Tristan LancasterAssim que a mulher baixinha e dona dos olhos que tem me atormentado nos últimos dias vai embora, nós três continuamos com nosso percurso em direção ao elevador privativo da empresa. Mesmo tendo se passado alguns minutos ainda posso sentir o aroma daquele perfume doce, as mãozinhas dela sobre meu peito, aquele olhar dela me perturba e eu não entendo o motivo disso estar acontecendo, porque ela não faz o meu tipo, as altas, de corpo curvilíneo e pernas longas é que são as minhas favoritas. Essas sim despertam desejos primitivos dentro de mim, é por elas que sinto paixão e tesão toda vez que tenho uma em minha cama.Eu gosto de mulheres experientes, e para um homem como eu, o mundo está recheado delas ao meus pés.Então Porquê caralhos aquela baixinha não para de me atormentar?Preciso tê-la na minha cama, é o único jeito de tirar aquela coisinha da minha cabeça, basta uma noite com ela e esse tormento termina de uma vez por todas. Só preciso fazer uma proposta tenta
Abigail Wilson— Quando irá me levar num desses jantares de família que sua mãe organiza? — Molly pergunta enquanto me ajuda a colocar o paletó que a pouco tempo estava em algum canto do quarto enquanto transavamos.— Como você bem disse, são jantares de família. Não há motivo para levar você comigo, e você não faz parte da família — falo mesmo sendo grosso, ela me conhece o suficiente para saber que minha resposta para sua pergunta seria tão seca quanto meu humor.— Tristan nós estamos juntos passam três anos, não entendo porquê você não me valoriza ou pelo menos me reconhece como sua parceira. Toda sociedade nova iorquina sabe que estamos juntos e depois...Bem antes que ela continue levanto minha mão direita e faço um sinal para que se cale. Respiro fundo e abotoo o último botão da minha camisa social de cor branca. Molly continua parada vestindo apenas uma camisola preta completamente transparente que deixa evidente seus mamilos.— Primeiro de tudo Molly! Nós não estamos juntos e
Abigail Wilson— Brian! Vem meu amor, vamos pra casa — mesmo resmungando por eu estar atrapalhando as brincadeiras dele com os amiguinhos ele vem em minha direção. — Se comportou direitinho?— Sim — um sorriso gigante surge em seu rosto, nem parece que antes de ontem ele estava murcho e me dando o maior susto da minha vida. Hoje é domingo então quando voltamos da igreja deixei ele brincando no pátio que fica ao lado do nosso prédio com algumas crianças, e só deixei porque estavam algumas vizinhas adolescentes de confiança também tomando conta dos filhos das outras mães então pedi para elas olharem o Brian por mim. Apesar do Queens ser conhecido como um dos bairros mais perigosos de Nova Iorque, essas meninas tem nos ajudado muito fazendo o trabalho de babá de vez em quando, sem contar que a apesar do nível de criminalidade ser maior ainda existem pessoas honestas.Antes de entrarmos aceno para as meninas, que agradecem pelo bolo que eu ofereci mais cedo antes de ir para o super merc
Abigail Wilson— Quero que você se comporte, respeite seus coleguinhas e obedeça as irmãs. Promete? — Pergunto para Brian que está parado me olhando com uma cara de quem está com pressa e eu aqui empatando ele.— Pometo mamãe — ele me dá um beijo na bochecha e sai correndo para cumprimentar os amigos que também acabam de chegar. Uma das irmãs vem ter comigo, provavelmente para saber se há alguma recomendação depois da crise que ele teve na sexta-feira.— Como ele está? — A irmã pergunta enquanto segura a mochila dele que estava nas minhas mãos a alguns instantes.— Muito melhor irmã, estou admirada com a rápida melhora que ele teve. — Retiro os remédios dele e explico como ele deve tomá-los — eu trouxe apenas a dosagem que ele deve tomar a tarde depois do almoço e também tem a bombinha.Agradeço a irmã e nos despedimos. Brian já está tão entretido brincando que apenas diz tchau e sai correndo com os outros. Saio andando em direção ao ponto de ônibus, hoje Nova Iorque acordou com um as
