Neve e distância.

DEENA

Pela janela da sala, observo os flocos finos de neve caindo lentamente. Durante a noite nevou mais pesado e o chão está coberto até a metade do segundo degrau da varanda. Ainda é quinta-feira, mas Welma nos deu uma folga, voltaremos na segunda. Deve ter, pelo menos uns oito dias que não vejo Henry, não sei como isso afeta o cumprimento de sua pena, mas ele não veio a fazenda. Tenho que confessar que essa distância tem me trazido muitas inseguranças quanto ao “o que quer que seja” o nosso relacionamento.

Não é que não estejamos conversando ou coisa assim. Estamos conversando através do aplicativo de mensagens, porém, em nenhuma das mensagens ele disse muito sobre a sua ausência.

“Bom dia, Boneca! Acordou bem?”

“Com preguiça.” — respondo.

“O dia está bem frio, queria estar aí, enroladinho com você.”

Estremeço com a possibilidade de que isso possa acontecer.

“Por que não está?” — espero que ele responda, mas ele nem visualiza.

Espero por alguns minutos e, sem resposta, guardo o cel
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