Abigail Wilson
Depois do que houve naquela sala eu fiquei meio fora da realidade caminhado pelas ruas da cidade só para esquecer o sucedido, fiquei tão submersa que acabei me atrasando, tive que fazer umas pequenas compras no comércio do bairro mesmo porquê já passavam das cinco da tarde e eu devia buscar o Brian na escolinha as quatro. Assim as irmãs vão achar que estou abusando da boa fé delas.
Chego no portão da escolinha praticamente correndo, mas o mesmo já se encontra fechado o que me deixa concluir que realmente eu me atrasei, sem mais esperar abri o portão e já fui entrando, de longe vejo Brian sentado em um banco conversando com uma das freiras. Me aproximo deles, e de repente uma coisa pequena de cachos castanhos vem me receber com o maior abraço.
— Mamãe! — grita gargalhando e pulando todo alegre.
— Oi meu anjo — me agacho para ficar na sua altura — se comportou direitinho como a mamãe falou? — meu menino assente. Apesar de pequeno ele é bem obediente. A irmã que fazia companhia ao meu filho se aproxima de nós.
— A madre superiora pediu que te avisasse que quando chegasse devia ir falar com ela, está na sala dela.
— Pode ficar de olho... — não termino e ela logo me interrompe
— Pode deixar, eu fico de olho nele. — Agradeço e caminho a passos temerosos até a sala da diretora, pois sei que me dará um sermão. Suspiro pesadamente antes de bater a porta, me é dada a autorização para entrar, abro a porta e já entro na sala.
— Por favor sente-se Abigail! — engulo em seco e me sento imediatamente.
— Algum problema madre? — pergunto iniciando o assunto.
— Você sabe que existe um problema Abigail, eu sei que você tem se esforçado para procurar um emprego e por causa disse você tem se atrasado para vir buscar o Brian — ela tira o óculos o colocando sobre a mesa e então continua — você sabe que todo mês vem uma assistente social designada pelo governo para vistoriar nosso trabalho por ser uma instituição comunitária de ensino infantil, e ela pergunta da vida de cada criança e procura saber como eles vivem e com quem eles vivem. — Eu sei até aonde vai esse assunto e por causa disso já sinto meu coração apertar e uma angustia avassaladora tomar conta de mim.
— Eu não podia mentir para ela e hoje contei para ela que você não tem família é mãe solteira e não tem emprego — solto um soluço que já estava instalado na garganta — fica calma, ela impôs uma condição para que não te tirasse o Brian.
— Qual?
— Você precisa arranjar um emprego fixo e o salário seja suficiente para dar uma vida estável ao seu filho e a você. — Mas está tão difícil arranjar um emprego meu Deus. E agora graças as malditas leis dos Estados Unidos coro o risco de perder meu filho.
— Madre eu tenho tentado eu juro, pode não parecer mas o fato de não ter uma garantia financeira também está me deixando angustiada, a senhora acha que gosto de ver meu filho passando alguma necessidade? Eu já passei por coisas terríveis na vida, e jurei para mim mesma que meu filho seria feliz. Não deixa eles tirarem ele de mim por favor. — Ela me estende um lenço de papel que entendo que deve ser para limpar as lágrimas teimosas que não querem parar de descer.
— Eu contei sua situação para ela e a garanti que você começará a trabalhar dentro em breve.
— Mas como? — pergunto
— Eu liguei para o padre Grégory e contei sobre sua situação e ele me garantiu que falaria com um amigo dele da faculdade que é um grande empresário. O padre falou que ia perguntar para ele se pode haver uma vaga lá. — A angustia que envolvia meu coração aos poucos vai se distanciando com essa notícia.
— Obrigada madre, nem sei como agradecer, fala para o padre que eu aceito trabalhar de qualquer coisa nessa empresa. — E não vou me importar de trabalhar mesmo como faxineira. Só não quero perder meu filho.
— Apesar de nova eu sei que você é uma menina muito esforçada, e só por isso eu intercedi por você. — Eu agradeço a madre por tudo, e ela me garantiu que assim que obtiver a resposta do padre entrará em contato comigo.
— Muito obrigada mais uma vez madre! — seguro na mão de Brian que parece não querer parar de brincar — Vamos Brian? — ele também se despediu delas e saímos juntos cantando as músicas favoritas dele.
