Eu continuei lutando, puxando minhas mãos e xingando enquanto Mark me arrastava para o corredor, bem ao lado do banheiro masculino. Eu tropecei atrás dele, incapaz de acompanhar o ritmo dele com meus saltos. Mesmo nos meus sonhos mais loucos, eu nunca teria imaginado que poderia o encontrar ali. Quer dizer, nos três anos de nosso casamento infeliz, eu poderia contar nos dedos de uma só mão quantas vezes o vi fora de casa. Eu supus que ele sempre estivesse no trabalho e, recentemente, concluí que ele estava trabalhando ou em algum hotel chique transando com minha irmã. — Mark, o que há de errado com você? — Bati nos dedos dele, que estavam apertados em meu pulso, com a mão livre. — Solte minha mão. Ele não disse nada, só avançou, com as costas rígidas. Desde que propus o divórcio, ele parecia ter se tornado num fantasma, aparecendo em todos os lugares onde eu estava para me assombrar. Soltei um gemido baixo quando ele me empurrou contra a parede e me prendeu ali. A profundidade
Senti o aperto em mim afrouxar e me afastei bruscamente. Eu cambaleei para frente com meus saltos e tentei sair, mas ele foi mais rápido. Seus dedos novamente se envolveram ao redor do meu pulso e ele me puxou de volta. E novamente, ele pressionou minhas costas contra a parede, mas desta vez, não me prendeu com um olhar mortal, mas com os lábios dele.O ar saiu de mim quando seus lábios desceram sobre os meus, quentes e macios. Fechei os olhos reflexivamente e deixei seus lábios moldarem os meus de maneira rude. Na verdade, eu me entreguei à sensação dos lábios dele nos meus, meus sentidos ficaram turvos enquanto cedia ao beijo hipnotizante. As mãos dele contornaram minha cintura e me pressionaram mais perto dele, o calor do corpo dele criou uma sensação enlouquecedora em meu corpo.Sua língua explorou, buscando uma entrada. Eu cedi, e a língua deslizou para dentro da minha boca, molhada e… Meus olhos se abriram rapidamente, meu corpo ficou rígido e meus dentes instintivamente mordera
Eu teria adorado a maneira agressiva com que seus lábios amassavam os meus, e teria correspondido ao beijo com a mesma intensidade fervorosa se fosse alguém diferente. Mas não era um estranho ou amante meu. Era Mark.Lutei entre puxá-lo para mim e empurrar para longe. Queria morder a língua ou lábios como fiz da primeira vez, mas não consegui me forçar a fazer isso. Aquela sensação era confusa. Queria que ele parasse e fosse longe de mim, mas, de forma insana, estava com medo de que ele realmente parasse. Era uma loucura.Mas eu ainda lutava e, enquanto fazia isso, meus olhos se apertavam, tentei falar mesmo com os lábios dele nos meus. A sua língua, de certa forma, encontrou o caminho para dentro da minha boca. O corpo pressionava o meu e eu podia sentir vagamente o volume em suas calças contra minhas coxas.Minhas lutas dobraram e um grito subiu em meu peito.Meu grito morreu na minha garganta porque, de repente, as mãos do Mark estavam longe de mim e eu não conseguia mais sentir o
Qualquer pessoa sensata teria recuado e deixado o casal problemático sozinho, mas aquele homem... Meus olhos estavam fixados nele enquanto ele dava um passo igualmente ameaçador para a frente. Seu corpo parecia ainda mais tenso... em alerta. — Eu sei quem você é, Mark Torres. Presidente do Grupo GT. E eu sei que você pode me levar à falência, mas isso não me impediria de defender uma dama indefesa. Você não pode entrar aqui e assediar minhas convidadas, seja ela sua esposa ou não. — As palavras dele tinham um tom subjacente, estavam cheias de ameaças não mencionadas. Houve uma mudança no ar, e Mark parecia atordoado com a resposta do homem, então ele se virou abruptamente, rindo de forma sarcástica. — Esse homem é um palhaço. — Ele ficou sério. — Você sabe de tudo isso e ainda assim se atreve a se meter nos meus assuntos? Você já está farto do seu bar? Oh não. Eu não podia deixar aquilo continuar. Claramente, o dono do bar não desistiria, e Mark também não era do tipo que rec
