OlíviaSemanas depois...— Hum! — gemo baixinho me espreguiçando em cima do colchão e quando abro uma brecha de olhos percebo o dia já claro lá fora. Com um sorriso languido, estico o meu braço, passando a mão do seu lado da cama, o encontrando completamente vazio. Bufo de frustração quando olho para as horas e percebo que ela já se foi. Hoje é a primeira audiência de acusação de Estela Constantine, mas também é o dia que iremos a loja Lapel Noivas para escolher o meu vestido. Pensar nisso me faz ampliar o meu sorriso. Portanto, salto para fora da cama e corro para o banheiro. O plano é o seguinte: banho – café da manhã – algumas horas de brincadeiras com os meninos – banho – almoço e escolha do vestido. Quanto aos preparativos do casamento tudo será como uma grande surpresa, já que Athos está cuidando dos detalhes pessoalmente e como ele mesmo disse, não tenho que me preocupar com nada.— Animada para escolher o seu vestido de noiva? — Tia Ju pergunta assim que me acomodo em uma cade
Athos— Um brinde ao mais novo homem de família! —Andreas diz erguendo o seu copo no ar.— Ainda não acredito que você vai se casar, cara! — Henrico comenta me fazendo rir.— Então, eu passo dois meses na Europa e quando volto encontro o seu convite de casamento? Fala sério, quem foi a felizarda que roubou o seu coração, meu amigo? — Andreas envolve o meu ombro com essa indagação, porém, não tenho tempo de respondê-la.— Eu respondo essa! — Romão se adianta e a empolgação na sua voz arranca algumas risadas. Pois é, estamos em uma despedida de solteiro e os meus amigos, além de alguns funcionários e sócios também estão aqui. Devo mencionar as garotas? Não, até porque planejo ficar bem longe delas. — Vocês precisam ver o quanto ela é linda e gostosa... — Desperto dos meus pensamentos com o final dessa frase e não consigo evitar o olhar assassino para o meu amigo. Contudo, ele ergue as mãos em redenção e se afasta um pouco cautelo. — Com todo respeito, meu amigo! — Romão completa a frase
Na manhã seguinte...— Oh, merda! — resmungo dolorosamente quando abro os meus olhos e sinto a minha cabeça latejar furiosamente. Uma rodada de dez shots após errar algumas perguntas daquela lista interminável sinto que não quero beber nunca mais na minha vida. — Amor? — resmungo passando a mão do meu lado da cama, porém, o sinto vazio e atordoado ergo a minha cabeça para olhar ao meu redor. — Olívia? — Uma batida na porta do quarto me faz sentar no colchão e percebo que ainda estou vestido com as roupas da noite passada. — Entre! — A porta se abre e o meu irmão passa por ela com um tom esverdeado na pele.— Estou fodido! — Ele resmunga com desânimo e eu não seguro uma risada descontraída, que faz a minha cabeça latejar novamente. — Como eles puderam fazer isso com a gente?— Isso se chama despedida de solteiro, irmão. Viu a Olívia por aí?— Acho que ela saiu com as meninas. Essa casa está parecendo um cemitério de tão silenciosa. — Olho para o relógio em cima do criado mudo.— Acho q
Athos— OLÍVIA!! — grito subindo os degraus com pressa e invado o nosso quarto encontrando o buquê de lírios brancos largado de todo jeito no chão e apenas um pé do seu salto alto está aqui. Em pânico engulo em seco e procuro algum vestígio que me diga o que realmente aconteceu aqui nesse quarto. — Como ela estava quando vocês a deixaram? — pergunto para Kimberly que entra no meu campo de visão assim que me viro para a saída.— Feliz. Ela só falava no momento que entraria naquela igreja e que o veria lá. — Sinto as minhas pernas fraquejarem.— QUE MERDA ACONTECEU AQUI?! — berro alto e em desespero. — Você não viu nada, Romão? — Ele faz um não com a cabeça.— Eu estava a esperando do lado fora da casa.— É impressão minha, ou tem cheiro forte aqui dentro? — Artêmis comenta assim que entra no cômodo. E curioso, aspiro profundamente o ar tendo a mesma percepção. Fecho os meus olhos apertando com força as pálpebras.— Alguém a tirou daqui. Alguém a tirou de mim! — digo sentindo as minhas
