Próximo ao Paraíso... Segredos“Você me dá febre,Quando você me beija,Febre, quando você me abraça forte.Febre! De manhã,Febre durante toda a noite.”Robert enrolou-se lençol e saiu da cama.— Aonde vai? — Minha voz saiu mais carente do que eu jamaishavia ouvido, e me arrependi no segundo seguinte em que as palavrassaíram de meus lábios.Dom se virou e sorriu de canto, piscando para mim. Tão sedutor eperfeito, cheio de si, ele sabia o efeito que causava sobre mim. Cobri meulargo sorriso abraçando o travesseiro contra meu corpo. Eu estava sónaquela imensa e macia cama king size, espreguicei relaxada, esticandomeus braços e pernas, podia sentir seu cheiro em meu corpo, em tudo aminha volta.Ouvi uma melodia dedilhada no violão de maneira melódica. Senteina cama e fiquei ouvindo a bela canção...Pra você guardei o amorQue nunca soube darO amor que tive e vi sem me deixarSentir sem conseguir provarSem entregarE repartirPra você guardei o amorQue s
Olho por Olho“O que mais eu deveria ser?Tudo desculpasO que mais eu poderia dizer?”Após o café, Dom me deixou em meu apartamento, não entendi omotivo do porteiro olhar para ele com cara feia, ele me acompanhou até aporta do apartamento que estava destrancada.— Fique com o meu telefone, tenho que resolver algumas coisasna empresa. E tente não se meter em confusão — disse ele estreitando osolhos, com um sorriso que fez minhas pernas tremerem como gelatina.— Isso faz parte do meu charme — respondi pegando o celular desua mão. — Tem certeza de que não vai precisar, amo?Robert assentiu com a cabeça e mordeu meu lábio fazendo umcomichão espalhar-se pelo meu corpo. Suspirei ao final do beijo, e oobservei distanciar-se, ele vestia um fino blazer cinza grafite, que, semdúvida, havia sido confeccionado sob medida para aquele corpo esculturalde um verdadeiro gladiador. As portas dos elevadores se fecharam e elese foi. Minha vontade era de trancá-lo ali comigo, ma
Amor Marginal“Minha flor, não me machuquesMinha dor, não me abuses assimNão tire magoasNão tire magoa de mimMeu amor, não me invadasCom o teu olharNão me deixes aqui a gritarNo meio do caminho sozinho”Empurrei a porta do apartamento, e uma jovem estava sentada nosofá com as pernas cruzadas, e as mãos mexendo nervosamente na saiade tule branca. Já havíamos nos encontrado algumas noites atrás.— Sou a ex de Marcos — ela disse ficando de pé.Meu sangue ferveu ao ouvir aquele nome. O que ela está fazendoaqui?— Quer se vingar de Marcos? Punir a sua submissa? — perguntouenquanto tirava o meu blazer. Fez questão de bater a porta com força. Ela precisa que a ninfa saiba.Menos de um minuto depois Ana estava lá, boquiaberta, semreação. Aquele serviria como um último teste. Ergui seus braços,agarrando seus finos pulsos, imprensando-a contra a parede fria. Euestava duro, a amiga de Ana era gostosa pra caralho. Subi aquela finasaia até a cintura e penetrei-a,
Felizes para Sempre?“Hoje não é apenas o dia em que direi sim para ela,é o dia em que direi não para todas as outras”O iPhone grafite era a única coisa que havia de Robert noapartamento. Chega, eu vou te arrancar dos meus pensamentos custe oque custar. Pressionei o pedal da lixeira com a ponta do pé e o atirei ali.Não haviam motivos para eu sair do apartamento, visitar Laura não erauma opção, nem sei como reagiria se cruzasse com Barbie mais uma vez.Quando eles foram embora, desabei no sofá e chorei durante horas a fio,dormi, acordei e chorei de novo, dormi mais um pouco, e no segundo diaapós o luto por Dom, não haviam mais lágrimas, sentei no sofá e agradecipelo estoque de emergências de Laura: pizzas, sorvete de chocolate erefrigerante. Aqueci a pizza no micro-ondas e sentei no sofá, zapeei peloNetflix atrás de qualquer coisa que não fosse romance.— Pode ser Sons of Anarchy? — perguntei a Pipi e Lu queencaravam o prato de pizza, sem piscar.Os dias se r
