CAPÍTULO 3
ADRIELE NARRANDO
Eu sempre soube que ele era um homem genial, até porque se não fosse, ele não teria tantas empresas espalhadas pelo mundo, mas hoje ele tinha calado a boca de quem duvidava ainda dele, a jogada de marketing dele tinha sido perfeita, jogou na mídia através do seu tio um segredo e sustentou ele até o dia do evento e promoveu em cima de toda a mídia um novo projeto dele, era de tirar o chapéu e aplaudir de pé.
Eu conseguia ver ele me olhando a maioria do tempo, várias vezes fugi do seu olhar, até porque eu vou ser sua secretária e irei começar daqui dois dias, não poderia já começar a trabalhar sendo vista pelos meus colegas de trabalho como oferecida por está o tempo todo conversando com o chef.
Meu celular começa a tocar, mas não conseguia escutar nada e muito menos conhecia aquele número.
- A senhorita aceita uma bebida? – O garçom pergunta.
-Obrigada – eu falo para ele. Abaixo minha cabeça para colocar o celular na bolsa e quando levanto á minha cabeça, eu dou de cara com Amarildo na minha frente.
- Eu te achei – ele fala e eu prendo meus olhos em seu sorriso.
- Você estava me procurando? – eu pergunto meio tímida.
- Sim – ele fala – Mas você parece que está fugindo de mim.
- Logico que não – eu falo para ele.
- Então você vai aceitar dançar comigo –Eu o encaro sem reação quando ele diz.
- Eu não sei dançar – eu respondo rapidamente.
-Não aceito não como resposta – ele pega na minha mão me levando para pista. – Você não vai me dizer quem você é?
- Isso importa para você? – eu pergunto.
- Quando seus olhos me fascinaram, sim – ele fala me encarando – uma garota com atitude, com as palavras certas, os olhos marcante e de um sorriso encantador.
- Você j**a essa cantada para todos? – eu pergunto para ele que abre mais uma vez o seu sorriso.
- Você está pensando muito mal de mim – ele fala me fazendo sorrir e balançar á cabeça.
- Eu apenas fiz uma pergunta para você – eu respondo.
- Me diz, você acha que eu consegui calar a boca dos curiosos que vieram apenas para saber qual era o segredo? – ele pergunta.
- Acredito que sim, eles vão sair um pouco decepcionados para não ter nenhuma tragédia para contar em suas redes sociais, mas – ele me conduzia na dança que era uma valsa – você será falado por alguns dias em redes sociais e até mesmo em programas de empresas, acredito que isso deve ser bom para você – Eu encaro seus olhos – Desculpa, se a minha opinião for um pouco forte.
- Você tem toda razão – ele fala e eu percebo que tinha alguns olhares em cima de nós.
- Acho que tem algumas viúvas suas nessa festa – eu falo para ele – e não estão gostando muito de ver você dançando comigo.
- Ainda mais que elas assim como eu, nem imagina quem é você – ele fala.
- Faz tanta importância assim saber quem eu sou? não sairemos dessa dança – eu falo para ele e ele me roda fazendo eu cair em seus braços.
- Não acredito que você vai me negar um jantar – ele fala me olhando.
- Estou de passagem por Nova York – eu respondo para ele.
- Então me revela quem é você – ele fala me olhando. – Para que eu não fique na dúvida.
-Você é um homem inteligente e sabe se eu tirar a minha máscara, minha vida viraria um inferno por alguns dias – eu falo para ele.
- Você tem razão – ele fala – ainda mais depois disso – eu o encaro e ele me beija em quando a gente dançava. Eu correspondo o seu beijo, o meu corpo corresponde o seu beijo, o seu beijo doce e lento.
A gente afasta os nossos rostos e nos encaramos e ele abre um sorriso.
- Pelo menos me diz seu nome – ele fala me olhando.
- Carolina – eu respondo e ele sorri.
- Carolina, seu nome é ainda mais encantador – ele diz.
- Eu quero seu número de celular e assim você se revela para mim em outra ocasião – ele fala.
- Meu número? Eu não passo meu número para estranhos. – Eu falo.
- Não acredito que eu seja estranho para você, até porque você está na minha festa – ele fala.
-Como você tem certeza? Tem tanta gente aqui que você nunca viu na sua frente – eu falo para ele – e te conhecer por jornal, revista ou rede social não me faz intima de você.
A gente sai da pista de dança e vai até o bar, sobre o olhar de todos ainda.
- Escreva seu número aqui – ele fala tirando o lenço do bolso – você deve ter um batom na bolsa – eu sorrio para ele.