Assim que chegamos em casa preparei o macarrão com molho a bolonhesa, coloquei um pouco de salsa no molho pois isso deixa a massa muito boa, também é um jeito de não deixar ela muito simples, enquanto Brian estava sentado no chão da sala brincado com seus carinhos.
— Vamos tomar banho filho? — pergunto desligando o fogão, sempre que confeciono nossas refeições me certifico de deixar o fogão desligado tenho medo que aconteça algum acidente.
— Sim — ele grita eufórico dando voltas pela sala. Caminhamos juntos para o banheiro, tiro a roupa dele e o coloco dentro da banheira, olho para a marca de nascença que ele tem nas costas, provavelmente herdou da família do pai, ela é muito linda lembra a coroa de um rei. E não foi só isso ele também herdou os olhos verdes e os longos cabelos cacheados quase morenos também, isso me fez deduzir que o pai dele devia ser moreno, porque as únicas coisas que lembro dele são a voz, nunca esquecerei aquela voz e os olhos.
Saio de meus devaneios com um Brian muito eufórico ansiando por água no corpo me recomponho e volto a minha missão.
— Mãe eu quelo lavar o cabelo.
— Mas hoje não pode amor, você lavou ele ontem esqueceu? — ele faz uma cara de choro mas depois muda para uma cara muito eufórica quando vê que trouxe o seu brinquedo favorito para o banho. Não que eu não goste de lavar o cabelo dele, mas é muito difícil para secar a noite e ainda ter desembaraçar dos cachos, quando era mais novinho eu até tentei corta-lo mais ele volta a crescer numa velocidade impressionante.
Depois do banho nós dois nos sentamos sobre a mesa Brian faz uma pequena oração antes de começarmos a comer. Assim que coloco a primeira garfada na boca gemo de tão bom que ficou, nunca um macarrão foi tão gostoso. Brian me elogia e ainda repete. Terminamos o jantar mando ele brincar um pouco com os poucos brinquedos que tem enquanto eu lavo a louça, um dia eu vou comprar todos brinquedos que ele quiser.
Decido ir tomar banho pois já passa das oito da noite, nós costumamos dormir às nove porque não há muito o que fazer , não temos televisão. Tomo banho bem rápido com medo que Brian apronte alguma.
— Vamos dormir filho — ele pula no meu colo e nos dirigimos ao quarto. Nos atiramos na cama e então ele faz uma longa resenha do seu dia na escolinha, ele falou tanto que acabou adormecendo com a sua bochecha colada a minha, o ajeito melhor sobre na cama, nos cobrimos com um confortável cobertor, aliso seu lindo rosto. Ele dorme bem tranquilo inerte a toda realidade, esse é o lado bom de ser criança quando existe amor e afeto no seu lar todo o resto se torna insignificante, Brian é um exemplo disso, apesar de eu dar um duro e as vez passar necessidades ele continua sendo uma criança alegre.
Diferente de mim, eu nunca soube o que era ser feliz plenamente nem na infância e muito menos na adolescência. Desde pequena eu aprendi a viver com os mal tratos por ser filha da minha mãe, toda a família dela me odiava por algum motivo que eu desconhecia, a única coisa que sei é que ela não era uma pessoa muito boa, e por causa disso vivi dezassete anos da minha vida, sendo insultada dos piores nomes.
Eu vivia mudando de residência justamente porque ninguém queria ficar comigo, até que minha tia, me levou e ficamos morando juntas até ela descobrir que eu estava grávida e me mandar embora também, se consegui chegar a Nova Iorque foi graças a minha avó que me deu um dinheiro, ela foi a única que se despediu de mim na rodoviária. E desde então eu não sei nada sobre ela ou sobre o resto da família.
Meu avô sempre foi um homem rigoroso, quando descobriu que minha mãe estava grávida e o meu pai não queria assumir a gravidez a expulsou de casa, por isso eu não faço ideia de quem seja meu pai, nem minha mãe na verdade, por causa disso eu não sou uma Jackson, sobrenome da família, quem me registou foi minha avó com o sobrenome da família dela.