O Fim“O verdadeiro nome do amor é cativeiro.”Eu havia planejado tudo nos mínimos detalhes, arranjos de floresdo campo adornavam cada banco daquela imensa catedral, e um voalbranco unindo-os até o final dos bancos de madeira. Anahi e Arthuraguardavam na entrada da igreja, Meu pai estava na primeira fileira eseguidamente lançava olhares furiosos para as crianças.”Não permitirei que a imprensa veja que adotamos esses negrinhossujos, você só quer reforçar as maluquices de sua mãe, não é mesmo?”“Chega disso, você vai estar lá ou farei questão de expor o canalhapreconceituoso que você é, quando me perguntarem por que meu pai nãocompareceu a cerimônia do casamento do único filho homem.”É claro que eu não tinha intenção alguma de chamar a imprensapara o casamento, mas esses paparazzi eram como verdadeiras pestes, mesmo eu tentando manter sigilo sobre aquela noite, de alguma maneiraeles tinham descoberto. A equipe de segurança estava de prontidão nasportas da cated
Sangue e PólvoraA intolerância de ser acostumadoA viver intensamente apaixonadoLhe reserva um coraçãoPredestinado a sangrarEm um quarto vazio e frio ...DiegoRemei na direção da orla do Guaíba, não havia iluminação nenhumaali, a não ser pelo céu estrelado que refletia nas águas negras. Respireifundo devagar, deixando aquele ar fresco encher meus pulmões. Olhei norelógio, o visor embaçado pela água. Droga!— Blá-blá-blá, olha como me importo... — ouvi vindo de um doscontêineres. Que estranho? As vozes estavam exaltadas, larguei aprancha na areia e me aproximei, uma loira empunhava uma pistola.Encostei o corpo contra a parede metálica, abri um zíper da roupa e tirei ocelular. Em quem ela está mirando? Liguei a câmera e desativei o flash.Não consigo ver o rosto. Talvez seja melhor ir embora.Um estampido seco ecoou. Merda, preciso fazer alguma coisa! Aloira olhou rapidamente para os dois lados e guardou a pistola na bolsa.Filha da mãe! Ela entrou na limu
Da Dor o Amo RenasceMeu amor,Me faça acreditarQue tudo é possívelPois eu temo que não amanheçaSe você se forBebi um gole do Whisky até que o copo esvaziasse, e desceu comofogo. Inclinei o corpo sobre a bancada de pedra e balancei o copo vaziopara a o bartender que preparava alguns drinks para as duas loiraspróximas a mim.— Já te sirvo outro — respondeu o rapaz, misturando um líquidovermelho seguido de um azul.— É ele, o cara da revista. — Pude ouvir uma das loiras sussurrandopara a gostosa com um vestido vermelho tão justo que marcava cadasinuosa curva de seu corpo bem feito.Ana? Ela surgiu trazendo uma garrafa de Smirnoff Ice e outra deAbsolut. Ficou de costas para mim e, na ponta dos pés, colocou asgarrafas lado a lado. Seu cabelo preso em um rabo de cavalo, usava umacamisa com botões amarrada acima do umbigo, a minissaia jeansdesfiada no mesmo tom da blusa, contrastando com sua pele branca.— Então, foi aqui nesse inferninho que você se esconde
InteressesEu era uma ilha abandonadano meio do oceano,sem passado e sem futuro.Navegar em modo anônimo para não deixar rastros foi mais simplesdo que imaginei que seria, jogar o sobrenome Pipermen no Google metrouxe uma enxurrada de resultados, mas com a ‘perfeita’ da poderosafamília ostentando suas riquezas, em poucos menos de uma hora, eu játinha um número. O jogo havia começado.Destinatário Nº 51 95322233O império Pipermen está manchado.#vídeo em anexoO celular vibrou menos de um minuto após eu ter enviado a mensagem.Remetente Nº 51 95322233Não é muito sensato ameaçar alguém por sms. O que você quer?Respondi a mensagem, sorri diante da posição de vantagem quefacilmente conquistei sobre Pipermen.Destinatário Nº 51 953222332 milhões em minha conta, sem gracinhas, tenho cópias de segurança, sepor acaso eu desaparecer como a noiva, a mídia ficará feliz com o novovídeo viral que se espalhará pela web. Ana ainda está grávida, em comainduzido.Bati