Ponto de vista de SYDNEYAssim que regressei ao aeroporto, já podia ver a Grace acenando animadamente para mim do outro lado. Sorrisos e risadas espontâneas surgiram nos meus lábios à medida que eu me aproximava dela. Minha pequena viagem havia chegado ao fim, e eu diria que foram os três meses mais felizes da minha vida depois de muito tempo.Puxei a minha a mala ainda mais rápido e me apressei, acenando de volta para Grace enquanto corria ao encontro dela. De princípio, não havia notado, mas alguém familiar passou rapidamente por mim. Não pude evitar parar e me virar, eu podia jurar que conhecia aquelas costas. Ninguém me convenceria o contrário, só podia ser Mark. Era mesmo ele.Eu estava certa, confirmei comigo mesma quando parei e olhei para a pessoa. Era Mark, eu não poderia ter me enganado, andando com aqueles passos rápidos como de costume. Ele provavelmente não me tinha visto? Ou talvez não me tivesse reconhecido? Eu só havia ficado fora por apenas três meses, mas se esse temp
Ponto de vista da Sydney— Joguei aquele maldito acordo no triturador. Ele falou, logo depois acrescentando: — Já cancelei uma reunião importante por você, não posso perder mais tempo.Ele não tinha mudado nada. Continuava sendo o mesmo homem raivoso e impaciente que eu havia deixado para trás, que pensava que o mundo girava a volta dele. Ou, melhor falando, “que o meu mundo girasse a volta dele”. Se ele não queria perder seu precioso tempo, então por que diabos ele me seguiu até ali?Se ele jogou os documentos no triturador, queimou com um isqueiro ou guardou em qualquer lugar, nada daquilo era problema meu.Afastei-me da porta e o encarei com raiva.— A minha intenção de me divorciar é séria e solene. Se você não aceitar um divórcio amigável, então eu terei que entrar com um processo de divórcio. Isso só vai desperdiçar mais do seu tempo ‘precioso’, ‘grande homem’! — Deixei isso bem claro.Em certo ponto, a minha mente vagou para pensar no homem que ainda estava escondido nalgum luga
Ponto de vista do MARKEu ronquei de dor enquanto me revirava na cama. Minha cabeça latejava com uma dor surda e segurei-a enquanto me levantava lentamente. Olhei ao redor e me perguntei porquê ainda estava em casa. Eu deveria estar no trabalho.Apoiei minha cabeça nas mãos e tentei me recordar. Não levou mais que um segundo para as memórias voltarem.Meu assistente conseguiu localizar onde Sydney estava, e eu deixei todo o trabalho que estava fazendo para tentar colocar um pouco de juízo nela. Lembro que ordenei que ela me seguisse e daí…Franzi o cenho. Tudo ficou preto.— Aquela bruxa! Como se ousou em me bater? gritei enquanto me levantava da cama. Notei alguns remédios na mesinha do lado e cambaleei para fora do quarto.O que estava acontecendo com ela? Porque estava levando aquilo tão longe? Pensei.O som de portas batendo ecoou pela casa enquanto eu abria todas as portas.— Onde está ela?!Os empregados da casa ficaram ali, mudos. Alguns deles recuavam cada vez que as portas bat
Ponto de vista da SYDNEYEu não consegui segurar a risada que escapou ao ver o quarto pedido especial do dia.Normalmente, a Aurora recebia vários pedidos diários, e os nossos funcionários cuidavam dessas encomendas. Mas, se o pedido da joia fosse personalizado, ele ia direto para mim.Ali, na tela do computador, estava um pedido de duas peças de joias feito pelo assistente do Mark. Ele havia colocado na seção de preferências que as peças deveriam “ser destacadas” de todas as outras joias da nossa marca, e encerrou o pedido com “é só dizer o seu preço”.Típico. Só o Mark conseguiria fazer um pedido soar como um insulto. Era o assistente dele que havia feito o pedido, mas eu tinha certeza de que era para o próprio Mark quem havia mandado. Não havia como o assistente dele bancar designs personalizados da Aurora para ele mesmo.Eu me virei na cadeira, assobiando. — Hora de ganhar um dinheiro extra.Voltei à tela do meu laptop e reli a última frase. Meu sorriso se alargou: — Ah, eu vou mes
