Eu teria adorado a maneira agressiva com que seus lábios amassavam os meus, e teria correspondido ao beijo com a mesma intensidade fervorosa se fosse alguém diferente. Mas não era um estranho ou amante meu. Era Mark.Lutei entre puxá-lo para mim e empurrar para longe. Queria morder a língua ou lábios como fiz da primeira vez, mas não consegui me forçar a fazer isso. Aquela sensação era confusa. Queria que ele parasse e fosse longe de mim, mas, de forma insana, estava com medo de que ele realmente parasse. Era uma loucura.Mas eu ainda lutava e, enquanto fazia isso, meus olhos se apertavam, tentei falar mesmo com os lábios dele nos meus. A sua língua, de certa forma, encontrou o caminho para dentro da minha boca. O corpo pressionava o meu e eu podia sentir vagamente o volume em suas calças contra minhas coxas.Minhas lutas dobraram e um grito subiu em meu peito.Meu grito morreu na minha garganta porque, de repente, as mãos do Mark estavam longe de mim e eu não conseguia mais sentir o
Qualquer pessoa sensata teria recuado e deixado o casal problemático sozinho, mas aquele homem... Meus olhos estavam fixados nele enquanto ele dava um passo igualmente ameaçador para a frente. Seu corpo parecia ainda mais tenso... em alerta. — Eu sei quem você é, Mark Torres. Presidente do Grupo GT. E eu sei que você pode me levar à falência, mas isso não me impediria de defender uma dama indefesa. Você não pode entrar aqui e assediar minhas convidadas, seja ela sua esposa ou não. — As palavras dele tinham um tom subjacente, estavam cheias de ameaças não mencionadas. Houve uma mudança no ar, e Mark parecia atordoado com a resposta do homem, então ele se virou abruptamente, rindo de forma sarcástica. — Esse homem é um palhaço. — Ele ficou sério. — Você sabe de tudo isso e ainda assim se atreve a se meter nos meus assuntos? Você já está farto do seu bar? Oh não. Eu não podia deixar aquilo continuar. Claramente, o dono do bar não desistiria, e Mark também não era do tipo que rec
O ar frio da noite bateu no meu rosto enquanto nós dois saíamos pela porta, e os pelos do meu braço se arrepiaram. Eu ainda estava lutando com a informação de que o dono do bar era a pessoa que eu tinha visto na minha villa. Eu tinha todo o direito de chamar a polícia para ele e talvez fazer com que aquele bar fosee revistado. Porque afinal de contas ele estava com uma arma naquele dia, mas eu não tinha nenhuma prova. Eu tremi, afastando a sensação que me invadiu ao me lembrar do metal atrás das minhas costas. Ainda perdida em meus pensamentos, Mark me empurrou para dentro do carro. Ele ajustou o cinto de segurança em mim de forma apressada e brusca, como se eu fosse uma criança que ele precisava levar para casa imediatamente. — Para onde você está me levando?! — Eu puxei o cinto de forma desajeitada enquanto lançava a pergunta. Ele contornou o carro. O carro balançou levemente quando ele entrou e bateu a porta a fechando. O rosto dele estava sério, olhando para frente enquanto
O celular dele iluminou e a chamada de Bella entrou novamente. A mão dele saiu do meu ombro enquanto ele imediatamente atendia a chamada, e isso foi meu sinal para sair. Saí do carro. Através do espelho do carro que estava abaixado, vi ele prender o celular entre a orelha e o ombro enquanto inseria a chave na ignição. Poucos segundos depois, ele deixou o celular cair e se virou para mim, as mãos dele já seguravam o volante, prontas para acelerar em direção à amante dele. — Neste domingo é o aniversário do seu pai. Espere por mim em casa, vamos sair juntos! — Ele terminou. Então, ajustou o espelho e saiu em alta velocidade.Eu assisti com irritação, aborrecimento e nojo enquanto o carro dele desaparecia rapidamente na escuridão da noite. — Vai embora, seu idiota! — Eu me encolhi quando o grito de Grace ecoou de repente na noite. Não consegui impedir o sorriso que surgiu em meus lábios enquanto ela se aproximava e xingava a ele.— Seu nojento! Vá embora daqui. Vá para a cama da s
