CAPÍTULO 16: DESEJO ATROZ (2)

Alfonso Albuquerque

— Ao invés disso, deveria ser eu a pergunta. Quem é você? — questionei com os olhos fixos a mulher diante dos meus olhos. Geralmente não tenho o costume de agir por impulso, contudo, faço uma exceção.

— Me solte! — a desconhecida declara com as mãos firmes em meus pulsos. A curva sinuosa dos seus lábios capturou a minha atenção. O formato de coração se tornou convidativo ao meu desejo, porém, resisti em avançar contra o alvo provocativo.

Conforme o seu corpo se move em meus braços, a sua fragrância se impregna em minhas narinas me levando ao estado de torpor.

Seus fios dançam com o movimento do seu corpo e essa visão é prazerosa aos meus olhos.

— Você pode… — sua voz levemente enraivecida chamou a minha atenção e nossos olhos novamente se encontram — Me soltar? — sua pergunta soou como uma ordem, contudo, eu deveria realmente solta-lá? A dúvida inundou a minha mente.

Não, não deve soltá-la. Mantenha em seus braços o máximo possível, minha mente propos.

Com os corp
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