POV: ARCHER
— Eu te contei como Ethan era quando eu era criança, não foi? Ele era um pai amoroso, presente. Mas, de repente... tudo mudou. Rápido demais. Não tive tempo de processar. E então, as ameaças começaram a chegar. Fotos... vídeos da minha mãe em uma situação crítica.
A dor no meu peito apertava à medida que eu relembrava cada uma dessas ameaças, as imagens grotescas que vinham junto com as mensagens de chantagem.
— A mídia começou a me cercar, a inventar histórias, e as acusações surgiram. Meu avô adoeceu, fragilizado por tudo, e... você, Avy... — Olhei profundamente em seus olhos, minha voz vacilando por um momento. — Você estava grávida, e eu não sabia como protegê-la.
Avril ficou em silêncio por alguns se
POV: ARCHER— O quanto isso está te consumindo?Hesitei por um momento, sentindo um aperto no peito. Nunca fui bom em compartilhar minha dor, mas naquele momento, as palavras vieram.— Toda a minha sanidade. — Confessei com a voz trêmula, e meus olhos começaram a marejar. — Às vezes, eu penso em acabar com tudo, em me livrar desse peso... Mas minha mãe ainda está viva, e se eu desistir agora, o inferno que ela já passou só vai piorar. Seria como jogá-la para os lobos de uma vez por todas.— Eu sinto muito. — Avril sussurrou, a voz tão suave quanto seu toque enquanto ela acariciava meu queixo. — Mas... por que você não conta tudo ao investigador Cooper? Tenho certeza de que ele poderia ajudar, que...Antes que ela pudesse terminar, interrompi suavemente, sabendo que o próximo pas
POV: ARCHEREu sabia que, por mais que ela quisesse resistir, havia algo inegável entre nós.— Eu... — Ela começou a murmurar, a voz quase um sussurro, mas antes que pudesse terminar, capturei seus lábios com os meus.O beijo foi firme, mas ao mesmo tempo carregado de tudo que havíamos guardado durante tanto tempo. Seus lábios eram suaves, quentes, e por um breve momento, ela resistiu, mas logo a tensão em seus ombros se desfez e seus braços deslizaram pelo meu peito, subindo até minha nuca, puxando-me para mais perto. Tudo ao nosso redor desapareceu, como se apenas nós dois existíssemos naquele instante.Aprofundei o beijo, sentindo o sabor de sua entrega, o calor de sua pele contra a minha. As mãos de Avril, antes hesitantes, agora firmes, puxavam-me com uma intensidade que correspondia à minha. Ela gemia baixinho contra meu
POV: AVRILSubi as escadas apressada, fechando a porta atrás de mim com um estrondo. Encostei-me contra ela, soltando um longo suspiro. As revelações daquela noite rodavam na minha mente, e cada pensamento parecia uma tempestade de informações que eu mal conseguia organizar. Meu cérebro latejava, sobrecarregado com o peso das verdades que Archer havia despejado em mim. Sua vida era um emaranhado tão grande de segredos e complicações que tentava, mas não conseguia, entender completamente.Olhei ao redor do quarto, buscando um ponto de apoio. Caminhei até a escrivaninha e peguei um caderno de anotações, abrindo-o com mãos trêmulas. Precisava colocar tudo no papel, tentar organizar o caos mental que me sufocava. Peguei uma caneta e comecei a escrever. Cada revelação, cada detalhe, cada emoção que surgia entre as linhas confusas
POV: ARCHERObservei Avril se afastar correndo para dentro da mansão, suas palavras ainda ecoando na minha mente. Ela estava certa, era impossível negar. Tudo ao nosso redor estava uma completa confusão, e eu não tinha controle sobre nada. Suspirei pesadamente, sentindo o peso de todas as escolhas que nos levaram a esse momento. Sabia que Willow tinha sentimentos profundos por mim, mesmo quando aquele maldito contrato foi estabelecido. Suas palavras, cheias de esperança e desespero, ainda ressoavam em meus ouvidos como um eco distante.— Só quero a chance de te fazer me amar como eu te amo! — Ela havia dito com os olhos brilhando de expectativa, mesmo depois das minhas palavras frias.— Você está se machucando com isso, Willow. Meu coração pertence a outra pessoa. — Lembro de ter dito, direto e rude, tentando destruir suas esperanças. M