- Você é ousado – eu falo pegando o batom da bolsa e colocando o número que eu tinha comprado e ainda não tinha usado e nem registrado.
- Então esse é seu número – ele fala me olhando. - Espero que você não esteja me dando o número errado.
- Eu preciso ir – eu falo para ele – está ficando tarde.
- Por favor – ele fala- fique mais um pouco.
- Eu não posso – eu respondo.
-Isso aqui está parecendo o conto da cinderela – ele fala me olhando e eu começo a rir.
- A diferença que não existe nenhuma princesa ou príncipe – eu falo para ele – ou uma fada madrinha.
- Você foi a princesa dessa festa – ele fala. – Se não for, a rainha.
- Com tantas mulheres bonitas e você gastando os seus elogios comigo – eu falo para ele.
- Mas nenhuma dessas outras mulheres, são tão encantadoras que nem você – ele fala enquanto me acompanhava até a saída, já não tinha mais fotógrafos e seguranças na frente. – Espera – ele fala segurando á minha mão e novamente ele me beija.
Eu que nunca sai beijando qualquer um estava beijando o meu chef em um dos seus maiores eventos.
- Eu preciso ir – eu digo me afastando – meu carro está chegando.
- Espera – ele fala e ia colocar a mão sobre a minha máscara para tirar ela – eu quero ver você, saber quem é a mulher que me tirou suspiro essa noite, me encantou com apenas os seus olhos – quando ele ia tirar a minha máscara e meu coração já estava acelerado, alguém chama ele.
- Amarildo – um homem chama – nós temos problemas - ele se vira e sua mão enrosca na minha máscara levando com ele a máscara, eu me viro rapidamente e vejo que meu Uber chegou e saio andando.
- Espera Carolina – ele fala se virando e eu olho de lado – Carolina – ele grita mais uma vez e eu entro dentro do carro escondendo meu rosto.
- Por favor vá – eu falo para o motorista que arranca, e eu encaro Amarildo pelo espelho, correndo atrás do carro e parando no meio da rua.
Eu respiro fundo, coloco a mão no coração e ele está acelerado de mais. Espero que ele não tenha me visto.
AMARILDO NARRANDO-Espera Carolina – eu grito quando vejo que estou com a sua máscara na mão – Carolina – eu grito mais uma vez e ela se vira e me olha de lado, eu vejo seu perfil, seus olhos e seus traços do nariz e o canto da boca, mas a luz na frente do salão estava apagada e a noite estava escura. Ela entra dentro do carro e quando vou correndo, o carro anda. Eu paro no meio da rua e encaro aquele carro se distanciando e olho para a máscara em minha mão.Eu não conseguia assimilar a voz de Carolina na minha cabeça, já que o som estava alto tanto lá dentro como aqui fora, as luzes lá dentro também eram mais escuras, era difícil eu a reconhecer sem que ela me dissesse quem ela era, porque além de tudo, ainda tinha a bebida na cabeça, mas o seu beijo eu reconheceria se eu á beijasse sem saber quem ela era.- Amarildo – Vitor
CAPÍTULO 5ADRIELE NARRANDO- Você não me disse como foi o evento – Jamaique pergunta.- Foi normal – eu respondo para ela.-Normal em que sentido? – ela pergunta – porque você está em todos os lugares.- Eu ? – eu pergunto apavorada.- Você mascarada – ela fala me mostrando em seu celular – Você só se envolveu com o seu chef – ela fala rindo – e ainda na terapia vem me falar que falta autoconfiança?- Mas falta, você acha que ele sabe quem eu sou? – eu falo me sentando na cadeira e ela me encara ainda sem acreditar – Ele se aproximou de mim, me procurou o tempo todo pela festa e eu fugia dele, mas – eu suspiro – aceitei dançar com ele, a conversa fluiu e a gente se beijou mais de uma vez – ela balança a cabeça rindo.- E agora
CAPÍTULO 6AMARILDO NARRANDO- Nenhuma Carolina foi convidada para o evento – Vitor Hugo fala me olhando.-Impossível – eu falo para ele – Impossível, ela me disse com todas as letras que o seu nome era Carolina, olha de novo na lista – eu ordeno.-Pode ver você mesmo – ele fala me entregando três listas frente e verso com nomes de convidados e eu olho todos com muita atenção. – Encontrou alguma Carolina? – ele pergunta irônico e eu o encaro.-Não – eu falo – Mas alguém deve conhecer ela naquela festa, ela foi convidada e não está na lista? Foi levada por alguém. Cadê as câmeras de segurança da frente do salão do evento?- Queimaram – ele fala – não estava funcionando ontem à noite.- Ah – eu digo ir&ocir