Olívia— Hum... Athos! — sussurro abrindo uma pequena brecha de olhos. Sono... nossa, eu me sinto tão cansada. Respiro fundo e me esforço para abrir os meus olhos. — Athos? — O chamo baixinho e quase sem forças, e no ato me mexo em cima da cama.Espera, cama?Atordoada me esforço para me levantar e alguns flashes começam a bombardear a minha cabeça.... Uau, você está linda, querida!... Obrigada, tia Ju! Ai, estou tão nervosa!... Ouvi dizer que isso é normal, Ollie.... Está na hora de ir, Olívia. O seu noivo já deve estar subindo pelas paredes daquela igreja.... Vocês podem ir na frente?... Não vai desistir do casório logo agora, não é?... Nem se me oferecessem milhões em dinheiro.Respiro fundo.— Kim? — A chamo, levando as mãos aos meus olhos e os esfrego tentando focar melhor, mas tudo parece ainda mais turvo. — Céus, o que está acontecendo comigo? — resmungo me sentindo um tanto enjoada e me esforço para sair da cama. Contudo, uma porta se abre e eu franzo a testa tentando f
Olívia— Bom dia, meu amor! Como está a minha doce princesa essa manhã? — Ele diz assim que entra, mas dessa vez permaneço calada e quieta em cima da cama dessa vez. — Olívia, você não comeu nada! — Ele reclama. — Assim você vai ficar doente, querida. — Continuo calada e sem me mexer. — Você sabe que essa sua atitude infantil não vai te ajudar em nada, não é? — bufo em pensamentos, mas algo se passa pela minha cabeça. Eu preciso entrar nesse seu jogo. Preciso ganhar a sua confiança e quem sabe consigo finalmente fugir desse lugar.Respiro fundo.Mas para onde irei? Estou fraca e trêmula, e essa ânsia de vômito está deixando o meu estômago dolorido.— Dessa vez acho que você vai gostar, eu trouxe alguns croissants caramelizados e eles ainda estão quentinhos. — Minha boca se encheu de água só de imaginar a massa adocicada se desmanchando na minha boca. Portanto, me forcei a me sentar na cama e fitei o embrulho na sua mão. Um sorriso se abriu no seu rosto e Edie se sentou do meu lado na
Athos— Olivia, o que ele fez com você?! — pergunto completamente fora do meu controle quando a seguro completamente inerte nos meus braços. — Olívia, abre os olhos, meu amor. Olhe para mim, querida! — imploro, rogo, mas ela não se mexe.— OLÍVIA, VOLTE AQUI! — Um som imperativo da voz masculina me faz erguer a cabeça e encontrar o causador de toda essa tormenta. Ao perceber o local tomado pelos meus seguranças, Edie Duran que para bruscamente bem na entrada da casa e enquanto ela ofega, eu trinco o meu maxilar rigidamente, sendo automaticamente possuído pela cólera, que me faz rugir em fúria. Covardemente ele corre de volta para dentro.— Peguem esse desgraçado! — ordeno furioso e entre dentes, erguendo o meu corpo com a minha mulher nos meus braços. — Leve-a para dentro do carro! — Dou outra ordem, entregando-a nos braços do meu amigo.— O que vai fazer, Athos?! — Romão me questiona um tanto preocupado.— Mostrar para esse filho da puta que ninguém toca no que é meu! — rosno lhe dan
Olívia— Tenho boas notícias para você, cunhada! — Artêmis adentra o quarto de hospital com uma animação que me faz sorrir. — O médico vai te dar alta em alguns minutos, então se prepare para voltar para casa.— Ai que bom! Não aguento mais ficar em cima dessa cama! — resmungo recebendo o seu beijo cálido na minha bochecha. — Onde estão todos?— Eles foram na frente e o Athos está conversando com o seu obstetra. — Uno as sobrancelhas.— Meu obstetra? Eu nem sabia que tinha um.— Se prepare, porque se Athos já era sufocante, ele vai piorar. — Rio.— Isso é impossível.— Nada é impossível, cunhada. Pelo menos não para o fodão Senhor Mazza. — Uma batida na porta interrompe a nossa conversa gostosa e Afrodite Duran surge no meu campo de visão sugando toda e qualquer animação. Eu respiro fundo e Artêmis olha para a moça intrigado.— Oi, Ollie!— Afrodite.— Será que podemos conversar um pouco?— Ah, é claro! Artêmis, será que você pode...— Tudo bem, eu estarei no corredor se precisar de m