Ponto de Vista de Sydney— Lucas. — Chamei com a voz trêmula. — Por que você está apontando uma arma para mim?Eu sabia que deveria me sentir menos aterrorizada pelas armas apontadas para mim, porque Lucas apareceu, mas era o contrário. Eu me senti ainda mais apavorada ao vê-lo.Meus olhos se encheram de lágrimas enquanto olhava para o homem à nossa frente. Ele era um completo estranho, nada sobre ele parecia com a atitude gentil do homem por quem me apaixonei.Lucas não percebeu minha presença ou fez qualquer sinal de que ouviu minha pergunta. Ele simplesmente se virou para Luigi, seus lábios torcendo-se de raiva. Ele deu um passo ameaçador em direção a Luigi, e Luigi recuou hesitante, preferindo ter a arma pressionada mais forte contra seu pescoço do que ficar perto de Lucas.— O que você está fazendo?! — Seus punhos cerrados tremiam enquanto ele finalmente disse, com dureza. Ele não estava nem olhando para mim, nem falando comigo, mas eu me encolhi de medo. Eu me perguntei como Luig
O medo subia rapidamente até minha garganta, e meus olhos começaram a arder de lágrimas. — Lucas, pare com isso agora. — Eu gritei, minha voz trêmula.Ele não disse nada, apenas me observou com uma expressão distante no rosto.Eu limpei a garganta e engoli. Talvez, se eu lhe contasse o motivo de eu estar ali, ele voltaria à razão.— Lucas, olha, escuta, eu vim até aqui para te encontrar porque eu precisava te dizer que eu...Minha explicação sobre o motivo de eu estar na Itália e a notícia de que tínhamos um filho de repente se tornaram incompreensíveis, abafadas, quando uma mão colocou um pano na minha boca e, sem aviso, fui amordaçada. Em seguida, um dos homens me jogou sobre seu ombro.Apesar de tudo, eu ainda me contorcia nos ombros dele, tentando me comunicar com Lucas, mas eram apenas palavras abafadas.Em determinado momento, todos, inclusive Lucas, riram da minha tentativa de falar.Luigi e eu fomos levados até um carro que estacionou ao nosso lado. Eu fui amarrada no banco de
Ponto de Vista de SydneyAquelas palavras ecoavam na minha mente como se um martelo estivesse batendo contra a parede de ferro mais forte da minha cabeça. Dong!O zumbido não parava. Eu teria segurado minha cabeça, mas ainda estava amarrada.A floresta caiu em um silêncio absoluto, até mesmo a música havia sumido. Parecia que estavam esperando que eu processasse aquilo.Comecei a pensar de novo... Quando foi mesmo que Doris me apresentou a Mark? Será que Doris sabe disso?Além disso, como? Como diabos era possível que ele não fosse o Lucas? Ele se parecia com ele, falava e se comportava como o Lucas, tudo nele era como eu lembrava!Eu fixei meu olhar nele e minha voz tremia quando perguntei:— Você deve estar mentindo! — Eu disse entre dentes, olhando para os dois. — Se você não me quer mais, Lucas, apenas me diga. Por que inventar essa história doentia?Eu sentia o olhar de Luigi perfurando minha têmpora e, quando olhei para Lucas, que me fulminava com os olhos, um canto de seus lábio
— Dylan e eu trabalhamos como cuidadores durante o turno da noite em um hospital...Minhas sobrancelhas se ergueram involuntariamente. Era muito difícil imaginar qualquer um dos dois como cuidadores.Lucas foi internado no hospital onde Dylan e Luigi trabalhavam.A riqueza de Lucas era conhecida por todos no hospital. E isso, somado ao fato de que ele era jovem, chamou a atenção deles.Eles se aproximaram de Lucas com a intenção de enganá-lo e conseguir algum dinheiro. Lucas, que sempre foi doente e solitário desde a infância, logo se afinou com Dylan e Luigi, que também eram da sua idade. Então, foi fácil para eles descobrirem coisas sobre ele.Meu coração apertou ao saber disso. Se Lucas tivesse mais amigos, talvez ele tivesse percebido que Luigi e Dylan não estavam realmente interessados em ser seus amigos, mas em seu dinheiro. Mas, Lucas era inteligente e muito intuitivo. Talvez ele apenas tenha ignorado isso porque estava desesperado por companhia, embora nunca demonstrasse, ele s
