47

Athos

— Pronto, irmão? — Artêmis pergunta quando o carro para em frente aos portões largos de ferro pintados de branco e no mesmo instante os meus dedos apertam com força o buquê de flores brancas em minhas mãos, à medida que solto o ar pela boca. Assim que saio do carro os meus olhos se erguem para a placa larga logo acima.

Cemitério Vale das Rosas.

Essa é a primeira vez que ponho os meus pés aqui após a sua triste despedida e diferente do que eu esperava hoje o meu coração não está oprimido, não estou afundando em angústias e menos ainda em dor. Saber que eu não causei aquele acidente realmente é libertador. Contudo, estou sendo consumido pela raiva agora, a final, eu permiti que toda aquela tragédia acontecesse. Contudo, é o ódio que está envenenando o meu sangue.

— É por ali. — Artêmis aponta um caminho verdejante para mim, mas estou focado no seu silêncio, na paz que esse lugar nos traz quando ele deveria trazer tristezas e dor. Um nó começa a sufocar a minha garganta quando para
Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo