Tristan Lancaster
Após intermináveis horas de viagem o capitão finalmente anuncia que estamos pousando no hangar de Beaufort no estado do Texas. É uma pequena cidade que fica no sudoeste do Estado. Passam anos desde a última vez que vim para este lugar, a última vez que vim foi no enterro dos meus avós, pais da minha mãe Jaqueline Lancaster. Nunca pensei que voltaria para este lugar e o principal, para enterrar meu próprio irmão. Tínhamos cerca de cinco anos sem nos ver, desde que ele decidiu sair da cidade e vir se enclausurar nesse lugar tão recondido. Nós dois sempre fomos diferentes, enquanto ele apreciava a natureza eu sou vislumbrado pela agitação das grandes cidades, pelo concreto e claro pelo poder, esse é o mais importante.
Pela janela do carro que me leva até o rancho observo o quanto as coisas aqui são paradas, não sei o que deu nele em decidir vir morar numa cidade que deve no máximo ter cerca de dois mil habitantes, aposto que a maioria da população é camponesa, arrisco a dizer que até mesmo analfabeta. Não posso mas contestar, ele morreu e não tem como voltar atrás. Não posso negar que sua morte me chocou pois achei que ainda teríamos mais tempo como irmãos.
Meu motorista e chefe de segurança avisa que já chegamos. Saio do carro e tiro meus óculos de sol para observar o lugar, está em ótimas condições deste que visitei, ele realmente estava cuidando bem do lugar.
De longe é possível ver alguns carros se aproximando, provavelmente a cerimônia está quase começando. Entro no interior da casa e encontro meus pais e irmã conversando com algumas pessoas que se encontram presentes, o padre anuncia que já podemos seguir para o cemitério e assim o fazemos, pela primeira vez encaro o caixão marrom escuro muito bem polido posicionado no suporte, encima dele existe uma foto do meu irmão e também uma grande coroa de rosS brancas. Ele tinha um futuro promissor, nunca entenderei porquê fez o que fez.
— Rezai a Deus para que dê a nosso irmão o descanso eterno e a paz perpétua a sua alma, em nome do pai, do filho e do espírito Santo, Amém. — Essas são as últimas palavras do padre após intermináveis minutos dos lamentos e sermões em frente a sepultura do Jacob. Nesse momento pessoas nos saúdam dando seus pêsames, nunca tive paciência para isso por esse motivo me afasto de todos e vou em direção a casa que por acaso não mudou nada no seu interior. Jacob deixou tudo no mesmo lugar.
Jacob era meu irmão mais velho, tínhamos uma diferença ligeira de dois anos, ele com trinta e seis e eu trinta e quatro, apesar de nossa família ser muito unida com o tempo fomos nos dispersando, Jacob foi estudar no Reino Unido e eu permaneci nos Estados Unidos. Com o passar do tempo nossos pais se mudaram de volta para Inglaterra me deixando no controle da empresa porque Jacob não quis assumir, ele apenas participava das reuniões do conselho e as vezes dava seu parecer sobre alguns contratos que assinávamos só isso. Depois de um tempo ele saiu da cidade e veio se isolar neste lugar.
Depois de passar dois dias com minha família no rancho decido que está na hora de ir embora, minhas malas estão prontas e o jato já me aguarda. Fecho a porta e caminho em direção a sala onde me despedirei da minha família.
Assim que chego no cómodo encontro minha família reunida e conversando com o advogado da família. Sebastian meu melhor amigo foi embora ontem, ele tinha muito trabalho o aguardando na firma de advocacia da família dele.
— Advogado Cooper! — o comprimento com um aperto de mão. Para além de advogado da família ele também é o pai do meu melhor amigo Sebastian.
— Tristan!
— Ainda bem que encontrei todos vocês aqui, só queria avisar que estou voltando para Nova Iorque, tenho muito trabalho e compromissos esperando por mim.
— Você não pode ir ainda meu filho, o Josh está aqui para fazer a leitura dos últimos desejos do seu irmão — meu pai me informa.