Enquanto lembrava disso mal sentia as lágrimas escorrendo pelo rosto e molhando o travesseiro, limpo as lágrimas e tento dormir, preciso me pôr de pé todos os dias porque tenho um motivo para sorrir todos os dias.
Meu solzinho é a razão de eu viver é a razão que faz batalhar e não desistir mesmo quando a vida dá chibatadas em todos os lados, esse é meu motivo.
***
Olho mais uma vez para o armário onde armazeno a comida do Brian e vejo que quase tudo está acabando, as poucas frutas que comprei para ele comer na escolinha já nem se fala.
Pensei em fazer macarrão para o jantar, mas desisti, meu filho não pode só sobreviver de macarrão todos os dias, por isso resolvi fazer uma sopa para nós.
Até agora a madre superiora não deu notícias sobre o possível emprego que o padre ia arranjar para mim, e isso está me deixando muito aflita, e para piorar em nenhum dos lugares onde fui entregar meu pobre currículo ninguém me chamou. Não sei mais o que fazer, as coisas já estão ficando apertadas, o síndico não para de me encher exigindo o dinheiro do aluguel desse mês, eu nunca atrasei no pagamento, mas bastou eu me atrasar só uns dias e ele já vem reclamando sendo que ele sabe muito bem da minha situação.
Brian já jantou e está brincando com os carinhos que nunca larga, estou pensando em fazer um negócio de venda de doces e salgados a rua, mas lembrei que nos Estados Unidos isso envolve somas avultadas em taxas, e eu não tenho esse dinheiro o jeito vai ser abrir uma confeitaria algum dia, quem sabe? Não faz mal sonhar.
Brian mal se aguenta acordado mas mesmo assim insiste que não está com sono ainda, só não o obrigo a dormir agora porque hoje é sexta-feira e manhã ele não irá para escolinha, resolvo o carregar para o quarto, assim que coloca sua cabeça cabeluda no meu ombro ele apaga, o ajeito na cama e o cubro com seu cobertor favorito do super Mario.
Saio do quarto e volto para sala arrumo todas as louças espalhadas e os brinquedos do meu príncipe. Aproveito que já está dormindo e tomo um banho bem demorado, poucas vezes demoro no banho com medo de deixar ele sozinho.
De banho feito visto meu pijama e deito ao lado do meu porto seguro.
***
Estava terminando de meter a última peça de roupa do Brian no tanque quando de repente meu celular começou a tocar, limpei as mãos e peguei meu aparelho nada moderno.
— Alô — atendo sem saber quem é.
— Bom dia Abigail! Aqui é a madre Juliet, desculpa ligar a essa hora da manhã.
— Bom dia madre. Imagina eu e o Brian sempre acordamos bem cedo mesmo durante os finais de semana. — Atranquilizo.
— Só te liguei para avisar que o padre já conseguiu entrar em contato com aquela família que te falei — sinto meu coração dar um pulo pela perspefalei— ele contou a sua situação para eles e prometeram te ajudar. — obrigada meu Deus.
— Muito obrigada madre, que Deus lhe pague. — Continuamos conversando e ela me diz que preciso ir para tal empresa na segunda-feira que imediatamente ocuparei meu posto de trabalho. Pelo que entendi a empresa fica no centro de Nova Iorque o que dá a entender que realmente é uma grande empresa, pelo nome também é visível a imponência DM Lancaster.
Tomara que eu seja aceita de bom grado, estou cansada de ver as pessoas me humilhando por eu ser pobre.
Nunca vou esquecer o jeito que aquela mulher falou comigo, quase todos os dias a vejo estampada nas capas das maiores a revistas de gastronomia e restauração do mundo, ela lidera um império, mas por dentro é uma mulher soberba, ela me fez lembrar o jeito que meu avô falou comigo quando soube pela minha tia que eu estava grávida, ele me chamou nomes, me humilhou, e disse que eu era igual a minha mãe.
Desde criança eu ouvia pessoas comentando que com certeza eu seria igual a minha mãe, antes não entendia o porquê disso mas hoje eu entendo.
As vezes me pego imaginado como será que estão as coisas no Texas, quase todos moram lá, espalhados pelas cidades do estado, mas todos lá.
Chamo Brian que está brincando com outras crianças na área de serviço do prédio, as roupas são lavadas numa área coletiva aqui em baixo.