Ponto de vista do MARK Houve uma batida na minha porta. — Entre! — Chamei sem desviar os olhos dos documentos à minha frente. Ouvi o suave ranger da porta ao ser aberta. A voz do meu assistente chegou até mim: — A Vogue Luxo respondeu, senhor.— Ok! — Murmurei, acenando com a cabeça. — Quando os colares estarão prontos? — Não é sobre o colar, senhor. É sobre a proposta de aquisição que enviamos para eles. Levantei os olhos e empurrei a cadeira para trás. — Ah, sim, realmente. Quando vamos nos encontrar para finalizar a entrega do site? — Perguntei. Era uma coincidência que a Aurora Joias fosse parceira do website que eu vinha de olho nos últimos meses. A resposta deles não havia chegado por meses, mas eu não desisti. Continuei dizendo ao meu assistente para continuar enviando propostas. Depois que a Bella saiu, eu mesmo procurei sobre a Aurora Joias e, caramba! A Bella estava certa. Eles faziam joias maravilhosas. A qualidade das pedras era de primeira linha. Isso me ench
As luzes piscavam de uma cor para outra, os corpos suados apertados na pista de dança do bar não eram exatamente o que eu esperava para aquela noite. Eu só queria paz e uma noite tranquila com meus amigos. Durante a minha direção até ali, Joel me ligou, a voz dele mal conseguindo se fazer ouvir sobre o estrondo da música no bar. — O Will também está aqui.Eu perguntei: — O quê? — Por umas três vezes até finalmente ouvi o que ele estava tentando falar. Encontrei-os na área VIP, o espaço que havíamos reservado só para nós três. Era o único lugar onde podíamos conversar e ainda sentir um pouco da vibração pulsante do bar. Pedi ao meu assistente para me enviar o arquivo com as informações da Grace. Virei a foto em direção ao Joel. — Você a conhece, nê? Vocês namoraram. O Will interrompeu e assobiou. — Eu lembro dela, ela era aquela garota que você estava pegando a um tempo. — Ele se virou para mim. — Eu perguntei a ele se ele gostaria de partilhar, você sabe... — Idiota. — Joel
Eu continuei lutando, puxando minhas mãos e xingando enquanto Mark me arrastava para o corredor, bem ao lado do banheiro masculino. Eu tropecei atrás dele, incapaz de acompanhar o ritmo dele com meus saltos. Mesmo nos meus sonhos mais loucos, eu nunca teria imaginado que poderia o encontrar ali. Quer dizer, nos três anos de nosso casamento infeliz, eu poderia contar nos dedos de uma só mão quantas vezes o vi fora de casa. Eu supus que ele sempre estivesse no trabalho e, recentemente, concluí que ele estava trabalhando ou em algum hotel chique transando com minha irmã. — Mark, o que há de errado com você? — Bati nos dedos dele, que estavam apertados em meu pulso, com a mão livre. — Solte minha mão. Ele não disse nada, só avançou, com as costas rígidas. Desde que propus o divórcio, ele parecia ter se tornado num fantasma, aparecendo em todos os lugares onde eu estava para me assombrar. Soltei um gemido baixo quando ele me empurrou contra a parede e me prendeu ali. A profundidade
Senti o aperto em mim afrouxar e me afastei bruscamente. Eu cambaleei para frente com meus saltos e tentei sair, mas ele foi mais rápido. Seus dedos novamente se envolveram ao redor do meu pulso e ele me puxou de volta. E novamente, ele pressionou minhas costas contra a parede, mas desta vez, não me prendeu com um olhar mortal, mas com os lábios dele.O ar saiu de mim quando seus lábios desceram sobre os meus, quentes e macios. Fechei os olhos reflexivamente e deixei seus lábios moldarem os meus de maneira rude. Na verdade, eu me entreguei à sensação dos lábios dele nos meus, meus sentidos ficaram turvos enquanto cedia ao beijo hipnotizante. As mãos dele contornaram minha cintura e me pressionaram mais perto dele, o calor do corpo dele criou uma sensação enlouquecedora em meu corpo.Sua língua explorou, buscando uma entrada. Eu cedi, e a língua deslizou para dentro da minha boca, molhada e… Meus olhos se abriram rapidamente, meu corpo ficou rígido e meus dentes instintivamente mordera