— É verdade Tristan, antes do seu irmão morrer ele deixou três cartas e o testamento comigo. E é imprescindível que todos estejam presentes na hora da leitura. — para não parecer tão insensível resolvi aguardar a leitura e cancelar a partida do jato para daqui a duas horas. Todos caminhamos para o escritório e nos acomodamos nas poltronas e nos sofás.
— Bom antes de mais é necessário reafirmar que tanto a escrita e como a assinatura das cartas e do testamento foi feito na presença de duas testemunhas e um tabelião e em cada documento consta o carimbo de autenticidade exigido pela lei. Leio a seguir a carta escrita a punho por Jacob Lancaster:
" Querida família se estão lendo ou ouvindo a leitura desta carta é porque com certeza não me encontro mais entre vós. Não quero que se sintam culpados pelo que fiz com minha própria vida pois no seio da nossa família nunca faltou amor e carinho. Quero garantir que me senti muito orgulhoso de ter os pais que tive e irmãos também, sei que o que fiz foi injusto não só comigo mas com vocês também, por isso mesmo peço que me entendam e me perdoem.
Através dessa carta quero confessar que por impulso e ódio eu destruí a vida de uma inocente, apenas por despeito e raiva, e provavelmente nunca me perdoarei por isso. Durante anos amei uma mulher que nunca correspondeu às minhas investidas, eu não consegui me conformar por isso agi como um covarde.
Quero pedir a vocês como minha família que procurem meu filho, sim eu tenho um filho, que nunca pude assumir devido as circunstâncias, quero deixar tudo o que me pertence ao meu filho, meus bens, propriedades, valores monetários e as ações na empresa da família. Por favor achem meu filho eu não sei se ele passa algum tipo de necessidade nesse momento. Imploro por favor que entreguem as outras duas cartas para meu filho e sua mãe Abigail Wilson, ela é uma das razões que me levou a escrever essa carta é um dos motivos que fez eu viver com remorso até o dia que tirei minha própria vida, por favor encontrem Abigail Wilson e acharão meu filho. "
De Jacob Lancaster.
As palavras lidas naquela carta pelo advogado deixaram a todos nós estupefactos, menos ao advogado que já deve estar acostumado a lidar com esse tipo de situação, minha mãe se encontra em prantos e inconsolável.
Então ele se matou por causa de uma mulher? Acho bom ela se preparar esteja onde estiver pois quando a encontrar tirarei meu sobrinho de perto dela isso se realmente for meu sobrinho, e depois a deixarei sem um tostão, ela não vai ver nem um centavo do dinheiro do meu irmão isso eu juro.
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Nova Iorque
Seis meses depois
— Então o que descobriu sobre essa mulher? — pergunto ao investigar sentado a minha frente. Desde a leitura do testamento contratei o melhor investigador do país para descobrir absolutamente tudo sobre essa mulher. Meus pais resolveram se estabelecer de uma vez em Nova Iorque enquanto as investigações estão decorrendo e pelo que pude perceber eles anseiam muito conhecer o neto. Pelo que Jacob disse na carta a menina ou menino deve ter uns três ou quatro anos agora, se não fosse por que não sabemos nem do sexo sem dúvidas minha mãe já teria começado a organizar o quarto da criança.
— Eu não a chamaria de mulher senhor. Pelo que pude investigar ela é muito jovem em relação ao seu irmão, ela mal fez vinte um anos. Quando saiu de Beaufort tinha apenas dezassete anos de idade. — Realmente muito jovem, pelos vistos ela começou nessa vida de golpes muito jovem.
— Fale resumidamente por favor. — Falo sem paciência nenhuma. Sou um homem muito ocupada para ficar sentado ou rindo a biografia de uma qualquer.
— Abigail Wilson, registrada na lei pela avó, mãe de sua mãe, o nome dela é Catherine Jackson. Não se sabe quem é o pai da Abigail e sobre o paradeiro da mãe dela também não há informações. Pelo que ouvi da boca de alguns conhecidos da família a mãe de Abigail não era uma pessoa decente, ela teve um caso com o marido da irmã e com outros homens até engravidar de um desconhecido e abandonar a filha na casa dos pais e ir embora do Texas.
