Ponto de vista da SYDNEYEu não consegui segurar a risada que escapou ao ver o quarto pedido especial do dia.Normalmente, a Aurora recebia vários pedidos diários, e os nossos funcionários cuidavam dessas encomendas. Mas, se o pedido da joia fosse personalizado, ele ia direto para mim.Ali, na tela do computador, estava um pedido de duas peças de joias feito pelo assistente do Mark. Ele havia colocado na seção de preferências que as peças deveriam “ser destacadas” de todas as outras joias da nossa marca, e encerrou o pedido com “é só dizer o seu preço”.Típico. Só o Mark conseguiria fazer um pedido soar como um insulto. Era o assistente dele que havia feito o pedido, mas eu tinha certeza de que era para o próprio Mark quem havia mandado. Não havia como o assistente dele bancar designs personalizados da Aurora para ele mesmo.Eu me virei na cadeira, assobiando. — Hora de ganhar um dinheiro extra.Voltei à tela do meu laptop e reli a última frase. Meu sorriso se alargou: — Ah, eu vou mes
Ponto de vista do MARK Houve uma batida na minha porta. — Entre! — Chamei sem desviar os olhos dos documentos à minha frente. Ouvi o suave ranger da porta ao ser aberta. A voz do meu assistente chegou até mim: — A Vogue Luxo respondeu, senhor.— Ok! — Murmurei, acenando com a cabeça. — Quando os colares estarão prontos? — Não é sobre o colar, senhor. É sobre a proposta de aquisição que enviamos para eles. Levantei os olhos e empurrei a cadeira para trás. — Ah, sim, realmente. Quando vamos nos encontrar para finalizar a entrega do site? — Perguntei. Era uma coincidência que a Aurora Joias fosse parceira do website que eu vinha de olho nos últimos meses. A resposta deles não havia chegado por meses, mas eu não desisti. Continuei dizendo ao meu assistente para continuar enviando propostas. Depois que a Bella saiu, eu mesmo procurei sobre a Aurora Joias e, caramba! A Bella estava certa. Eles faziam joias maravilhosas. A qualidade das pedras era de primeira linha. Isso me ench
As luzes piscavam de uma cor para outra, os corpos suados apertados na pista de dança do bar não eram exatamente o que eu esperava para aquela noite. Eu só queria paz e uma noite tranquila com meus amigos. Durante a minha direção até ali, Joel me ligou, a voz dele mal conseguindo se fazer ouvir sobre o estrondo da música no bar. — O Will também está aqui.Eu perguntei: — O quê? — Por umas três vezes até finalmente ouvi o que ele estava tentando falar. Encontrei-os na área VIP, o espaço que havíamos reservado só para nós três. Era o único lugar onde podíamos conversar e ainda sentir um pouco da vibração pulsante do bar. Pedi ao meu assistente para me enviar o arquivo com as informações da Grace. Virei a foto em direção ao Joel. — Você a conhece, nê? Vocês namoraram. O Will interrompeu e assobiou. — Eu lembro dela, ela era aquela garota que você estava pegando a um tempo. — Ele se virou para mim. — Eu perguntei a ele se ele gostaria de partilhar, você sabe... — Idiota. — Joel
Eu continuei lutando, puxando minhas mãos e xingando enquanto Mark me arrastava para o corredor, bem ao lado do banheiro masculino. Eu tropecei atrás dele, incapaz de acompanhar o ritmo dele com meus saltos. Mesmo nos meus sonhos mais loucos, eu nunca teria imaginado que poderia o encontrar ali. Quer dizer, nos três anos de nosso casamento infeliz, eu poderia contar nos dedos de uma só mão quantas vezes o vi fora de casa. Eu supus que ele sempre estivesse no trabalho e, recentemente, concluí que ele estava trabalhando ou em algum hotel chique transando com minha irmã. — Mark, o que há de errado com você? — Bati nos dedos dele, que estavam apertados em meu pulso, com a mão livre. — Solte minha mão. Ele não disse nada, só avançou, com as costas rígidas. Desde que propus o divórcio, ele parecia ter se tornado num fantasma, aparecendo em todos os lugares onde eu estava para me assombrar. Soltei um gemido baixo quando ele me empurrou contra a parede e me prendeu ali. A profundidade
Senti o aperto em mim afrouxar e me afastei bruscamente. Eu cambaleei para frente com meus saltos e tentei sair, mas ele foi mais rápido. Seus dedos novamente se envolveram ao redor do meu pulso e ele me puxou de volta. E novamente, ele pressionou minhas costas contra a parede, mas desta vez, não me prendeu com um olhar mortal, mas com os lábios dele.O ar saiu de mim quando seus lábios desceram sobre os meus, quentes e macios. Fechei os olhos reflexivamente e deixei seus lábios moldarem os meus de maneira rude. Na verdade, eu me entreguei à sensação dos lábios dele nos meus, meus sentidos ficaram turvos enquanto cedia ao beijo hipnotizante. As mãos dele contornaram minha cintura e me pressionaram mais perto dele, o calor do corpo dele criou uma sensação enlouquecedora em meu corpo.Sua língua explorou, buscando uma entrada. Eu cedi, e a língua deslizou para dentro da minha boca, molhada e… Meus olhos se abriram rapidamente, meu corpo ficou rígido e meus dentes instintivamente mordera
Eu teria adorado a maneira agressiva com que seus lábios amassavam os meus, e teria correspondido ao beijo com a mesma intensidade fervorosa se fosse alguém diferente. Mas não era um estranho ou amante meu. Era Mark.Lutei entre puxá-lo para mim e empurrar para longe. Queria morder a língua ou lábios como fiz da primeira vez, mas não consegui me forçar a fazer isso. Aquela sensação era confusa. Queria que ele parasse e fosse longe de mim, mas, de forma insana, estava com medo de que ele realmente parasse. Era uma loucura.Mas eu ainda lutava e, enquanto fazia isso, meus olhos se apertavam, tentei falar mesmo com os lábios dele nos meus. A sua língua, de certa forma, encontrou o caminho para dentro da minha boca. O corpo pressionava o meu e eu podia sentir vagamente o volume em suas calças contra minhas coxas.Minhas lutas dobraram e um grito subiu em meu peito.Meu grito morreu na minha garganta porque, de repente, as mãos do Mark estavam longe de mim e eu não conseguia mais sentir o
Qualquer pessoa sensata teria recuado e deixado o casal problemático sozinho, mas aquele homem... Meus olhos estavam fixados nele enquanto ele dava um passo igualmente ameaçador para a frente. Seu corpo parecia ainda mais tenso... em alerta. — Eu sei quem você é, Mark Torres. Presidente do Grupo GT. E eu sei que você pode me levar à falência, mas isso não me impediria de defender uma dama indefesa. Você não pode entrar aqui e assediar minhas convidadas, seja ela sua esposa ou não. — As palavras dele tinham um tom subjacente, estavam cheias de ameaças não mencionadas. Houve uma mudança no ar, e Mark parecia atordoado com a resposta do homem, então ele se virou abruptamente, rindo de forma sarcástica. — Esse homem é um palhaço. — Ele ficou sério. — Você sabe de tudo isso e ainda assim se atreve a se meter nos meus assuntos? Você já está farto do seu bar? Oh não. Eu não podia deixar aquilo continuar. Claramente, o dono do bar não desistiria, e Mark também não era do tipo que rec
O ar frio da noite bateu no meu rosto enquanto nós dois saíamos pela porta, e os pelos do meu braço se arrepiaram. Eu ainda estava lutando com a informação de que o dono do bar era a pessoa que eu tinha visto na minha villa. Eu tinha todo o direito de chamar a polícia para ele e talvez fazer com que aquele bar fosee revistado. Porque afinal de contas ele estava com uma arma naquele dia, mas eu não tinha nenhuma prova. Eu tremi, afastando a sensação que me invadiu ao me lembrar do metal atrás das minhas costas. Ainda perdida em meus pensamentos, Mark me empurrou para dentro do carro. Ele ajustou o cinto de segurança em mim de forma apressada e brusca, como se eu fosse uma criança que ele precisava levar para casa imediatamente. — Para onde você está me levando?! — Eu puxei o cinto de forma desajeitada enquanto lançava a pergunta. Ele contornou o carro. O carro balançou levemente quando ele entrou e bateu a porta a fechando. O rosto dele estava sério, olhando para frente enquanto