À medida que cheguei à mansão do papai, respirei fundo, me preparando mentalmente para a inevitável confrontação. Eu sabia que ele não ficaria satisfeito por eu ter aparecido sem o Mark, ele sempre queria que eu corresse atrás do Mark como um cachorro carente. Por um tempo, eu admito, realmente corria atrás dele. Eu praticamente mudei minha vida para os satisfazer. Respirei fundo e saí do carro. Fiz o curto trajeto até o pátio da mansão, o pátio dava para o jardim bem cuidado. Eu tinha admirado o jardim quando fui pela primeira vez. Era onde eu preferia passar meu tempo sempre que eles estivessem bajulando a Bella. O jardim estava ainda mais bonito e bem cuidado. Eu tinha certeza de que a mamãe tinha enlouquecido enquanto instruía os jardineiros da casa sobre como podar as plantas de forma correta. A área já estava agitada com atividades. Os empregados subiam e desciam atendendo os convidados de todas idades que estavam sentados em torno das mesas, todos vestidos com trajes e joias
— Sydney! — Os dentes do papai estavam cerrados enquanto ele me encarava. A palma da mamãe pousou no ombro dele. — Eu pergunto, papai, que besteira é essa? — Continuei, imparável. — Que seu querido Mark foi dispensado pela amante e noiva dele, logo no dia em que eles deveriam se tornar marido e mulher? Os olhos da mamãe se abriram e ela olhou para trás. — Sydney. Pare com isso! Eu dei um passo à frente. Inclinei a cabeça e franzi a testa. — Ou é a besteira de que sua princesinha, Bella, é uma vagabunda que seduz o próprio cunhado dela? — Enunciei a palavra 'vagabunda' e fiz questão de que ela grudasse. A expressão que cruzou os rostos deles teria me preocupado um pouco se estivéssemos sozinhos, porque se não, eu tinha certeza de que as minhas bochechas estariam vibrando de dor depois de um tapa, mas não ali, haviam pessoas demais - muitas da sociedade elite, que se importavam demais com a imagem deles e fariam tudo para manter essa imagem. O dia em que me preparei para volta
A sensação que percorria meu corpo era celestial. E pela primeira vez desde que anunciei a Mark que não queria mais ficar casada com ele, me senti livre. Depois do meu anúncio, o pátio ficou envolto de um silêncio sepulcral. Os olhares alternavam entre Mark, eu, papai e mamãe. Eu consegui ver algumas garotas imediatamente se aproveitando da situação. Os decotes profundos dos vestidos delas se tornaram ainda mais acentuados, com seios quase à mostra enquanto lançavam olhares sensuais para Mark. Eu não as culpava. Na verdade, Mark era como um diamante entre os muitos homens da cidade. Quem não ficaria animado em agarrar um homem daquele tipo se houvesse algum boato de que ele estava de volta ao mercado? Bella pareceu furiosa, com a mão ainda presa no braço de Mark. Eu desejava poder capturar a expressão no rosto de papai e mamãe e fazer uma peça de arte. Seus olhos estavam arregalados enquanto se viravam para mim, eu não conseguia distinguir se era por pânico ou raiva de mim. A
— Você pode desacelerar? — Eu gemi, — Minha barriga dói. Você está pressionando os ombros contra ela.— Não me importa. — Houve uma pausa. — Eu parei de me importar assim que você fez aquele anúncio estúpido.— Como se você se importasse antes. — Eu rolei os olhos. Ele chutou a porta aberta com o pé, entrou com firmeza e me jogou, quero dizer, ele me lançou naquela cama enorme. Eu ressaltei na cama por alguns segundos antes de ficar parada. — O que diabos! Eu poderia ter caído no chão, batido a cabeça e quem sabe até morrido. — Talvez isso seria melhor. — Sua voz fez os pelos da minha pele se arrepiarem e eu resisti ao impulso de me encolher diante do olhar que ele me lançou, a expressão de desprezo em seus olhos. As veias na parte de trás de sua mão estavam salientes, e sua mandíbula estava tensa enquanto ele explodia. — Eu pedi para você vir para a casa e me esperar. Eu me sentei confortavelmente na cama e demorei para responder para não gaguejar. — Eu não queria. Você não