O Fim“O verdadeiro nome do amor é cativeiro.”Eu havia planejado tudo nos mínimos detalhes, arranjos de floresdo campo adornavam cada banco daquela imensa catedral, e um voalbranco unindo-os até o final dos bancos de madeira. Anahi e Arthuraguardavam na entrada da igreja, Meu pai estava na primeira fileira eseguidamente lançava olhares furiosos para as crianças.”Não permitirei que a imprensa veja que adotamos esses negrinhossujos, você só quer reforçar as maluquices de sua mãe, não é mesmo?”“Chega disso, você vai estar lá ou farei questão de expor o canalhapreconceituoso que você é, quando me perguntarem por que meu pai nãocompareceu a cerimônia do casamento do único filho homem.”É claro que eu não tinha intenção alguma de chamar a imprensapara o casamento, mas esses paparazzi eram como verdadeiras pestes, mesmo eu tentando manter sigilo sobre aquela noite, de alguma maneiraeles tinham descoberto. A equipe de segurança estava de prontidão nasportas da cated
Sangue e PólvoraA intolerância de ser acostumadoA viver intensamente apaixonadoLhe reserva um coraçãoPredestinado a sangrarEm um quarto vazio e frio ...DiegoRemei na direção da orla do Guaíba, não havia iluminação nenhumaali, a não ser pelo céu estrelado que refletia nas águas negras. Respireifundo devagar, deixando aquele ar fresco encher meus pulmões. Olhei norelógio, o visor embaçado pela água. Droga!— Blá-blá-blá, olha como me importo... — ouvi vindo de um doscontêineres. Que estranho? As vozes estavam exaltadas, larguei aprancha na areia e me aproximei, uma loira empunhava uma pistola.Encostei o corpo contra a parede metálica, abri um zíper da roupa e tirei ocelular. Em quem ela está mirando? Liguei a câmera e desativei o flash.Não consigo ver o rosto. Talvez seja melhor ir embora.Um estampido seco ecoou. Merda, preciso fazer alguma coisa! Aloira olhou rapidamente para os dois lados e guardou a pistola na bolsa.Filha da mãe! Ela entrou na limu
Da Dor o Amo RenasceMeu amor,Me faça acreditarQue tudo é possívelPois eu temo que não amanheçaSe você se forBebi um gole do Whisky até que o copo esvaziasse, e desceu comofogo. Inclinei o corpo sobre a bancada de pedra e balancei o copo vaziopara a o bartender que preparava alguns drinks para as duas loiraspróximas a mim.— Já te sirvo outro — respondeu o rapaz, misturando um líquidovermelho seguido de um azul.— É ele, o cara da revista. — Pude ouvir uma das loiras sussurrandopara a gostosa com um vestido vermelho tão justo que marcava cadasinuosa curva de seu corpo bem feito.Ana? Ela surgiu trazendo uma garrafa de Smirnoff Ice e outra deAbsolut. Ficou de costas para mim e, na ponta dos pés, colocou asgarrafas lado a lado. Seu cabelo preso em um rabo de cavalo, usava umacamisa com botões amarrada acima do umbigo, a minissaia jeansdesfiada no mesmo tom da blusa, contrastando com sua pele branca.— Então, foi aqui nesse inferninho que você se esconde
InteressesEu era uma ilha abandonadano meio do oceano,sem passado e sem futuro.Navegar em modo anônimo para não deixar rastros foi mais simplesdo que imaginei que seria, jogar o sobrenome Pipermen no Google metrouxe uma enxurrada de resultados, mas com a ‘perfeita’ da poderosafamília ostentando suas riquezas, em poucos menos de uma hora, eu játinha um número. O jogo havia começado.Destinatário Nº 51 95322233O império Pipermen está manchado.#vídeo em anexoO celular vibrou menos de um minuto após eu ter enviado a mensagem.Remetente Nº 51 95322233Não é muito sensato ameaçar alguém por sms. O que você quer?Respondi a mensagem, sorri diante da posição de vantagem quefacilmente conquistei sobre Pipermen.Destinatário Nº 51 953222332 milhões em minha conta, sem gracinhas, tenho cópias de segurança, sepor acaso eu desaparecer como a noiva, a mídia ficará feliz com o novovídeo viral que se espalhará pela web. Ana ainda está grávida, em comainduzido.Bati
