Querida, o café...

HENRY

Não sei se estou mesmo vivendo minha vida ou um espetáculo de circo, volto para o meu quarto a passos largos. Que absurdo! Ele quer ter certeza de que não vou voltar atrás, ele deve saber que estamos tentando a anulação do casamento, esse pessoal tem informantes em todo lugar. Eu não deveria ter vindo, caí na minha própria armadilha.

— Como foi com o meu pai?

Escuto assim que abro a porta, Katia está a janela. Ela é mesmo muito bonita e alta, temos quase o mesmo tamanho. Que pai serve a filha numa bandeja desse jeito para um desconhecido.

— Pior, impossível. — digo passando por ela e indo me atirar na cama.

— Por quê? Não podemos ir embora amanhã?

— Ele disse que não podemos sair daqui enquanto não consumarmos o casamento.

— Consumarmos? — ela está confusa.

— Você sabe... ter a nossa noite de núpcias.

Ela engole em seco e desaba na poltrona a frente da cama.

— Que decepção! Não passa na cabeça dele que se a gente fosse mesmo adiante eu precisaria de um pouco mais de tempo? Vou c
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