POV: ARCHERColoquei a mão na lateral de sua cabeça, meus dedos deslizando pelo contorno da toalha até alcançarem o queixo dela, fazendo-a levantar o olhar. — Archer, pare com isso...— Eu nunca tive relações com Willow — declarei, meus olhos fixos nos dela, sem desviar. — Nossa relação não foi além de alguns beijos forçados. A maioria aconteceu em frente às câmeras, apenas para manter as aparências. — Minhas palavras eram calculadas, ditas para que ela entendesse a verdade, para que não houvesse dúvidas. — Não houve outras mulheres na minha cama porque, sempre que tentava seguir em frente, a única imagem que surgia em minha mente era a sua. E, com ela, vinha o desejo incontrolável de correr até você!Avril piscou, absorvendo o que eu acabara de dizer, mas a
POV: ARCHERAbrir a porta lentamente, revelando Ethan Stone parado no corredor, sua áurea intensa. Suas feições estavam duras, os olhos azuis tão frios e implacáveis quanto o aço, carregados de um desprezo que eu conhecia bem. Mesmo com toda a tensão acumulada entre nós ao longo dos anos, havia algo de diferente naquela noite. Algo mais sombrio.— Ethan... — Respondi, mantendo a voz controlada, enquanto me posicionava à sua frente, bloqueando qualquer visão que ele pudesse ter de Avril.Ele deu um passo à frente, a luz fraca do corredor iluminando seu rosto impassivo. O cheiro forte de uísque indicava que ele já estava bebendo há algum tempo, o que só tornava a situação mais perigosa. Ethan nunca fora um homem de meias-palavras, mas ultimamente, seu temperamento vinha oscilando entre a frieza calculista e explosões impulsivas.
POV: AVRILUma noite intensa. Essa era a definição perfeita para tudo o que havia acontecido. Entre as revelações chocantes, a libertação de Corand e a inesperada aparição de Ethan, ficou claro que Archer merecia o benefício da dúvida. E eu? Estava exausta de lutar contra a faísca que acendia em meu peito toda vez que nossos olhares se encontravam. Se o homem que eu amei um dia... ou talvez ainda ame... nunca tentou me machucar, e se realmente não provocou o acidente, isso deveria significar algo para nós, certo?— Um beijo pelos seus pensamentos. — Sua voz rouca e preguiçosa rompeu meus devaneios, enquanto seus braços fortes me envolviam, aconchegando-se contra meu corpo. Senti seu nariz roçar na curva do meu pescoço, e um arrepio percorreu minha pele. Suas pernas se entrelaçaram nas minhas, prendendo-me num abra&ccedi
POV: AVRILUm arrepio percorreu minha espinha quando ele encontrou o ponto mais sensível, e o calor de sua mão me fez arquear o corpo involuntariamente. Sem aviso, seus dedos deslizaram para dentro, primeiro um, depois outro, em um movimento firme e lento, explorando-me com uma massagem que trazia um prazer crescente. — Ah, Avy, o quanto senti falta de senti-la contraindo sobre os meus dedos...— Archer... — O gemido escapou alto dos meus lábios enquanto seus movimentos se tornavam mais intensos, mais rítmicos, como se cada toque fosse perfeitamente calculado para me levar ao limite. Ele estava tão perto, os lábios a centímetros dos meus, mas se recusava a me beijar. Seus lábios roçavam os meus, provocantes, e quando eu pressionei minha boca contra a dele, ansiando pelo beijo, ele recuou, mantendo um sorriso travesso nos lábios, me deixando ofegante e frustrada.