— Pelos vistos a filha também resolveu puxar os costumes da mãe, outra vadia. — Mesmo crescendo longe da mãe a genética de rameira está nela. — Continua.
— Desde os três anos Abigail viveu mudando de residência. O avô por ser um homem conservador e rígido não permitiu que ela frequentasse os ambientes familiares e foi por isso que passou a viver com familiares distantes, até que sua tia biológica Katy a abrigou em sua casa em Beaufort uma pequena cidade no interior do Texas, ela morou com a tia por volta de dois anos, engravidou mas ninguém sabe com quem ela se envolvia até engravidar.
Até que um dia a tia a expulsou de casa e mas ninguém soube dela naquela cidade. Meu palpite é que ela foi embora pra outro Estado porque em nenhuma cidade do Texas pude encontrar seu nome em registros do banco ou alguma instituição de trabalho.
— Então você ainda não tem nenhuma localização dela e do meu suposto sobrinho? — pergunto encarando a paisagem de Nova Iorque.
— Não! Mas tão logo expandarei as buscas, e quem sabe em algumas semanas eu trago notícias satisfatórias. Como já tenho todos os dados dela e as fotos será muito fácil a localizar. — E então acertamos os últimos detalhes sobre o andamento do investigações, nos despedimos e então ele vai embora. Volto a me sentar na minha cadeira giratória e só agora lembrei que não pedi ao detetive me mostrar a foto da vadia, isso já está levando muito tempo, sem dúvidas ela já deve saber sobre a morte do Jacob e me admira que ela ainda não tenha aparecido exigindo a herança do filho, tarde ou cedo ela vai aparecer eu sei que vai. Saio do meu devaneio quando escuto alguém bater a porta.
— Senhor Lancaster, o doutor Sebastian Cooper perguntou se o almoço de vocês no Golden Gourmet ainda continua marcado — escuto minha secretária perguntar.
— Pode informar ao Sebastian que já estou saindo da empresa senhorita Anderson — ela me olha com a cara de quem irá pular em cima de mim a qualquer momento. Apesar de eu gostar de sexo casual não fodo com funcionárias da empresa , seja secretária executiva ou alguém do conselho diretivo. Vendo que não correspondo as suas investidas ela apenas assente e se retira da minha sala vestida naquela saia justa que marca seu quadril e as pernas levemente torneadas. Elizabeth é uma mulher linda na faixa dos vinte cinco anos, mais eu nunca me envolveria com ela, não gostaria de ter que demitir a melhor secretária que já tive.
Olho meu relógio e vejo que já estou em cima da hora, arrumo meu celular e a carteira no bolso do terno e caminho até o elevador privativo, quando a caixa metálica chega ao tério, saio de dentro acompanhado pelos meus guarda costas, Meu carro já me espera na frente do edifício com a porta aberta, enquanto caminho em direção á saída alguns me saúdam mas não dou atenção a ninguém. Entro no carro mas antes do carro dar partida é possível ver uma mulher mas na verdade parece uma menina, extremamente loira e der pele tão branca entrar na empresa ela está vestida desajeitadamente. Para fazer parte do corpo executivo da empresa, suas roupas cansadas denunciam que seja mais uma faxineira, mas essa não é a entrada dos funcionários da limpeza, será que está vindo mendigar na minha empresa? Se for medidas serão tomadas. Mas olhando bem ela é bem apreciável s não fosse pelas roupas.
Depois de trinta segundos a SUV suburban em que me encontro se mistura no tráfego da cidade deixando para trás o edifício da DM Lancaster.