Abigail Wilson— Isso não é óbvio? Quero que você seja minha amante temporariamente.Será que eu ouvi direito? Por alguns segundos chego a pensar que de alguma forma meu cérebro não formulou bem as palavras ditas por meu chefe e por causa disso meus ouvidos me fizeram ouvir coisas que não existem. Aquelas batidas desenfreadas que estavam bombardeando meu coração parecem ter piorado.Busco em seu olhar alguma coisa que me diga que eu não ouvi o que ouvi, mas a cara de quem está esperando uma resposta que ele está fazendo me dá a certeza de que eu não estou delirando, eu não estou doente e me assusta saber que ele realmente falou aquilo. Mesmo começando a sentir que ele falou aquelas palavras eu concentro meus olhar em alguma coisa que não seja seu olhar que me consome até às entranhas, e pergunto:— O senhor pode repetir por favor? — É a única coisa que me saiu no momento, estou atónita demais para formular perguntas complexas que obviamente meu cérebro não está pronto para processar n
PrólogoAbigail Wilson Beaufort, Texas Assim que coloco o pé esquerdo nos longos corredores do colégio a música alta e animada me recebe. É possível também escutar as pessoas cantando e vibrando no ritmo da música. Mal posso acreditar que estou aqui, na festa de formatura. Apesar de eu não fazer parte do grupo dos formandos a direção informou que todos os alunos da escola estavam convidados, se eu não estivesse atrasada nos estudos esse ano também estaria terminando o ensino médio, mas por causa das frequentes mudanças de residência eu acabei perdendo o ano.Olho mais uma vês para o vestido que estou vestindo, e meus lábios se esticam em sorriso genuíno, foi com muito esforço e dedicação que juntei cada dólar para comprá-lo, tia Katy me ajudou com os sapatos e também fez minha maquiagem, todo os dias agradeço a Deus por ter ela na minha vida, apesar de ser uma pessoa muito rigorosa. Porque ela é a única que cuida de mim a mais ou menos dois anos, apesar de ser uma pessoa rigorosa às
Abigail Wilson Queen's, Nova IorqueQuatro anos DepoisMuita gente afirma que dormir é a melhor coisa a se fazer para renovar as forças do corpo e também se apagar um pouco da realidade, o que não corresponde a verdade pois faz muito tempo que não sei o que é dormir em paz ou com tranquilidade, cada noite é uma preocupação diferente, nunca tenho paz desde que me conheço como gente. Se não são os problemas da vida me impossibilitando de dormir, são os pesadelos que me fazem despertar sobressaltada e ofegante durante as madrugadas, sempre é aquela noite.Sei que o sol está quase nascendo mas a impotência que sinto é tão grande que as vezes sinto vontade de dormir por longos dias para não acordar e vivenciar minha tão dolorosa realidade. Se não fosse por causa do meu pequeno anjo que me faz ter forças cada dia para enfrentar a vida que me dá cada balde de água fria.De longe já é possível ouvir a movimentação da cidade, as buzinas de carros, os motores rocando todos indo na mesma direçã
Abigail WilsonDepois do que houve naquela sala eu fiquei meio fora da realidade caminhado pelas ruas da cidade só para esquecer o sucedido, fiquei tão submersa que acabei me atrasando, tive que fazer umas pequenas compras no comércio do bairro mesmo porquê já passavam das cinco da tarde e eu devia buscar o Brian na escolinha as quatro. Assim as irmãs vão achar que estou abusando da boa fé delas.Chego no portão da escolinha praticamente correndo, mas o mesmo já se encontra fechado o que me deixa concluir que realmente eu me atrasei, sem mais esperar abri o portão e já fui entrando, de longe vejo Brian sentado em um banco conversando com uma das freiras. Me aproximo deles, e de repente uma coisa pequena de cachos castanhos vem me receber com o maior abraço.— Mamãe! — grita gargalhando e pulando todo alegre.— Oi meu anjo — me agacho para ficar na sua altura — se comportou direitinho como a mamãe falou? — meu menino assente. Apesar de pequeno ele é bem obediente. A irmã que fazia comp