LabaredasSim, sei de onde venho!Insatisfeito com a labaredaardo para me consumir!Aquilo em que toco torna—se luz.Carvão aquilo que abandono.Sou certamente labareda!O que ela está fazendo? Buzinei tentando chamar sua atenção.Balancei a mão na tentativa de que ela me esperasse.—Bella ! Não! — gritei, jogando o capacete no chão.Corri até a escada de emergência suspensa na lateral do prédio.Pendurei-me e o subi os degraus até chegar no sétimo andar, dei umaolhada rápida para baixo e o estômago embrulhou.— Por favor, Bella! — implorei, vendo que Ana continuava olhandopara baixo, pronta para saltar.Com cuidado, caminhei até o seu lado. Agora eu precisava ter cuidado,podia ver as lágrimas rolando por seu rosto.— Então é isso?! Esperei meses por você e agora vai simplesmentedesistir da vida, assim? Vou dizer uma coisa, uma página em branco é umrecomeço, Bella, sei que a dor que está sentindo é forte, mas esse é umcaminho sem volta. Não seja covarde, quand
ReencontroA vitória está reservada para aquelesque estão dispostos a pagar seu preço.Ana me encarava aturdida.—Vem, Bella, deve estar a confundindo com outra pessoa — eleinsistiu, tentando convencê-la.— Para, Diego! — protestou, desvencilhando-se para caminhar atémim.Não pude evitar de sorrir ao ver como ela o afastara. O rapaz meencarava, um olhar furioso, talvez fosse uns dez ou quinze anos maisjovem que eu e, mesmo com aquele porte atlético que ostentava, eu seriacapaz de eliminá-lo, aquela seria uma boa luta.— Disse que me chamo Ana Karvat, mas não disse o seu nome —respondeu em tom investigativo.—Robert Pipermen, mas quando estávamos sós, você me chamavade Dom.Quase pude ouvir seus pensamentos, maquinando tão rápido àprocura de nossas memórias e não consegui evitar a dor dodesapontamento quando ela balançou a cabeça e suspirou.— Desculpe, mas não lembro de nada.Precisava pensar rápido antes que fosse tarde.— Ninfa, cinco minutos é só o que
Regras, Castigo e RecompensaBaby, serei seu predador essa noiteTe caçarei, te comerei vivaAssim como animaisConviver com Bella foi completamente diferente do que euimaginava... Depois de semanas em um luto silencioso, ela havia decididomudar e a maneira como me provocou naquela padaria e depois voltou aagir como se nada tivesse acontecido... Esforçava-me paraconseguir almoçar com ela o maior número de vezes possível.Conversávamos sobre tudo, inclusive minhas conquistas que, porinsistência dela, me fazia contar tudo com o maior número de detalhes.Então, percebi que aquele flerte não se repetiria e nossorelacionamento estava limitado apenas a uma boa amizade, quandorecebi a mensagem em que ela avisava que partiria, nunca me passariapela cabeça que aquele poderia ser um trote sensual. Novamente, elavoltou a agir apenas como uma boa e curiosa amiga. Quatrosemanas se passaram desde que ela se mostrara como Ama, e eu queriamais...— É isso? Vamos continuar v
Fogo— Não ouse. — Ana estendeu a mão aberta, tentando manter umadistância segura.Segurei-a pelo fino pulso e lambi sua pele macia e quente, aí a puxeipara perto, seu corpo chocou-se contra o meu.— Calada! — bradei.Ana passou a mão, acariciando o contorno de meu maxilar.— Eu sei o que você quer, Robert — sussurrou sedutoramenteroçando os lábios nos meus.— Quero te foder como merece — respondi, mordendo seu lábioinferior.O estalo do tapa em meu rosto fez minha pele queimar, devido a dore a força com que me acertou.— Ah, sua peste. — Agarrei suas duas mãos puxando-as para trás.— Eu vou gritar.Olhei a sala, procurando achar algo pudesse prender suas mãos.— Não vai, não.Calei seus desaforos com um beijo desvairado, suguei sua língua,saboreando seu gosto com imensa satisfação. Ana soltou um gemido,prestes a me levar à loucura, minha língua acariciou a sua de maneiraexperiente e voraz. Um beijo destinado a deixá-la sem palavras...Agora ela me encarava