POV: ARCHER
Abrir a porta lentamente, revelando Ethan Stone parado no corredor, sua áurea intensa. Suas feições estavam duras, os olhos azuis tão frios e implacáveis quanto o aço, carregados de um desprezo que eu conhecia bem. Mesmo com toda a tensão acumulada entre nós ao longo dos anos, havia algo de diferente naquela noite. Algo mais sombrio.
— Ethan... — Respondi, mantendo a voz controlada, enquanto me posicionava à sua frente, bloqueando qualquer visão que ele pudesse ter de Avril.
Ele deu um passo à frente, a luz fraca do corredor iluminando seu rosto impassivo. O cheiro forte de uísque indicava que ele já estava bebendo há algum tempo, o que só tornava a situação mais perigosa. Ethan nunca fora um homem de meias-palavras, mas ultimamente, seu temperamento vinha oscilando entre a frieza calculista e explosões impulsivas.
POV: AVRILUma noite intensa. Essa era a definição perfeita para tudo o que havia acontecido. Entre as revelações chocantes, a libertação de Corand e a inesperada aparição de Ethan, ficou claro que Archer merecia o benefício da dúvida. E eu? Estava exausta de lutar contra a faísca que acendia em meu peito toda vez que nossos olhares se encontravam. Se o homem que eu amei um dia... ou talvez ainda ame... nunca tentou me machucar, e se realmente não provocou o acidente, isso deveria significar algo para nós, certo?— Um beijo pelos seus pensamentos. — Sua voz rouca e preguiçosa rompeu meus devaneios, enquanto seus braços fortes me envolviam, aconchegando-se contra meu corpo. Senti seu nariz roçar na curva do meu pescoço, e um arrepio percorreu minha pele. Suas pernas se entrelaçaram nas minhas, prendendo-me num abra&ccedi
POV: AVRILUm arrepio percorreu minha espinha quando ele encontrou o ponto mais sensível, e o calor de sua mão me fez arquear o corpo involuntariamente. Sem aviso, seus dedos deslizaram para dentro, primeiro um, depois outro, em um movimento firme e lento, explorando-me com uma massagem que trazia um prazer crescente. — Ah, Avy, o quanto senti falta de senti-la contraindo sobre os meus dedos...— Archer... — O gemido escapou alto dos meus lábios enquanto seus movimentos se tornavam mais intensos, mais rítmicos, como se cada toque fosse perfeitamente calculado para me levar ao limite. Ele estava tão perto, os lábios a centímetros dos meus, mas se recusava a me beijar. Seus lábios roçavam os meus, provocantes, e quando eu pressionei minha boca contra a dele, ansiando pelo beijo, ele recuou, mantendo um sorriso travesso nos lábios, me deixando ofegante e frustrada.
POV: ARCHEREntrei no meu quarto, mas hesitei ao alcançar a porta. Virei-me para lançar um último olhar para o quarto que nos conectava. Um suspiro pesado escapou dos meus lábios. Droga, por que a cada vez que tento me afastar, meu corpo clama por ela? Tudo o que eu queria agora era me perder novamente em seu sabor, sentir o calor da sua pele contra a minha, os gemidos abafados que ela tentava conter enquanto se contorcia sob meus toques.— Archer? — A voz impaciente de Neandra interrompeu meus pensamentos, dessa vez ainda mais ríspida.A raiva borbulhava dentro de mim enquanto saía abruptamente do quarto, minhas mãos cerradas. Meus olhos semicerraram em fúria, a irritação queimando em cada célula do meu corpo.— Eu já ouvi! — Gritei, com a voz carregada de arrogância, não me importando com o to
POV: ARCHEREla me olhou, os olhos azuis brilhando com uma esperança desesperada, enquanto ela bebia a água, senti o peso daquela esperança me envolvendo. Antes que eu pudesse me afastar, Willow agarrou minha mão com força, puxando-a contra seu rosto. Seus olhos se fecharam, enquanto sua pele fria descansava sobre minha palma.— Por que fez isso se diz que não me ama? — Sua voz era suave agora, um murmúrio carregado de mágoa. Ela pressionou minha mão contra o rosto, como se aquele toque pudesse afastar a verdade dolorosa que pairava entre nós. — Por que não pode continuar cuidando de mim, me amando, como eu sempre sonhei?A pergunta de Willow não era nova, mas a dor em suas palavras me atingiu de forma diferente desta vez. Ela queria tanto que eu fosse o homem que ela idealizou, que pudesse oferecer a segurança e o afeto que el
POV: ARCHEROlhei fundo em seus olhos, buscando um fio de sinceridade.— Preciso que seja honesta comigo agora. Você pode fazer isso? Você pode, ao menos uma vez, ser honesta comigo e me ajudar?Ela piscou, surpresa com minha súbita mudança de tom, e vi um lampejo de algo em seus olhos, talvez culpa, talvez arrependimento. Seu rosto se suavizou por um instante, e ela inclinou a cabeça, hesitante.— Te ajudar com o quê? — Willow franziu o cenho, claramente confusa. Sentei-me mais perto dela, segurando suas mãos entre as minhas e acariciando o dorso com suavidade. — Eu senti sua falta, Archer.— Eu sinto falta da minha amiga, aquela que esteve ao meu lado quando tudo começou a desmoronar. — Minha voz estava carregada de uma melancolia sincera, enquanto observava a tristeza tomar conta de seus olhos. — Você me encorajou a se
POV: ARCHER— Jasper? — Chamei, minha voz carregada de incredulidade e preocupação. Ele se virou lentamente, com um sorriso tenso, quase doloroso, e os olhos marejados, refletindo uma dor profunda que ia muito além dos ferimentos visíveis.Dei um passo à frente e o envolvi em um abraço apertado, sentindo a fragilidade de seu corpo marcado pela tortura. Seu pé estava enfaixado de forma grotesca, e pude ver que alguns dedos estavam faltando, assim como alguns dentes, o que fez meu estômago revirar de revolta.— Droga, o que fizeram com você? — Sussurrei, minha voz falhando levemente. A raiva tomou conta de mim rapidamente, cerrando os punhos ao lado do corpo, como se isso fosse o suficiente para controlar a fúria que subia em ondas.Jasper riu, mas era uma risada sem vida, cheia de resignação, enquanto se deixav
POV: ARCHERMeus olhos se arregalaram, o choque percorrendo cada fibra do meu corpo enquanto o peito subia e descia descompassado. As palavras de Jasper rodavam na minha mente, a possibilidade de Luka estar vivo rasgando minhas emoções em todas as direções. O som de sua voz ecoando nas lembranças, a esperança e o medo colidindo.— Ele está vivo? Onde ele está? — Minha voz saiu alta e desesperada, enquanto eu me lançava para frente, agarrando Jasper pela camisa e o puxando para mais perto, os olhos fixos nos dele, implorando por uma confirmação que eu temia não vir.Jasper manteve o olhar baixo, sua expressão encharcada de dor e lamento. Pousou a mão sobre a minha, que ainda o segurava com força, e apertou levemente, balançando a cabeça em negativa.— Eu sinto muito, Archer. — Sua voz saiu rouca, carregada de culpa e tristeza.As palavras dele bateram em mim como um soco direto, me deixando estagnado. O choque reverberou por todo o meu corpo, e por um instante, parecia que o tempo havi
POV: AVRILCom a mente mais tranquila, permiti-me o luxo de mergulhar na banheira por um longo período, deixando a água morna aliviar as tensões acumuladas. Depois, já revigorada, sentei-me ao piano, deixando os dedos deslizarem pelas teclas, acompanhados por uma melodia suave de minha autoria. Cada nota parecia carregar uma parte de mim, uma peça dos sentimentos profundos que eu lutava para processar. Cantar as palavras que escrevi trazia-me paz, uma maneira de guiar minha mente para longe do caos que era a minha vida e, talvez, ajudar quem escutasse a sentir o mesmo.Enquanto as notas fluíam, o relaxamento tomava conta do meu corpo, o peso da realidade parecia mais leve, até que uma voz ríspida cortou a suavidade do momento como uma lâmina fria.— Fox? — A voz áspera ressoou atrás de mim, seca e carregada de desprezo.Instant