CAPÍTULO 2
Amarildo Narrando
Eu olho de longe aquela mulher com a máscara dourada em seu rosto, um vestido preto com brilho, um decote em seus seios e o batom vermelho em sua boca, e fico pensando que ousadia em falar dos meus convidados da aquela forma.
- Vitor – eu chamo ele e ele se aproxima de mim.
- O que foi? – ele pergunta.
- Você conhece aquela mulher? – eu pergunto.
- Difícil saber quem é, ela está de máscara – ele fala me olhando. – Por acaso posso saber o interesse? Quer levar ela para sua casa? – ele diz rindo.
Paola se aproxima de nós, bem na hora que eu iria responder Victor.
- Olá – ela fala.
- Me reconheceu? – eu falo brincando para ela.
-Eu te reconheceria de qualquer forma meu amor – ela fala sorrindo.
-Não sou mais seu amor – eu respondo para ela – você me deixou, lembra?
-Não acredito que você ainda está magoado com isso – ela diz arrumando a minha gravata borboleta – achei que você já tinha separado o fim do nosso casamento.
- Jamais vou superar o fim do nosso casamento, ainda mais com uma bela mulher como você – Ela sorri.
- Estou curiosa para saber o grande segredo da família Ferraz – ela fala me olhando.
- Todos estão – eu falo – você não é a única.
- Tenho certeza de que você vai nos surpreender – ela fala me olhando.
- Você nem imagina como – eu falo para ela que me encara sorrindo e balança a cabeça.
- Eu já volto – ela fala sorrindo e se afasta.
- Está quase na hora – Vitor Hugo fala e eu procuro com os meus olhos aquela mulher da máscara dourada, mas não consigo a encontrar – Amarildo – ele diz chamando a minha atenção.
- Sim- eu falo para ela.
- Você precisa subir ao palco, esqueceu? – Ele pergunta.
- Estou indo querido irmão – eu falo para ele.
Era eu e Vitor Hugo apenas, um pelo outro, perdemos nossos pais ainda adolescentes e eu tenho certeza de que tinha sido por causa da tentativa de revelarem o nosso segredo. Eu precisava levar tudo isso na brincadeira essa noite, mas depois Pierre iria ter que se ver comigo.
- Boa noite – eu falo com o microfone na mão e com Vitor Hugo ao meu lado. – Quero agradecer a todos pela presença nesse evento maravilhoso e sei que todos estão curiosos para saber o grande segredo da família Ferraz, mas – Eu olho para meu tio – gostaria de chamar o responsável por esse evento acontecer, por favor tio, aplausos para Pierre Ferraz – todo mundo olha para ele que obriga ele a subir.
Fotógrafos ficam em frente ao palco, com câmeras e celulares.
- Por que me chamou aqui? – meu tio fala baixo, eu tiro o microfone de perto e o encaro.
-Sorria, se diverte e assiste o espetáculo que o senhor mesmo criou – eu falo para ele.
- Eu gostaria de anunciar o nosso segredo em forma de um vídeo e de uma campanha muito divertida - eu falo para todos, abaixo o microfone e me aproximo do meu tio.
- Que palhaçada é essa? – ele pergunta.
- A minha nova campanha publicitaria em cima do segredo que o senhor queria tanto revelar – ele me olha – muito obrigada tio, eu precisava mesmo de um pouco de holofotes e mídia – eu sorrio para ele – porque você não acompanha Victor para uma conversa, você e ele.
-Vamos tio, nós temos muito que conversar – Vitor Hugo fala para ele.
Todo mundo assiste o vídeo da campanha e eu assisto a reação de todos pelo palco, procuro com os olhos aquela mulher e encontro ela no final de todos me encarando, ela parecia uma mulher misteriosa e de poucas palavras.
- Agradeço á todos pela presença mais uma vez e a partir de agora nós temos mais uma filial na Itália – Eu falo para todos – Empresários italianos, por favor marque o seu horário, estamos à disposição. Fiquem á vontade e aproveitem á festa.