Entramos em nosso pequeno apartamento e então começo a preparar o almoço enquanto Brian brinca com o homem aranha.
Abigail WilsonColoco mais um grande X numa das vagas de emprego que o jornal da edição de sexta-feira publicou. Olho para toda página do jornal e me admiro com a quantidade interminável de vagas que não se adequam a minha posição, na verdade é o contrário, pois sou eu que não detém dos requisitos necessários para ocupar vagas tão sofisticadas e que emanam poder e graciosidade. As vezes praguejo por o mundo trabalhista ser tão exigente no que respeita a seleção de pessoas para ocupar certos cargos, nunca almejei ser uma grande executiva, apenas quero abrir um cantinho para fazer meus docinhos. Eu bem podia fazer e vender no meio da rua, mas seria presa a política americana para vendedores ambulantes é muito rigorosa, eu gastaria uma fortuna só para começar a vender, com os processos e petições sem contar com as tarifas e impostos que teria que pagar. Por isso seria mais simples se tivesse uma confeitaria. Pode tardar mas um dia irei realizar esse sonho.Dobro o jornal e o guardo na mes
Tristan LancasterApós intermináveis horas de viagem o capitão finalmente anuncia que estamos pousando no hangar de Beaufort no estado do Texas. É uma pequena cidade que fica no sudoeste do Estado. Passam anos desde a última vez que vim para este lugar, a última vez que vim foi no enterro dos meus avós, pais da minha mãe Jaqueline Lancaster. Nunca pensei que voltaria para este lugar e o principal, para enterrar meu próprio irmão. Tínhamos cerca de cinco anos sem nos ver, desde que ele decidiu sair da cidade e vir se enclausurar nesse lugar tão recondido. Nós dois sempre fomos diferentes, enquanto ele apreciava a natureza eu sou vislumbrado pela agitação das grandes cidades, pelo concreto e claro pelo poder, esse é o mais importante.Pela janela do carro que me leva até o rancho observo o quanto as coisas aqui são paradas, não sei o que deu nele em decidir vir morar numa cidade que deve no máximo ter cerca de dois mil habitantes, aposto que a maioria da população é camponesa, arrisco a
Abigail Wilson pesar de trémula e receosa a passos lentos consigo alcançar as portas automáticas do imponente edifício. Apesar da hora o lugar está bem movimentado, tem pessoas entrando e saindo, algumas assinando documentos, entregadores indo e vindo e eu ainda sem saber qual direção devo seguir.Encaro o chão brilhante de tão limpo, é possível até ver meu reflexo nessa mármore branca, o chão é tão bem polido que a cada paço que dou sinto a sensação de estar flutuando, meus olhos contemplam a decoração suntuosa e sofisticada do grande saguão. Várias mulheres sentadas em um grande balcão não param de atender ligações e ao mesmo tempo responder as perguntas dos visitantes enquanto digitam nos teclados dos modernos computadores, e até agora não sei com quem devo falar, começo a suar frio pois meu consciente acabou de constatar que esse lugar é demais para uma pessoa como eu. Olho para cima e me admiro com o tamanho do lustre que pende no mesmo, ele é todo de cristais em diferentes for
Abigail WilsonO peso indescritível dele está sobre meu corpo enquanto de forma desesperada tento gritar por socorro. Minhas mãos se debatem enquanto tento esmurrar seu peito forte, os gemidos de prazer que saem por sua boca provocam uma náusea nunca sentida antes, seu membro machuca minha intimidade que já se encontra molhada por meu próprio sangue. Mesmo no breu da cabana abandonada é possível ver seus dentes brancos.— Por favor me solta — imploro por sua piedade enquanto as forças do meu corpo diminuem a cada esforço que faço para tirá-lo de cima de mim, meu corpo todo dói por causa do tombo que levei e o pé pelo qual tropecei está tão dormente que mal posso senti-lo. — Me solta, eu te imploro.— Tão gostosa igual a vadia da sua mãe.— Para! — um grito estridente sai da mim enquanto desperto num súbito, a respiração ofegante, o suor percorrendo minha coluna e minhas têmporas e as mãos tremendo. Se acordar assim não fosse um hábito eu podia achar que estou doente, o que não é o me