Abigail Wilson pesar de trémula e receosa a passos lentos consigo alcançar as portas automáticas do imponente edifício. Apesar da hora o lugar está bem movimentado, tem pessoas entrando e saindo, algumas assinando documentos, entregadores indo e vindo e eu ainda sem saber qual direção devo seguir.Encaro o chão brilhante de tão limpo, é possível até ver meu reflexo nessa mármore branca, o chão é tão bem polido que a cada paço que dou sinto a sensação de estar flutuando, meus olhos contemplam a decoração suntuosa e sofisticada do grande saguão. Várias mulheres sentadas em um grande balcão não param de atender ligações e ao mesmo tempo responder as perguntas dos visitantes enquanto digitam nos teclados dos modernos computadores, e até agora não sei com quem devo falar, começo a suar frio pois meu consciente acabou de constatar que esse lugar é demais para uma pessoa como eu. Olho para cima e me admiro com o tamanho do lustre que pende no mesmo, ele é todo de cristais em diferentes for
Abigail WilsonO peso indescritível dele está sobre meu corpo enquanto de forma desesperada tento gritar por socorro. Minhas mãos se debatem enquanto tento esmurrar seu peito forte, os gemidos de prazer que saem por sua boca provocam uma náusea nunca sentida antes, seu membro machuca minha intimidade que já se encontra molhada por meu próprio sangue. Mesmo no breu da cabana abandonada é possível ver seus dentes brancos.— Por favor me solta — imploro por sua piedade enquanto as forças do meu corpo diminuem a cada esforço que faço para tirá-lo de cima de mim, meu corpo todo dói por causa do tombo que levei e o pé pelo qual tropecei está tão dormente que mal posso senti-lo. — Me solta, eu te imploro.— Tão gostosa igual a vadia da sua mãe.— Para! — um grito estridente sai da mim enquanto desperto num súbito, a respiração ofegante, o suor percorrendo minha coluna e minhas têmporas e as mãos tremendo. Se acordar assim não fosse um hábito eu podia achar que estou doente, o que não é o me
Abigail WilsonEu e Brian caminhamos de mãos dadas pelo Central Park, e um sorriso do tamanho do mundo não sai da cara do meu filho, tudo isso por causa do sorvete gigante que está na mão dele.Mesmo vivendo em Nova Iorque a praticamente quatro anos nós nunca tínhamos vindo para cá antes, primeiro por ficar no centro da cidade e por causa da agitação costumeira não queria trazê-lo e segundo porque sempre achei que se trouxesse meu filho aqui teria que ser enquanto nossa vida financeira estivesse estabilizada.— Olha mamãe um passalinho — Brien sai correndo em direção a um dos bancos onde um pássaro belisca algumas migalhas no chão. Para não perder meu filho de vista coro atrás dele até nos sentarmos no banco e ele começar a oferecer o sorvete de chocolate para o pássaro enquanto conversa com o animal.Sugo mais um pouco do meu milk shake de morango lembrando que daqui a algumas semanas a páscoa bate a nossa parte e agora que tenho um emprego bom vou poder fazer um verdadeiro banquete
Tristan LancasterPela janela traseira da SUV suburban aprecio a cidade de Nova Iorque mergulhada no clima melancólico no auge do anoitecer, o grande número de pessoas ainda circulando e o show de luzes e quantidade de outdoors que iluminam os estreitos edifícios não tira minha concentração em apreciar o que realmente me encanta nessa cidade, a sua arquitetura, sem dúvidas se eu não tivesse aceitado fazer administração e finanças para minha vida, teria engrenado para engenharia ou arquitetura, mas sou capitalista demais para isso, fazer negócios e assinar contratos é o que me faz feliz hoje em dia, e claro o que me dá poder e grande destaque.— Senhor Lancaster, chegamos. — Saio do meu devaneio quando meu motorista chama minha atenção, não espero que ele abra a porta traseira do carro, por conta própria seguro na maçaneta e abro a porta, sendo recebido pelo ar húmido que passa muitas vezes por Nova Iorque em noites de verão.Olho meu relógio e o mesma marca nove e meia da noite, bem