Eu saio em direção aquela mulher, mas Paola me para no meio do caminho.
- É sério isso? – ela diz rindo – você é perfeito, fez de um limão uma limonada.
-Você realmente achou que tinha um segredo Paola? – ela me encara desconfiada. – Fomos casados durante cinco anos.
- Você é um homem de grandes mistérios – ela fala – estou mentindo? Até hoje tento descobrir a aonde você ia todas as quintas á noite e domingo de manhã.
- Da mesma forma que você tinha suas idas á shopping e manicure, eu também tinha os meus passa tempo – eu falo sorrindo para ela – Mas não se preocupe enquanto eu era casado com você, você era única – ela sorri e eu tento procurar com os olhos aquela mulher da máscara dourada.
- Você gosta de fazer piadas – ela fala.
- Eu preciso procurar uma pessoa – eu falo para ela.
- Fique à vontade – ela diz me encarando.
Mais uma vez eu tinha perdido aquela mulher no meio do evento e eu não sei por que eu queria tanto a encontrar.
- Você aceita ume bebida? – Eu assinto e pego a taça da mão do garçom.
CAPÍTULO 3 ADRIELE NARRANDOEu sempre soube que ele era um homem genial, até porque se não fosse, ele não teria tantas empresas espalhadas pelo mundo, mas hoje ele tinha calado a boca de quem duvidava ainda dele, a jogada de marketing dele tinha sido perfeita, jogou na mídia através do seu tio um segredo e sustentou ele até o dia do evento e promoveu em cima de toda a mídia um novo projeto dele, era de tirar o chapéu e aplaudir de pé.Eu conseguia ver ele me olhando a maioria do tempo, várias vezes fugi do seu olhar, até porque eu vou ser sua secretária e irei começar daqui dois dias, não poderia já começar a trabalhar sendo vista pelos meus colegas de trabalho como oferecida por está o tempo todo conversando com o chef.Meu celular começa a tocar, mas n&
AMARILDO NARRANDO-Espera Carolina – eu grito quando vejo que estou com a sua máscara na mão – Carolina – eu grito mais uma vez e ela se vira e me olha de lado, eu vejo seu perfil, seus olhos e seus traços do nariz e o canto da boca, mas a luz na frente do salão estava apagada e a noite estava escura. Ela entra dentro do carro e quando vou correndo, o carro anda. Eu paro no meio da rua e encaro aquele carro se distanciando e olho para a máscara em minha mão.Eu não conseguia assimilar a voz de Carolina na minha cabeça, já que o som estava alto tanto lá dentro como aqui fora, as luzes lá dentro também eram mais escuras, era difícil eu a reconhecer sem que ela me dissesse quem ela era, porque além de tudo, ainda tinha a bebida na cabeça, mas o seu beijo eu reconheceria se eu á beijasse sem saber quem ela era.- Amarildo – Vitor
CAPÍTULO 5ADRIELE NARRANDO- Você não me disse como foi o evento – Jamaique pergunta.- Foi normal – eu respondo para ela.-Normal em que sentido? – ela pergunta – porque você está em todos os lugares.- Eu ? – eu pergunto apavorada.- Você mascarada – ela fala me mostrando em seu celular – Você só se envolveu com o seu chef – ela fala rindo – e ainda na terapia vem me falar que falta autoconfiança?- Mas falta, você acha que ele sabe quem eu sou? – eu falo me sentando na cadeira e ela me encara ainda sem acreditar – Ele se aproximou de mim, me procurou o tempo todo pela festa e eu fugia dele, mas – eu suspiro – aceitei dançar com ele, a conversa fluiu e a gente se beijou mais de uma vez – ela balança a cabeça rindo.- E agora