Abigail WilsonEu e Brian caminhamos de mãos dadas pelo Central Park, e um sorriso do tamanho do mundo não sai da cara do meu filho, tudo isso por causa do sorvete gigante que está na mão dele.Mesmo vivendo em Nova Iorque a praticamente quatro anos nós nunca tínhamos vindo para cá antes, primeiro por ficar no centro da cidade e por causa da agitação costumeira não queria trazê-lo e segundo porque sempre achei que se trouxesse meu filho aqui teria que ser enquanto nossa vida financeira estivesse estabilizada.— Olha mamãe um passalinho — Brien sai correndo em direção a um dos bancos onde um pássaro belisca algumas migalhas no chão. Para não perder meu filho de vista coro atrás dele até nos sentarmos no banco e ele começar a oferecer o sorvete de chocolate para o pássaro enquanto conversa com o animal.Sugo mais um pouco do meu milk shake de morango lembrando que daqui a algumas semanas a páscoa bate a nossa parte e agora que tenho um emprego bom vou poder fazer um verdadeiro banquete
Tristan LancasterPela janela traseira da SUV suburban aprecio a cidade de Nova Iorque mergulhada no clima melancólico no auge do anoitecer, o grande número de pessoas ainda circulando e o show de luzes e quantidade de outdoors que iluminam os estreitos edifícios não tira minha concentração em apreciar o que realmente me encanta nessa cidade, a sua arquitetura, sem dúvidas se eu não tivesse aceitado fazer administração e finanças para minha vida, teria engrenado para engenharia ou arquitetura, mas sou capitalista demais para isso, fazer negócios e assinar contratos é o que me faz feliz hoje em dia, e claro o que me dá poder e grande destaque.— Senhor Lancaster, chegamos. — Saio do meu devaneio quando meu motorista chama minha atenção, não espero que ele abra a porta traseira do carro, por conta própria seguro na maçaneta e abro a porta, sendo recebido pelo ar húmido que passa muitas vezes por Nova Iorque em noites de verão.Olho meu relógio e o mesma marca nove e meia da noite, bem
Abigail WilsonAchei que fosse desmaiar no meio daquela sala quando o proprietário me encontrou ali parada sem estar fazendo o meu trabalho, achei que fosse perder meu emprego senhor. Mas ter o visto me deu a impressão de conhecê-lo de algum lugar, não sei de onde mas o olhar dele me pareceu tão familiar que fiquei muito intrigada.Não posso negar que a análise minuciosa feita em meu corpo por ele me deixou um tanto quanto desconfortável, não gosto que homens me analisem e muito menos me encarem por muito tempo, isso me deixa assustada e paranoica e no caso dele senti isso e outras coisas mais, como se de alguma forma ele fosse alguém que eu devia tomar ainda mais cuidado mas ao mesmo tempo eu senti um resquício de confiante ao olhar aqueles olhos.Mas também como não? Ele é o dono de tudo isso e da próxima me vez que me encontrar em sua sala parada encarando Nova Iorque ao invés de trabalhar não irá relutar em me demitir, ouvi comentários dizendo que ele é um homem muito duro e exigen
Abigail WilsonCom todo o cuidado mexo na massa do bolo depois de colocar o fermento, e pelo aspeto parece estar muito bom. Depois de pensar muito e das meninas lá da empresa insistirem eu finalmente decidi começar a fazer pequenas encomendas em casa mesmo, com o tempo quem sabe se as coisas derem certo eu expanda o negócio. Por enquanto farei apenas o básico e com o que já tenho em casa, como por exemplo minha batedeira daquelas bem antigas e meu fiel forno do fogão.Como relutei fazer isso por causa do estado nada bom do forno Susan me apresentou um senhor que concerta eletrodomésticos que vive aqui mesmo no Queens, e claro que ele fez todo o trabalho na presença de nós duas. Eu ficaria em pânico se tivesse que ficar sozinha com um homem estranho, apesar dele já ser idoso e aparentar ser boa pessoa, ainda assim ele é um homem e por mais que eu tente á vezes que meu instinto não deixa. Eu sei que deveria e devo procurar ajuda profissional, mas desde o sucedido eu mal tive tempo para