Abigail WilsonAchei que fosse desmaiar no meio daquela sala quando o proprietário me encontrou ali parada sem estar fazendo o meu trabalho, achei que fosse perder meu emprego senhor. Mas ter o visto me deu a impressão de conhecê-lo de algum lugar, não sei de onde mas o olhar dele me pareceu tão familiar que fiquei muito intrigada.Não posso negar que a análise minuciosa feita em meu corpo por ele me deixou um tanto quanto desconfortável, não gosto que homens me analisem e muito menos me encarem por muito tempo, isso me deixa assustada e paranoica e no caso dele senti isso e outras coisas mais, como se de alguma forma ele fosse alguém que eu devia tomar ainda mais cuidado mas ao mesmo tempo eu senti um resquício de confiante ao olhar aqueles olhos.Mas também como não? Ele é o dono de tudo isso e da próxima me vez que me encontrar em sua sala parada encarando Nova Iorque ao invés de trabalhar não irá relutar em me demitir, ouvi comentários dizendo que ele é um homem muito duro e exigen
Abigail WilsonCom todo o cuidado mexo na massa do bolo depois de colocar o fermento, e pelo aspeto parece estar muito bom. Depois de pensar muito e das meninas lá da empresa insistirem eu finalmente decidi começar a fazer pequenas encomendas em casa mesmo, com o tempo quem sabe se as coisas derem certo eu expanda o negócio. Por enquanto farei apenas o básico e com o que já tenho em casa, como por exemplo minha batedeira daquelas bem antigas e meu fiel forno do fogão.Como relutei fazer isso por causa do estado nada bom do forno Susan me apresentou um senhor que concerta eletrodomésticos que vive aqui mesmo no Queens, e claro que ele fez todo o trabalho na presença de nós duas. Eu ficaria em pânico se tivesse que ficar sozinha com um homem estranho, apesar dele já ser idoso e aparentar ser boa pessoa, ainda assim ele é um homem e por mais que eu tente á vezes que meu instinto não deixa. Eu sei que deveria e devo procurar ajuda profissional, mas desde o sucedido eu mal tive tempo para
Abigail Wilson— Elizabeth? — Pergunto assim que saio da cabine a qual estava limpando a pouco no banheiro da empresa. Acho estranho ela estar aqui tão cedo. O que ela faz aqui a essa hora da manhã? No mesmo momento que solto essa questão no meu subconsciente, uma parte minha me chama de tola, o que mais uma pessoa faria no banheiro. — Bom dia! Está tudo bem?A questiono mesmo sabendo que provavelmente ela vá me ignorar.— O que você aprontou desta vez Abigail? — Sua pergunta me pega de surpresa tanto é que arregalo os olho. E internamente me pergunto como ela me faz tal questão se nós mal nos falamos e muito menos no vemos.— Do que você está falando? Seja o que for eu não fiz nada! — Pontuo enquanto organizo o material de limpeza para continuar a fazer meu trabalho. E sem eu esperar Elizabeth segura meu braço com uma força ligeira, me impedindo de continuar fazendo o que estava fazendo. — Me solta Elizabeth!— Eu quero que me diga o foi que você fez.— Não sei do que você está falan
Abigail WilsonEm poucos segundos eu me dei conta do que estava fazendo e imediatamente me recriminei por isso, para além de ter meu filho doente serei despedida por sujar o terno do dono da empresa ótimo.— Senhor eu sinto muito! Me desculpa eu não sei porquê fiz isso. — Falo sentido uma vergonha imensa, esse homem me desconcerta de alguma forma, para além dele várias pessoas que passam por nós nos observam e os senhores ao lado dele também não param de me olhar com pesar — assim que eu voltar eu limpo o terno do senhor.— O que aconteceu minha jovem? Porquê está chorando? — um dos homens questiona olhando para meus olhos, mesmo vendo tudo embaçado devido as lágrimas eu consigo ver os olhos azuis tão serenos e tristes que esse senhor tem e de alguma forma sinto algo estranho quando ele me dirigi a palavra. Estou tão abalada que não consigo reparar em outros detalhes, nesse momento a única imagem que vejo é dou meu filho em um hospital chamando por mim ou chorando de dor, meu Deus!