O ar frio da noite bateu no meu rosto enquanto nós dois saíamos pela porta, e os pelos do meu braço se arrepiaram. Eu ainda estava lutando com a informação de que o dono do bar era a pessoa que eu tinha visto na minha villa. Eu tinha todo o direito de chamar a polícia para ele e talvez fazer com que aquele bar fosee revistado. Porque afinal de contas ele estava com uma arma naquele dia, mas eu não tinha nenhuma prova. Eu tremi, afastando a sensação que me invadiu ao me lembrar do metal atrás das minhas costas. Ainda perdida em meus pensamentos, Mark me empurrou para dentro do carro. Ele ajustou o cinto de segurança em mim de forma apressada e brusca, como se eu fosse uma criança que ele precisava levar para casa imediatamente. — Para onde você está me levando?! — Eu puxei o cinto de forma desajeitada enquanto lançava a pergunta. Ele contornou o carro. O carro balançou levemente quando ele entrou e bateu a porta a fechando. O rosto dele estava sério, olhando para frente enquanto
O celular dele iluminou e a chamada de Bella entrou novamente. A mão dele saiu do meu ombro enquanto ele imediatamente atendia a chamada, e isso foi meu sinal para sair. Saí do carro. Através do espelho do carro que estava abaixado, vi ele prender o celular entre a orelha e o ombro enquanto inseria a chave na ignição. Poucos segundos depois, ele deixou o celular cair e se virou para mim, as mãos dele já seguravam o volante, prontas para acelerar em direção à amante dele. — Neste domingo é o aniversário do seu pai. Espere por mim em casa, vamos sair juntos! — Ele terminou. Então, ajustou o espelho e saiu em alta velocidade.Eu assisti com irritação, aborrecimento e nojo enquanto o carro dele desaparecia rapidamente na escuridão da noite. — Vai embora, seu idiota! — Eu me encolhi quando o grito de Grace ecoou de repente na noite. Não consegui impedir o sorriso que surgiu em meus lábios enquanto ela se aproximava e xingava a ele.— Seu nojento! Vá embora daqui. Vá para a cama da s
À medida que cheguei à mansão do papai, respirei fundo, me preparando mentalmente para a inevitável confrontação. Eu sabia que ele não ficaria satisfeito por eu ter aparecido sem o Mark, ele sempre queria que eu corresse atrás do Mark como um cachorro carente. Por um tempo, eu admito, realmente corria atrás dele. Eu praticamente mudei minha vida para os satisfazer. Respirei fundo e saí do carro. Fiz o curto trajeto até o pátio da mansão, o pátio dava para o jardim bem cuidado. Eu tinha admirado o jardim quando fui pela primeira vez. Era onde eu preferia passar meu tempo sempre que eles estivessem bajulando a Bella. O jardim estava ainda mais bonito e bem cuidado. Eu tinha certeza de que a mamãe tinha enlouquecido enquanto instruía os jardineiros da casa sobre como podar as plantas de forma correta. A área já estava agitada com atividades. Os empregados subiam e desciam atendendo os convidados de todas idades que estavam sentados em torno das mesas, todos vestidos com trajes e joias
— Sydney! — Os dentes do papai estavam cerrados enquanto ele me encarava. A palma da mamãe pousou no ombro dele. — Eu pergunto, papai, que besteira é essa? — Continuei, imparável. — Que seu querido Mark foi dispensado pela amante e noiva dele, logo no dia em que eles deveriam se tornar marido e mulher? Os olhos da mamãe se abriram e ela olhou para trás. — Sydney. Pare com isso! Eu dei um passo à frente. Inclinei a cabeça e franzi a testa. — Ou é a besteira de que sua princesinha, Bella, é uma vagabunda que seduz o próprio cunhado dela? — Enunciei a palavra 'vagabunda' e fiz questão de que ela grudasse. A expressão que cruzou os rostos deles teria me preocupado um pouco se estivéssemos sozinhos, porque se não, eu tinha certeza de que as minhas bochechas estariam vibrando de dor depois de um tapa, mas não ali, haviam pessoas demais - muitas da sociedade elite, que se importavam demais com a imagem deles e fariam tudo para manter essa imagem. O dia em que me preparei para volta