Capítulo 7Adriele narrandoEu não estou acreditando que eu ainda estou sendo falada por todo lugar, ainda bem que a máscara que eu usei escondia bem o meu rosto e que era difícil alguém me reconhecer nessas fotos e em nenhum momento eu circulei sem máscara por aquela festa.Eu desço do Uber e encaro o prédio da empresa, eu respiro fundo e tomo coragem para entrar, eu olho para todas aquelas mulheres que entravam e saiam todas arrumadas e no salto 15 e me sinto inferior á elas. Quando eu era mais nova eu me arrumava muito para ir até na padaria ao lado de casa, minha mãe me cobrava tanto que eu deveria ser vaidosa, cuidar de mim e quando eu tinha 18 anos e tive uma rejeição por parte do meu pai, eu me senti mal, me senti inferior e senti que não era capaz de ser amada, então eu me fechei em um mundo só meu. Durante qua
AMARILDO NARRANDO- Não é possível que você está procurando essa mulher – Paola fala.- Você ainda quer falar sobre ela? – eu pergunto.– Amarildo quero te apresentar a sua nova secretaria – Vitor Hugo fala entrando na minha sala, estou com a cadeira virada para á parede.-Por que não saímos? – ela pergunta no celular e eu viro a cadeira olhando para a minha mesa.-Ok, eu ligo para você mais tarde Paola – eu falo desligando o celular e levando o meu olhar para ela. Eu olho para aquela mulher que me encara com os seus olhos castanho que combina com a cor dos seus cabelos, seus cabelos era um pouco abaixo dos seus ombros.-Essa é a Adriele á sua nova secretaria, ela veio da Alemanha da sede que fechou lá – Vitor Hugo fala. Eu me levanto da cadeira e ando em sua direção
CAPÍTULO 9Adriele narrandoEu respiro fundo e aliviada quando Vitor Hugo entra de volta no escritório dele, eu tenho certeza de que ele não tinha me reconhecido ou fingiu muito bem.Eu olho para aquela sala e abro um sorriso, eu ainda não tinha entendido se eu gostava ou não de novos desafios porque eu me sentia desesperada e ao mesmo tempo ansiosa para começar uma nova etapa na minha vida.- Adriele – Vitor Hugo fala saindo da sua sala – emita o comunicado de luto para todas as empresas.- Em nome do tio de vocês? – eu pergunto.- Isso mesmo – ele fala. – Amarildo pediu que você ligue para á casa dele e peça para providenciar um traje todo preto para o enterro que vai acontecer hoje á tarde.- Claro, vou fazer isso agora mesmo. Quer que já faça a encomenda da coroa de flores em nome
CAPÍTULO 10Amarildo narrandoEu me sento na mesa da cafeteria e fico esperando Adriele chegar. Abro meu celular e vejo notícias sobre a morte do meu tio Pierre, a gente até que conseguiu amenizar um pouco a mídia em cima, mesmo assim tinha saído bastante especulação em cima da sua morte.Mas até agora ninguém tinha levantado a hipótese de que ele morreu dias depois de ir a mídia falar sobre o segredo que envolvia a nossa família e isso já era um ponto positivo para nós, porque se alguém fizesse isso, pode ter certeza que iriam vir para cima de mim, até por que ele falou meu nome e eu dei um baile de festa em cima disso e eles poderiam começar a especular a verdade, que eu dei o baile para amenizar a mídia em cima do segredo que meu tio disse tanto que queria revelar.Além do meu pai, eles e
CAPÍTULO 11Adriele narrandoEu tinha tirado o dia para fazer a lista dos clientes do escritório da Alemanha, a maioria deles tinha sede em Nova York e por incrível que pareça nenhum deles tinha contratado os serviços da empresa nas sedes, além dos escritórios na Alemanha. Eu não queria que Amarildo ache que eu sou intrometida, mas sou muito proativa e estava trabalhando um pouco isso, sempre achei a vida toda que às opiniões eram fracas e que ninguém iria gostar de ouvir e só agora estou me dando ideia de tanta coisa que eu deixei de fazer ou de colocar em prática por causa desse medo.Imprimo á lista dos clientes e deixo em cima da mesa de Amarildo e quando saio da sala dele encontro Gabriela.-Ainda está trabalhando – ela fala – já deu seu horário.- Es