CAPÍTULO 5
ADRIELE NARRANDO
- Você não me disse como foi o evento – Jamaique pergunta.
- Foi normal – eu respondo para ela.
-Normal em que sentido? – ela pergunta – porque você está em todos os lugares.
- Eu ? – eu pergunto apavorada.
- Você mascarada – ela fala me mostrando em seu celular – Você só se envolveu com o seu chef – ela fala rindo – e ainda na terapia vem me falar que falta autoconfiança?
- Mas falta, você acha que ele sabe quem eu sou? – eu falo me sentando na cadeira e ela me encara ainda sem acreditar – Ele se aproximou de mim, me procurou o tempo todo pela festa e eu fugia dele, mas – eu suspiro – aceitei dançar com ele, a conversa fluiu e a gente se beijou mais de uma vez – ela balança a cabeça rindo.
- E agora
CAPÍTULO 6AMARILDO NARRANDO- Nenhuma Carolina foi convidada para o evento – Vitor Hugo fala me olhando.-Impossível – eu falo para ele – Impossível, ela me disse com todas as letras que o seu nome era Carolina, olha de novo na lista – eu ordeno.-Pode ver você mesmo – ele fala me entregando três listas frente e verso com nomes de convidados e eu olho todos com muita atenção. – Encontrou alguma Carolina? – ele pergunta irônico e eu o encaro.-Não – eu falo – Mas alguém deve conhecer ela naquela festa, ela foi convidada e não está na lista? Foi levada por alguém. Cadê as câmeras de segurança da frente do salão do evento?- Queimaram – ele fala – não estava funcionando ontem à noite.- Ah – eu digo ir&ocir
Capítulo 7Adriele narrandoEu não estou acreditando que eu ainda estou sendo falada por todo lugar, ainda bem que a máscara que eu usei escondia bem o meu rosto e que era difícil alguém me reconhecer nessas fotos e em nenhum momento eu circulei sem máscara por aquela festa.Eu desço do Uber e encaro o prédio da empresa, eu respiro fundo e tomo coragem para entrar, eu olho para todas aquelas mulheres que entravam e saiam todas arrumadas e no salto 15 e me sinto inferior á elas. Quando eu era mais nova eu me arrumava muito para ir até na padaria ao lado de casa, minha mãe me cobrava tanto que eu deveria ser vaidosa, cuidar de mim e quando eu tinha 18 anos e tive uma rejeição por parte do meu pai, eu me senti mal, me senti inferior e senti que não era capaz de ser amada, então eu me fechei em um mundo só meu. Durante qua
AMARILDO NARRANDO- Não é possível que você está procurando essa mulher – Paola fala.- Você ainda quer falar sobre ela? – eu pergunto.– Amarildo quero te apresentar a sua nova secretaria – Vitor Hugo fala entrando na minha sala, estou com a cadeira virada para á parede.-Por que não saímos? – ela pergunta no celular e eu viro a cadeira olhando para a minha mesa.-Ok, eu ligo para você mais tarde Paola – eu falo desligando o celular e levando o meu olhar para ela. Eu olho para aquela mulher que me encara com os seus olhos castanho que combina com a cor dos seus cabelos, seus cabelos era um pouco abaixo dos seus ombros.-Essa é a Adriele á sua nova secretaria, ela veio da Alemanha da sede que fechou lá – Vitor Hugo fala. Eu me levanto da cadeira e ando em sua direção
CAPÍTULO 9Adriele narrandoEu respiro fundo e aliviada quando Vitor Hugo entra de volta no escritório dele, eu tenho certeza de que ele não tinha me reconhecido ou fingiu muito bem.Eu olho para aquela sala e abro um sorriso, eu ainda não tinha entendido se eu gostava ou não de novos desafios porque eu me sentia desesperada e ao mesmo tempo ansiosa para começar uma nova etapa na minha vida.- Adriele – Vitor Hugo fala saindo da sua sala – emita o comunicado de luto para todas as empresas.- Em nome do tio de vocês? – eu pergunto.- Isso mesmo – ele fala. – Amarildo pediu que você ligue para á casa dele e peça para providenciar um traje todo preto para o enterro que vai acontecer hoje á tarde.- Claro, vou fazer isso agora mesmo. Quer que já faça a encomenda da coroa de flores em nome
CAPÍTULO 10Amarildo narrandoEu me sento na mesa da cafeteria e fico esperando Adriele chegar. Abro meu celular e vejo notícias sobre a morte do meu tio Pierre, a gente até que conseguiu amenizar um pouco a mídia em cima, mesmo assim tinha saído bastante especulação em cima da sua morte.Mas até agora ninguém tinha levantado a hipótese de que ele morreu dias depois de ir a mídia falar sobre o segredo que envolvia a nossa família e isso já era um ponto positivo para nós, porque se alguém fizesse isso, pode ter certeza que iriam vir para cima de mim, até por que ele falou meu nome e eu dei um baile de festa em cima disso e eles poderiam começar a especular a verdade, que eu dei o baile para amenizar a mídia em cima do segredo que meu tio disse tanto que queria revelar.Além do meu pai, eles e
CAPÍTULO 11Adriele narrandoEu tinha tirado o dia para fazer a lista dos clientes do escritório da Alemanha, a maioria deles tinha sede em Nova York e por incrível que pareça nenhum deles tinha contratado os serviços da empresa nas sedes, além dos escritórios na Alemanha. Eu não queria que Amarildo ache que eu sou intrometida, mas sou muito proativa e estava trabalhando um pouco isso, sempre achei a vida toda que às opiniões eram fracas e que ninguém iria gostar de ouvir e só agora estou me dando ideia de tanta coisa que eu deixei de fazer ou de colocar em prática por causa desse medo.Imprimo á lista dos clientes e deixo em cima da mesa de Amarildo e quando saio da sala dele encontro Gabriela.-Ainda está trabalhando – ela fala – já deu seu horário.- Es
Capitulo 12Amarildo narrandoEu olho para terapeuta que parecia tentar olhar a minha alma.-Eu ainda não entendi os motivos de você querer tanto encontrar essa garota da festa – ela fala – Me diz Amarildo, o que ela significou para você? – eu penso na sua pergunta.- Eu ainda não entendi – eu respondo para ela e ela me encara em silêncio e me olhando com bastante atenção – eu só quero encontrar ela, ver ela, ver seu rosto, saber seu nome, parece que eu a vejo em todas as mulheres.-Então você já achou que alguém poderia ser ela? – ela pergunta.-Minha nova secretaria, quando eu á vi, eu achei que poderia ser – eu falo – mas depois desisti dessa ideia.-Por quê? – ela pergunta.-Ela não estava na festa – eu falo – ela não de
Capitulo 13Adriele narrandoEu fico olhando para Amarildo que paralisa na minha frente, ele não me responde.- Eu fiz a lista que o senhor pediu dos clientes e deixei em cima da sua mesa – eu me levanto – o senhor aceita um café? – eu sorrio.- Bom dia – ele fala pensativo – Claro – eu olho para a sua boca – Eu espero no meu escritório – assinto com a cabeça e ele passa por mim e seu perfume me faz arrepiar inteira, seu cheiro, lembrando do seu beijo.Eu arrumo o café dele, coloco alguns biscoitos ao lado, um guardanapo e pego a bandeja e embaixo carregava alguns papeis dos registros que ele me pediu.- Aqui está – eu falo colocando sobre a mesa e a bandeja quase cai da minha mão.-Deixa que eu te ajudo – ele diz pegando a bandeja por baixo e nossas mãos se encosta e a gente se encara p