CAPÍTULO 6AMARILDO NARRANDO- Nenhuma Carolina foi convidada para o evento – Vitor Hugo fala me olhando.-Impossível – eu falo para ele – Impossível, ela me disse com todas as letras que o seu nome era Carolina, olha de novo na lista – eu ordeno.-Pode ver você mesmo – ele fala me entregando três listas frente e verso com nomes de convidados e eu olho todos com muita atenção. – Encontrou alguma Carolina? – ele pergunta irônico e eu o encaro.-Não – eu falo – Mas alguém deve conhecer ela naquela festa, ela foi convidada e não está na lista? Foi levada por alguém. Cadê as câmeras de segurança da frente do salão do evento?- Queimaram – ele fala – não estava funcionando ontem à noite.- Ah – eu digo ir&ocir
Capítulo 7Adriele narrandoEu não estou acreditando que eu ainda estou sendo falada por todo lugar, ainda bem que a máscara que eu usei escondia bem o meu rosto e que era difícil alguém me reconhecer nessas fotos e em nenhum momento eu circulei sem máscara por aquela festa.Eu desço do Uber e encaro o prédio da empresa, eu respiro fundo e tomo coragem para entrar, eu olho para todas aquelas mulheres que entravam e saiam todas arrumadas e no salto 15 e me sinto inferior á elas. Quando eu era mais nova eu me arrumava muito para ir até na padaria ao lado de casa, minha mãe me cobrava tanto que eu deveria ser vaidosa, cuidar de mim e quando eu tinha 18 anos e tive uma rejeição por parte do meu pai, eu me senti mal, me senti inferior e senti que não era capaz de ser amada, então eu me fechei em um mundo só meu. Durante qua
AMARILDO NARRANDO- Não é possível que você está procurando essa mulher – Paola fala.- Você ainda quer falar sobre ela? – eu pergunto.– Amarildo quero te apresentar a sua nova secretaria – Vitor Hugo fala entrando na minha sala, estou com a cadeira virada para á parede.-Por que não saímos? – ela pergunta no celular e eu viro a cadeira olhando para a minha mesa.-Ok, eu ligo para você mais tarde Paola – eu falo desligando o celular e levando o meu olhar para ela. Eu olho para aquela mulher que me encara com os seus olhos castanho que combina com a cor dos seus cabelos, seus cabelos era um pouco abaixo dos seus ombros.-Essa é a Adriele á sua nova secretaria, ela veio da Alemanha da sede que fechou lá – Vitor Hugo fala. Eu me levanto da cadeira e ando em sua direção
CAPÍTULO 9Adriele narrandoEu respiro fundo e aliviada quando Vitor Hugo entra de volta no escritório dele, eu tenho certeza de que ele não tinha me reconhecido ou fingiu muito bem.Eu olho para aquela sala e abro um sorriso, eu ainda não tinha entendido se eu gostava ou não de novos desafios porque eu me sentia desesperada e ao mesmo tempo ansiosa para começar uma nova etapa na minha vida.- Adriele – Vitor Hugo fala saindo da sua sala – emita o comunicado de luto para todas as empresas.- Em nome do tio de vocês? – eu pergunto.- Isso mesmo – ele fala. – Amarildo pediu que você ligue para á casa dele e peça para providenciar um traje todo preto para o enterro que vai acontecer hoje á tarde.- Claro, vou fazer isso agora mesmo. Quer que já faça a encomenda da coroa de flores em nome
CAPÍTULO 10Amarildo narrandoEu me sento na mesa da cafeteria e fico esperando Adriele chegar. Abro meu celular e vejo notícias sobre a morte do meu tio Pierre, a gente até que conseguiu amenizar um pouco a mídia em cima, mesmo assim tinha saído bastante especulação em cima da sua morte.Mas até agora ninguém tinha levantado a hipótese de que ele morreu dias depois de ir a mídia falar sobre o segredo que envolvia a nossa família e isso já era um ponto positivo para nós, porque se alguém fizesse isso, pode ter certeza que iriam vir para cima de mim, até por que ele falou meu nome e eu dei um baile de festa em cima disso e eles poderiam começar a especular a verdade, que eu dei o baile para amenizar a mídia em cima do segredo que meu tio disse tanto que queria revelar.Além do meu pai, eles e