4: teimosia de Matheus.
Molly o encarou com tristeza em seus olhos.
— Mas isso significa que todo mundo vai morrer?
— Sim, minha filha! — Seu pai respondeu, ansioso. — Entende como seu irmão é louco?
— Ele só está fazendo o que pensa que é certo, — ela ponderou, — e… ele está certo. Mas se eu tiver que me sacrificar para salvar a todos… eu faço.
Matheus bateu o punho na mesa, impaciente.
— Não precisa! Eu vou morrer lutando pela nossa família! Não vou deixar ninguém encostar em você!
— Por quê as coisas tem que ser assim, Matheus? — Molly resmungou, batendo o pé.
— você não escolheu essa vida e não precisa se sacrificar por ninguém enquanto ainda tem a chance de seguir uma vida limpa longe da mafia, deveria pensar em sua felicidade e em seus planos futuros.
— Quando foi que você ficou tão sentimental? É isso que acontece no nosso mundo, as moças são entregues o tempo inteiro! — Lincoln interveio, com um tom áspero em sua voz.
— Mas não essa garota, — Matheus retrucou, segurando a mão de Molly com firmeza. — Vá para o seu quarto. Nós vamos resolver algo sobre sua saída para pegar o que precisamos.
No dia seguinte, a mesma ladainha se repetia. Matheus estava irredutível em relação a deixá-la ir, enquanto Lincoln se mantinha atualizado sobre a caçadan logo toda a família estava de acordo menos Matheus, ainda assim após muito Molly o atormentar ele concordou e permitiu que ela fosse.
"Então posso resolver isso com aquele assassino no lugar de Lisaura e pegar o anel", pensou na segunda possibilidade caso a saida não desse certo.
— Amanhã bem cedo você sai, é o horário seguro, mãe! Trate de vestir ela com roupas mais decentes que desse vestido rústico decotado, temos uma camponesa em casa? Ela não pode ir assim e ficar parecendo um fetiche masculino. — asseverou Matheus.
— O que é fetiche? — perguntou Molly confusa
— Por isso você não deve ir assim. — avisou ele indiferente.
O sol ainda nem raiou e Madson já está de pé perambulando pela casa ansiosa, seu irmão já não estava mais no quarto, muitas vezes ela ouvia ruídos no quarto de arsenal que eles haviam feito no subterrâneo, seu irmão Caio ainda dormia assim como sua mãe e seu pai.
Ela já havia se trocado e vestido uma calça e um casaco com capuz para esconder o rosto, Do outro lado, um som metálico distinto cortou o silêncio: a porta do arsenal estava se abrindo.
— Você já está de pé? Deve estar ansiosa — comentou Matheus trazendo consigo uma pequena pistola.
— O que está fazendo? — Perguntou quando percebeu a arma.
— Estava procurando algo que fosse sua cara, eu pensei em uma granada, mas penso que é perigoso demais — disse ele com naturalidade.
"uhm… Esse é o meu irmão, perigoso até os dentes, assassino mais caçado da América, deve ser por isso que não se importa com a morte" pensou ela o encarando com ironia.
— Não seja exagerado, não preciso de uma arma.
— Eu só vou ficar confiante se você levar uma arma e essa é pequena e discreta.
— Suas olheiras estão horríveis, ela o analisou com preocupação, não tem dormido?
— Não posso dormir. — disse ele se espreguiçando, com olheiras profundas e expressão cansada. — Estou pensando em... pedir um pouco de diversão.
— Do que está falando? — ela perguntou, franzindo a testa.
— Nada que você entenda. — ele resmungou, puxando o capuz dela contra a cabeça, cobrindo seu rosto.
— Você sempre fica nas entrelinhas, isso é tão chato!
— Vocês já estão de pé? — perguntou a mãe deles ao sair do quarto logo em seguida Lincoln.
— Já estou pronta para ir, ela respondeu, com a voz firme.
— Tome café antes, tem bastante tempo, — ordenou o pai, servindo-lhe uma xícara. Assim que tomou café, o irmão a guiou por uma passagem subterrânea que parecia ser uma parte do esgoto. Ele a levou para fora de forma segura, sem que o esconderijo fosse descoberto.
Seguiram por uma pequena área de mato com árvores escondendo a passagem, e depois chegaram próximo à estrada.
— Bom, é aqui que nos separamos, — Matheus avisou, com um tom sério na voz. — É supostamente seguro, mas se acontecer algo com você, saiba que nossa família morre pelas minhas mãos. — avisou ele em tom serio.
— Irmão! Deixa de ser louco. — ela exclamou, exasperada. — Não vai acontecer nada.
— Espere! Ainda não acabei, — ele a avisou, deixando-a sozinha no pé da estrada. — Ele seguiu até uma área atrás de árvores e mato e em poucos minutos voltou com uma moto. — Você sabe pilotar, use isso para chegar, e mantenha a arma na cintura. Se algo der errado...
