o calor da sua pele contra a minha, os gemidos abafados que ela tentava conter enquanto se contorcia sob meus toques.— Archer? — A voz impaciente de Neandra interrompeu meus pensamentos, dessa vez ainda mais ríspida.A raiva borbulhava dentro de mim enquanto saía abruptamente do quarto, minhas mãos cerradas. Meus olhos semicerraram em fúria, a irritação queimando em cada célula do meu corpo.— Eu já ouvi! — Gritei, com a voz carregada de arrogância, não me importando com o to
POV: ARCHEREla me olhou, os olhos azuis brilhando com uma esperança desesperada, enquanto ela bebia a água, senti o peso daquela esperança me envolvendo. Antes que eu pudesse me afastar, Willow agarrou minha mão com força, puxando-a contra seu rosto. Seus olhos se fecharam, enquanto sua pele fria descansava sobre minha palma.— Por que fez isso se diz que não me ama? — Sua voz era suave agora, um murmúrio carregado de mágoa. Ela pressionou minha mão contra o rosto, como se aquele toque pudesse afastar a verdade dolorosa que pairava entre nós. — Por que não pode continuar cuidando de mim, me amando, como eu sempre sonhei?A pergunta de Willow não era nova, mas a dor em suas palavras me atingiu de forma diferente desta vez. Ela queria tanto que eu fosse o homem que ela idealizou, que pudesse oferecer a segurança e o afeto que el
POV: ARCHEROlhei fundo em seus olhos, buscando um fio de sinceridade.— Preciso que seja honesta comigo agora. Você pode fazer isso? Você pode, ao menos uma vez, ser honesta comigo e me ajudar?Ela piscou, surpresa com minha súbita mudança de tom, e vi um lampejo de algo em seus olhos, talvez culpa, talvez arrependimento. Seu rosto se suavizou por um instante, e ela inclinou a cabeça, hesitante.— Te ajudar com o quê? — Willow franziu o cenho, claramente confusa. Sentei-me mais perto dela, segurando suas mãos entre as minhas e acariciando o dorso com suavidade. — Eu senti sua falta, Archer.— Eu sinto falta da minha amiga, aquela que esteve ao meu lado quando tudo começou a desmoronar. — Minha voz estava carregada de uma melancolia sincera, enquanto observava a tristeza tomar conta de seus olhos. — Você me encorajou a se