24- Aurora Baker

Digamos que acordar foi algo quase que impossível, minha mãe me chamou três vezes, abriu as janelas — coisa que odiava —, os passarinhos cantaram, assim como as buzinas dos carros. O homem do pão gritou: “pão fresquinho, freguesia” com sua bicicleta, mas nada foi suficiente para me tirar da cama, parecia estar pregada. Não tinha energia, um sentimento de tristeza se apossou de mim. Cogitei não ir ao trabalho, só um dia, talvez uma desculpa como um resfriado fortíssimo convencesse o Orion de que eu pudesse contaminar todo o andar.

— Aurora, tenho cliente cedo, tenho que ir para o salão — dona Ana esbravejou, retornando pela quarta vez ao meu quarto. — Filha, o que houve?

Olhei para ela e senti uma vontade de chorar.

— Aurora, fale comigo, estou preocupada. Ela se sentou na beirada da cama.

— Estou cansada, mãe — menti, bem

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