— Devo atirar sem exitar, já sei. — ela concordou, montando na moto habilmente enquanto ele a ajudava a colocar o capacete.
— Sim, pode ir. — ele ordenou, em seguida voltando para o esconderijo novamente.
Madson pilotou por 15 minutos até chegar ao local. Ainda estava calmo, já que era cedo, mas assim que se aproximou da porta de entrada, encontrou três homens mal-encarados que pareciam esperar alguém.
"Uhum... Esses homens não são daqui," ela pensou, com o coração batendo forte no peito. "Suponho que estejam aqui por causa da minha mãe."
— Ei, garota! — Chamou quando viu Molly hesitando em entrar.
— Senhor… — respondeu com a voz trêmula enquanto percebia o olhar malicioso a examinando dos pés a cabeça.
— Você está fazendo o que aqui?
— Eu trabalho aqui.
— Qual seu nome?
— Eloah! Mas eu nunca vi vocês aqui, posso ajudar? — perguntou enchendo o peito de coragem.
— Se você souber onde está a Dona, temos negócios a tratar com ela — mudou sua expressão repentinamente como se pensasse algo perverso, Madson pensou em sua arma, mas eram muitos para conseguir matar de uma vez, então preferiu seguir
Cap.5: Pronta para o mafioso Assim que seus vultos se dissiparam no horizonte, disparou em direção ao quarto de Lisaura. A maçaneta quase cedeu sob a força de seus dedos impacientes, mas a porta estava trancada." — Estou indo! — alarmou Lisaura, abrindo a porta com força. — Molly? — ela se surpreendeu ao ver o rosto em pânico da menina, que parecia ter envelhecido anos em minutos. — O que está acontecendo? — perguntou Molly, entrando no quarto e examinando tudo com olhos frenéticos. Na cama de Eloah, a roupa que ela usaria estava organizada, junto com a peruca. — Você vai encontrar esse tal lobo hoje? — Sim... — respondeu Lisaura com a voz arrastada, o peso da culpa e do medo pesando sobre seus ombros. — Mas o que você está fazendo aqui? A cafetina fugiu e você está se arriscando. — Eu precisava te pedir uma coisa — anunciou Molly sem delongas, a voz embargada pela angústia. — O que você quer? — Lisaura viu o olhar amedrontado da menina se dirigir à cama, pegando a peruca e encar
Cap.6 Nas mãos do mafioso. O coração de Molly batia forte, um tambor ecoando em seu peito. Ela apertou os punhos, concentrando-se em conter a náusea que subia pela garganta. Olhares curiosos a acompanhavam, alguns carregados de reprovação, outros apenas intrigados. Molly ignorava todos, mas sua mente tinha apenas um pensamento que guardava seu objetivo. Uma figura perigosa, que ela precisava encontrar a todo custo. — Essa peruca rosa! — fez uma voz rouca surpresa, um homem baixinho terno branco de chapéu preto, dentes de ouros e anéis caros, sua aparência fez o estômago de Molly revirar. — Eloah! Quanta surpresa, venha comigo o chefe mudou de quarto dessa vez — avisou enquanto Molly agradecia mentalmente enquanto alguns homens a encaravam com malícia dos pés à cabeça. — Quando vamos nos divertir de novo? Sabe que posso pagar bem mais que aquele Playboy mimado lá em cima, não é? — perguntou enquanto seguia na frente, mas Molly apenas deu um forçado sorriso, e ele parecia não está esp
De repente ele a puxou a colocando de pé a abraçando por trás dessa vez ela pode sentir com propriedade o membro rígido roçar entre suas pernas, enquanto as mãos dele segurava seu queixo mantendo o rosto dela erguido para o teto enquanto sente a respiração quente dele em seu pescoço, era como se estivesse sendo embriagado pelo seu perfume quando ele invadiu suas narinas, ao mesmo tempo que ele arrancava sua peça intima a deixando a deriva. O medo que ele forçasse foi tão intenso que mal percebeu que ele havia demorado próximo ao seu ouvido expirando seu perfume, as pupilas dele dilataram e ele afastou sua ereção a fazendo respirar aliviada, pensando haver desistido, contudo, ele somente a virou de frente a puxando para a cama a sentando em seu colo, entre suas pernas Molly podia ver o topo de seu membro rosado, apertou os olhos constrangida, era a primeira vez que estava vendo um homem daquela forma. — Esse perfume... Familiar. — grunhiu ele em seguida a deitando sobre a cama de fre
