Eu sempre achei que amor à primeira vista não era algo cientificamente real. O amor para a ciências nada mais é do que um hormônio. Oxitocina, ou mais conhecido, o hormônio do amor, que é liberado por todo nossa corrente sanguínea, fazendo assim nossos níveis de estresse diminuírem e causando toda aquela sensação gostosa pelo corpo, o tão famoso AMOR.
Para mim amor nada mais era do que algo que você tinha com alguém pela convivência, pelo tempo que se passava com aquela pessoa. Nunca pensei que estaria tão enganada sobre isso. A partir do momento em que conheci o Caleb eu sabia que minha vida daria um giro de 180° graus de uma forma tão brusca igual uma montanha russa. Ali, naquele momento eu sabia que já estava ferrada.
— Eu não tenho mais nada para te falar Caleb! — fechei os olhos e respirei fundo, mais uma vez. — Eu vim para cá para conseguir p
Já passavam das 23:00 horas quando eu ouvi o som do carro dele estacionando na garagem da frente. Eu havia avisado minha avó que ele viria e pedi gentilmente a ela para abrir a garagem assim que ele chegasse. Eu estava na cadeira de balanço novamente, havia tomado meu banho e colocado meu pijama. Estava com uma xícara de chá de camomila nas mãos tentando acalmar meu coração e meus nervos também.— Muito obrigada Sra. Luzia. — Meu coração deu um salto assim que ouvi sua voz. — A Eduarda está acordada ainda? Me desculpe por chegar tão tarde assim.— Tudo bem meu filho. Nem eu e nem ela dormiu cedo, então não foi incomodo algum. Ela está nos fundos, sentada na cadeira de balanço é só seguir em frente. Boa noite.Provavelmente minha avó ia dormir, ou ficaria em seu quarto, para nos dar privacidade. Pude ouvir o barulho dos passos do Caleb pelo assoalho da casa, ficando cada vez mais notável à medida que se aproximava da
Levei ele até o quarto de hóspedes. Arrumei a cama para ele e mostrei onde ficava o banheiro caso quisesse tomar um banho. Procurei no guarda roupa alguma roupa do meu pai, ele sempre deixava algumas peças na casa da minha avó. Encontrei um samba canção, peguei uma toalha limpa também e entreguei nas mãos dele.— Acredito que não vá precisar de mais nada... Eu vou dormir. — Fui indo em direção a saída e parei na porta. — Eu preciso pensar sobre tudo isso, preciso de um tempo para saber qual decisão eu vou tomar. — Estava parada na porta, com a mão no batente dela e ainda de costa para ele. — Vá para Chicago... Depois disso a gente conversa sobre tudo!— Eduarda? — me virei para ele. — Cuide do meu coração. Ele sempre seria seu, de um jeito ou de outro... — ele deu um meio sorriso.E sem responder nada eu saí do quarto.Entrei no meu quarto que ficava ao lado do dele, fechei a porta e me joguei na cama. As janelas estavam abertas, o que fazia com que a luz
— Depois que ele morreu minha relação com o meu pai ficouinsuportável. Então 3 meses depois de sua morte eu fui para Chicago, ficando lá por 4 anos. Não voltei para o Brasil nenhuma vez antes disso e quando voltei foi para assumir a chefia na Jones. Com a saúde do meu pai instável e eu era o único filhovivopara isso. Ele faz questão de jogar isso na minha cara sempre que nos vemos:"Só me sobrou você, o único Jones vivo... Era para o Jason assumir meu império e não você! Não carrega o mesmo sangue que o meu nas veias"— ao escutar aquelas palavras meu coração se quebrou por inteiro em mil pedacinhos. — Foi na época em que eu estava em Chicago que conheci a Melissa. Eu só queria um escape, algo para me fazer esquecer de tud
Asemana passou num piscar de olhos. Caleb havia ido embora na quinta daqui, saiu cedo para Chicago. Nossa conversa ainda ecoava pela minha mente, cada palavra dela e meu coração se apertava sempre que me lembrava de tudo que ele havia me contado, sobre sua infância e todo seu sofrimento. Maggie havia me ligado na quinta à noite, na verdade de madrugada e acabei contando a ela o que havia acontecido. — EITA! Ele disse que te ama? — com toda a história somente essa parte havia surpreendido ela. — E o Caleb tem coração para poder amar alguém que não seja o próprio ego? — MAGGIE?! — ela começou a rir. Fazendo graças nos piores momentos.— Ué, mas eu falei alguma mentira? — pior que não mesmo. — Eu te liguei para me ajudar com tudo isso, e não para
Terminei de arrumar minhas malas e fui levar até o carro. Já eram 14:00 horas. Tive que insistir muito para Dona Luzia não me segurar mais lá, pois se dependesse dela, eu só sairia no horário do café da manhã do dia seguinte.— Oh minha filha... Tem certeza que não quer esperar o lanchinho? Ainda está cedo... — comecei a rir."Não disse?!"
Acordei com os dois fazendo bagunça no apartamento. Percebi que já era noite, uma pequena brisa entrava pela janela, refrescando o ambiente. Fiquei deitada por mais alguns minutos, apreciando a noite pela janela. Senti meu celular vibrar, olhei no visor e meu coração disparou."Daqui duas semanas estou de volta na Jones... Queria te ver, mas longe da empresa. Tem como? — Caleb"
O domingo passou quase voando, foi dia de preguiça, coberta, N*****x e guloseimas. Me acomodei na cama da Maggie, com ela e o Thomas, e passamos o dia todo assistindo filmes, aqueles que nos fazem acabar com um estoque de papel. — Ah que filme maravilhoso, misericórdia! Quase morri de tanto chorar... — ainda escorriam algumas lágrimas dos meus olhos.
Eu não sei o que faria sem meus amigos. Deus não poderia ter me abençoado mais na vida. Me sentei na cama, peguei meu celular e disquei o número dele, mas não apertei para chamar. Meu coração dava cambalhotas e minhas mãos estavam suando. Fiquei segurando meu celular por alguns minutos, olhando o visor com o número dele discado. Como num passe de mágica ou de telepatia, meu celular começou a vibrar, olhei novamente para o visor e era ele me ligando. De repente minha boca ficou mais seca que o deserto do Saara, minhas mãos tremiam tanto que pareciam que eu estava com Parkinson. Com o coração quase na boca, apertei para atender a ligação e coloquei o celular no ouvido.
Último capítulo