Recebi um vídeo pornográfico.— Você gosta disso?O homem falando no vídeo era meu marido, o Mark, a quem eu não via a vários meses. Ele estava nu, com a camisa e as calças deitadas no chão, metendo com força na mulher que eu mal conseguia ver a cara, que tinha os seios carnudos e redondos dela balançando vigorosamente. No vídeo, Eu ouvia claramente o som das palmadas, misturado com gemidos e grunhidos lascivos. — Sim, sim, me fode mais forte, amor. — A mulher gritava extaticamente em resposta.— Sua safada! — Mark se levantou e a virou ao contrário, dando uma palmada na bunda dela enquanto dizia: — Empina sua bunda para cima!A mulher deu uma risadinha, se virou, balançou a bundinha dela e ficou de quatro na cama.Eu me sentia como se alguém tivesse deitado um balde de água gelada na minha cabeça. Já era demais que o meu marido estava me traindo, mas o pior de tudo, era que a outra mulher era a minha própria irmã, a Bella.Deixei o vídeo continuar, assistindo os dois transando, enqu
O vento suave da noite continuou a soprar o meu cabelo para frente e para trás, enquanto eu estava parada lá fora com a mala ao meu lado. Finalmente, eu estava fora daquela casa. Depois de andar um pouco pelas ruas, eu notei luzes brilhando forte na minha direção e um sorriso leve surgiu em meus lábios porque eu notei logo quem era a pessoa que se aproximava.O carro vermelho esportivo extravagante parou logo do lado onde eu estava parada, e uma mulher ainda mais extravagante estava no banco do motorista abanando os dedos para mim enquanto baixava a janela.Era a Grace.Grace não era só minha amiga, ela também era a minha parceira de negócios. Nós eramos inseparáveis desde os nossos dias de colégio, e como nós sempre partilhamos o mesmo amor pela moda, nós decidimos tornar os nossos sonhos em realidade cofundando a companhia Vogue Luxo, um site de compras online moderno e inovador que se tornou num favorito entre os jovens e influencers. Grace tinha um talento nato para o design de ro
Ponto de vista do MARK Eu entrei na garagem, completamente exausto. Depois de mais um dia longo de trabalho e diversão eu havia ficado esgotado, e tudo o que eu queria era descontrair e relaxar. Saí do carro e desapertei a minha gravata, muito ansioso para finalmente entrar e descansar. Quando entrei em casa, vi a Sydney sentada, me encarando com o olhar vazio dela de sempre. Mal a dei atenção enquanto caminhava diretamente para o meu escritório.— Quero o divórcio. — Sydney disse antes mesmo que eu pudesse alcançar o refúgio do meu escritório.Divórcio? A primeira palavra que me veio à mente foi “ridículo”, e era mesmo ridículo o que ela havia dito. O negócio da família dos pais da Sydney tinha sido emprestado ao Grupo GT, que eu era o dono. Era um contrato que beneficiava ambas partes em todos os sentidos. Sydney era só uma mulher com quem eu me casei, que dependia dos pais e de mim para a sobrevivência.Divórcio, é? Claramente aquela era a nova maneira dela de me chamar atenção, al
Ponto de vista de SYDNEYAssim que regressei ao aeroporto, já podia ver a Grace acenando animadamente para mim do outro lado. Sorrisos e risadas espontâneas surgiram nos meus lábios à medida que eu me aproximava dela. Minha pequena viagem havia chegado ao fim, e eu diria que foram os três meses mais felizes da minha vida depois de muito tempo.Puxei a minha a mala ainda mais rápido e me apressei, acenando de volta para Grace enquanto corria ao encontro dela. De princípio, não havia notado, mas alguém familiar passou rapidamente por mim. Não pude evitar parar e me virar, eu podia jurar que conhecia aquelas costas. Ninguém me convenceria o contrário, só podia ser Mark. Era mesmo ele.Eu estava certa, confirmei comigo mesma quando parei e olhei para a pessoa. Era Mark, eu não poderia ter me enganado, andando com aqueles passos rápidos como de costume. Ele provavelmente não me tinha visto? Ou talvez não me tivesse reconhecido? Eu só havia ficado fora por apenas três meses, mas se esse temp