David estacionou em frente ao meu prédio e durante o percurso praticamente nos mantivemos calados, ele conduzindo o carro e eu buscando uma saída à medida que a paisagem passava. O desejo mútuo era presente, cálido, sufocante.
Tolice, provei do pecado, e o que eu faria se cobiçava as piores indecências com meu chefe?
— Aurora… — David soltou o cinto e se voltou para mim. — Desculpe se de alguma forma ofendi ou…
— Não! Você não fez nada que eu não quisesse.
— Então por que está fugindo?
Perdi o ar quando tornou a acariciar meu rosto com leveza, fechei os olhos dilatados, entregue, num ímpeto seus dedos deslizaram para o meu cabelo, deixando-me alheia à sua vontade.
— Você é meu chefe.
— E você é a estagiária que me fez quebrar todos os protocolos.
Quando retornei do almoço, Orion já estava presente, como falava ao telefone e parecia importante, só acenei antes de ocupar a cadeira ao seu lado. Havia muitos papéis sobre a mesa, estudei alguns, eram as estratégias da reunião do dia seguinte, onde ele apresentaria ao CMO os planos do marketing nacional.Minha imaginação voou longe… Como seria participar de uma reunião daquele porte? Só com a presença de diretores e claro, do CMO, David Queen. Voltei à terra quando a voz da Ellen explodiu no andar. Ah, não!Minha garganta fechou logo que identifiquei quem estava ao seu lado.— Boa tarde, pessoal — a dama saudou e logo depois veio na direção do Orion. — David, venha comigo por gentileza.O ar desapareceu.Restavam poucos metros e estaríamos frente a frente. Sem tempo para uma escapatória, por mais que quisesse, te
Assim que acordei, defini sem hesitar o que ia vestir. Já que participaria da reunião, seria em grande estilo. Escolhi um vestido preto com decote comportado, porém sensual e sapatos vermelhos, que peguei emprestados da minha mãe. Arrumei meus cabelos com cachos largos e fiz uma maquiagem caprichada.Quando me olhei no espelho avaliando a composição, fiquei chocada com o resultado.Acabei ficando insegura, achando que havia exagerado um pouquinho.— Girl, você está linda! — Raica exclamou, admirando meu look.— Você caprichou hoje!— Raica, vou participar de uma reunião de estratégia com a diretoria — expliquei, controlando a empolgação. — E você, bem-vinda ao andar do Marketing.— Obrigada, finalmente estou no meu lugar. — Espalmou o peito.— E você, reunião com a diretoria?
Não estava funcionando como devia, por isso, permaneci tentando.Precisava esfriar esse fogo que queimava minha pele. Que coisa maluca era aquela entre David e eu, como conseguimos nos levar ao limite assim? Tínhamos que parar, não podíamos mais nos encarar daquela forma, acreditei fielmente que ninguém percebeu o desconforto sexual entre nós, caso contrário, estaria em maus-lençóis.Ar frioooooooo…Finalmente o ar-condicionado começou a fazer efeito e, mesmo com dificuldade, tentei me concentrar na reunião.O tempo preenchido com debates e avaliações estratégicas não passou tão rápido, mas me fascinou a cada segundo, se havia alguma dúvida de que Marketing seria minha carreira, naquela manhã desconsiderei todas elas. Olhei minhas anotações, satisfeita com tudo que aprendi, mesmo sob a pressão atr
David parecia um quadro valioso emoldurado pelo batente da porta, era quase um castigo permanecer apreciando tamanha obra sem poder tocá-la. Havia um charme na sua postura que incitava meu ventre, ao mesmo tempo que danificava o meu discernimento.— Sabe o que mais me chamou a atenção nesta sala? A vista.— Sim. — Voltei para a janela, não me prolongando muito. — São Paulo é magnífico aqui de cima.— Você conhece alguma outra parte do mundo, Aurora?— Não, conheço um pouco do Brasil, mas nunca viajei para fora, mas vou um dia…Ele movimentou os lábios em dúvida ou só me sacaneando mesmo, fazendo-me lembrar que beijei sua boca numa noite semelhante.— Aqui então será o seu escritório?Quebrei a fixação nos lábios, o que não eliminou o envolvimento vis