Cap.7. Finalmente o anel da liberdade. — Então? — Braston indagou ao retornar, encontrando o olhar gélido de Molly sobre si. A máscara ainda cobria seu rosto, intensificando a repulsa da jovem. Para ela, ele era apenas um amontoado de músculos, ostentando uma tatuagem no braço que despertava em sua mente lembranças nebulosas, ainda indecifráveis. — Não sei o que você quer. — ela retrucou, gélida, virando o rosto para evitar contato visual. — A partir de hoje, você pode vir quantas vezes quiser. Sabe que sempre pago bem. — Braston sugeriu, pegando o envelope sobre a mesa e estendendo-o para ela. Molly apenas o pegou, sem qualquer entusiasmo, seus dedos roçando os dele por um breve instante. O envelope seria entregue a Lisaura, que precisava do dinheiro. Naquele momento, Molly se sentiu a pessoa mais suja do mundo. A repulsa percorria seu corpo enquanto segurava o envelope, a tentação de jogá-lo na cara de Braston era grande. Mas o medo a dominava, pois ela sabia quem era aquele hom
Cap.8: Partindo sem Molly? A garota, inquieta, vasculhou o quarto em busca do comprimido. A frustração se instalou ao confirmar seu desaparecimento. Suspeitando de Matheus, o pânico a consumiu. Deitada na cama, ponderou seus próximos passos. A família, alheia à sua crise, organizava a viagem. Molly, com o coração pesado, subtraiu seu passaporte da bolsa da mãe. A decisão estava tomada: ela não embarcaria. Com bagagens prontas, a empolgação pairava no ar. "Nossa carta de euforia!", exclamava a mãe, adornado a si e à filha com lenços e óculos escuros. Chapéus completavam o disfarce masculino. Encolhida entre Caio e a mãe, Molly tentava relaxar, mas a tensão a oprimia. A voz de Matheus, cortando o silêncio, anunciava a aproximação da saída da cidade e o encontro com o "velho do penhor, homem cujo qual seria responsável em esconder o precioso anel". O destino os aguardava, mas o coração de Molly pulsava com nova decisão que tinha tomado. — Devagar! — gritou Lincoln ao lado de Matheus,
Cap.9 busca pelo anel, suspeita de gravidez, Braston despertou, ainda atontado. Seus olhos percorriam o quarto enquanto tentava se lembrar do que acontecera. Uma breve lembrança o assolou: Molly segurando sua mão e puxando algo. Foi então que ele se deu conta da ausência do anel. — Onde está! — gritou ele, sozinho, ao se levantar e não ver a garota. Cambaleou pela cama, ainda sem perceber que o anel havia sumido. — Como eu não percebi que não era aquela desgraçada! — caiu de barriga na cama, com as mãos na têmpora, massageando a dor. Seus olhos correram pela cama ao se recordar do que viu antes de ficar inconsciente. — chefe! Esta tudo bem? — um dos seus seguranças bateu á porta. — Que diabos uma garota virgem viria fazer aqui!? — Asseverou ele irritado, reuniu os lençóis e os lançou longe. Ele tentou buscar em sua mente e tentar reconhecer a garota, mas tudo que conseguia recordar foi do momento íntimo e seu cheiro que ainda estava sobre a sua pele, fechou seus olhos ainda apreci
Cap.10: Eloah entrega Lisaura. — Você sabe quem foi? — Braston questionou, postura rígida na cadeira enquanto a observava. Calafrios percorriam o corpo dela, a figura imponente à sua frente emanando uma aura de medo e autoridade. A elegância de suas vestes contrastava com a dureza de seus traços, mas mesmo que já estivesse habituada à sua presença, naquele momento, era um interrogatório, não mais uma de suas noites juntos. — Não sei do que está falando. — Ela balbuciou, o coração batendo forte no peito. — Eloah… — Ele murmurou seu nome com impaciência. — Eu vou matar todas as prostitutas daquele lugar, entendeu? A maioria foi torturada e está presa na minha prisão particular. Você pode salvá-las. — Por quê?… — Ela chorou, com dificuldade para conter as lágrimas. — Quem foi a pessoa que foi no seu lugar? Eu só quero saber isso. Ou todas as garotas vão morrer e isso será por sua causa. — Ele a fitou com desprezo, um olhar que apertou seu coração, dilacerado por seus sentimentos conf
Cap.11: gravidez confirmada Três meses depois, a confirmação da gravidez era inegável. Lisaura estava pálida em frente a Molly, encarando sua barriga minúscula. — Com certeza isso não é comida! — Molly exclamou, louca, perambulando como uma barata tonta. — Você estava com enjôos constantes, e depois todos aqueles sintomas... Como sua barriga vai crescer assim só com comida? Não é possível! — Ela entrou em pânico, sua cabeça se recordando apenas de seu irmão Matheus. O medo percorreu sua espinha, e tudo que ela queria era fugir, enquanto Lisaura a observava com compaixão. — Não é possível! — Ela começou a bater na própria cabeça, desesperada. — Não é culpa sua, — Lisaura tentou acalmá-la. — Eu sei que você está com medo, mas vamos resolver isso juntas. — É, eu sou uma idiota! — Molly choramingou, tomada pela culpa. — Eu deveria ter tomado o remédio, mas meu irmão... — Mas eu te dei o remédio e ele falhou! — Lisaura a interrompeu, assumindo a responsabilidade. — Então a culpa é min