Quase implorei pela sua boca, pela sua língua, no entanto, não foi preciso, ele pareceu entender o quanto clamava, seu dedo penetrou a fenda lubrificada, minha coluna arqueou com a investida, então ele repetiu o movimento penetrando meu sexo, até sua boca finalmente foder a boceta que gritava por prazer. Puta que pariu, que língua... A desgraçada circulou o ponto sensível, pincelou frenética cada fissura, vibrei toda, rebolei descontrolada, completamente viciada no que sua boca fazia com meu íntimo, faria qualquer coisa que David pedisse naquele momento, desde que ele continuasse me chupando.Não havia pudor entre nós.Senti uma pressão, uma linha vigorosa percorrer minha coluna e um calor muito pulsante atingir com fastígio, violento, cada músculo existente no meu corpo. Palpitei, me contorci e gritei seu nome quando caí em deleite num clímax arrebatador.— Nossa…David, ainda faminto permaneceu, lambuzando-se do meu mel, sugando até a última gota do fluído.Desmanchei-me sobre a mes
— Preciso de toalhas de papel — falou e atravessou a soleira.Abanei-me, já queria dar para ele de novo, mesmo ciente do certo a se fazer.— Vem cá! — disse, assim que apontou na porta e a única coisa que fiz foi encarar, piscando, seu pau em ponto de espada, livre da camisinha. — Boquete: item três da lista. — Abre as pernas, linda.Tapei o rosto morrendo de vergonha.— Sério? — ele gargalhou enquanto se incumbia da tarefa. — Há minutos não vi a senhorita corar quando pedi o mesmo.— Não tinha nada a ver com o fato de estar me limpando, David.Pelo amor de Deus, eu posso fazer isso, é um pouco constrangedor.— Se estivéssemos em outro lugar, daria um banho em você e, claro, foderia você no chuveiro. — Arfei com a promessa, me colocando novamente no meio do cabo de guerra. — Vamos sair daqui, infelizmente agora é arriscado, está um pouco tarde.Levantei-me decidida e esperei que ele descartasse as tolhas de papel numa lixeira p
Digamos que acordar foi algo quase que impossível, minha mãe me chamou três vezes, abriu as janelas — coisa que odiava —, os passarinhos cantaram, assim como as buzinas dos carros. O homem do pão gritou: “pão fresquinho, freguesia” com sua bicicleta, mas nada foi suficiente para me tirar da cama, parecia estar pregada. Não tinha energia, um sentimento de tristeza se apossou de mim. Cogitei não ir ao trabalho, só um dia, talvez uma desculpa como um resfriado fortíssimo convencesse o Orion de que eu pudesse contaminar todo o andar.— Aurora, tenho cliente cedo, tenho que ir para o salão — dona Ana esbravejou, retornando pela quarta vez ao meu quarto. — Filha, o que houve?Olhei para ela e senti uma vontade de chorar.— Aurora, fale comigo, estou preocupada. Ela se sentou na beirada da cama.— Estou cansada, mãe — menti, bem
— Aurora, só sei que tenho que finalizar essas planilhas no Excel para o Orion enviar para o David Queen, que ficará em home office hoje — ela explicou, com um sorrisinho zombeteiro que passei a odiar.— Ele não vem hoje?— Não, Aurora.— Sabe por quê? — perguntei só para saber mesmo. Vai que estivesse doente, ou… sei lá, uma virose. Coisa do tipo.— Provavelmente esteja muito cansado da noite… Arremessei três das minhas canetas nela e revirei os olhos. Raica realmente estava irritante.(...)- David QueenParei em meio à calçada e apoiei as mãos nos joelhos, quando o aplicativo apitou marcando meu tempo e quantos quilômetros havia percorrido naquela manhã, alcancei 15 km, era o bastante. Atravessei para comprar uma garrafa de água no bar da frente. Peguei uma banqueta do próprio lugar e fiquei por ali mesmo, enquanto o senhor dono do local finalizava a abertura das p