POV - AnahiÁgua. Fogo. Terra. Vento. Quatro elementos distintos, que quando se encontram, geram uma nova sensação na natureza. A água, embora apague o fogo, evapora ao destruir a chama; O vento, mesmo que mais leve que a terra, é capaz de construir tempestades de areia. O fogo e a terra constroem a lava que faz um vulcão erudir. Igualmente, a minha conexão com Bethoven na noite anterior havia me despertado fortes sensações.Em primeiro lugar, o prazer acima de tudo. Não foram muitos os homens que conseguiram me satisfazer, mas ele se esforçou, confesso que chegou perto. Se não estivesse tão retraído, talvez a noite poderia ter sido mais prazerosa para mim, mas não é uma crítica. Os últimos homens com quem havia me envolvido sexualmente ou não duravam o suficiente, ou não aguardavam a minha vez. Geralmente, não é algo que me incomoda tanto, já que essas últimas relações foram todas por mútuo interesse: eles em transar comigo e eu em destruí-los. Mas algo entre Bethoven e eu se destaco
POV - AnahiEletrônica. Funk. Hip Hop. Pop. Rap. Trap. O barulho alto da música reverberava por todo o salão de festas. O bilionário era tão rico que possuía o próprio cômodo para festas dentro de sua mansão. As bexigas alternadas entre as cores bege e prata davam um ar menos infantil ao aniversário de dezoito anos do bilionário. O salão estava repleto de jovens adolescentes da sua mesma faixa etária, que se vestiam feito delinquentes, incapazes de definir o ambiente que residiam.— Eu disse que os amigos dele eram estranhos. — Bethoven me entregava uma taça de vinho branco, sorrindo. — Mas estou feliz que esteja aqui.A pista de dança alternava suas cores pelo reflexo do globo espelhado. Luigi, andando de um lado para o outro, trajado de um terno rosa belíssimo, fazia questão de que cada detalhe saísse como combinado; planejar uma boa festa para ele era tão importante quanto respirar. Noto que ele prova um dos pratos de entrada enquanto os adolescentes dançam na pista.— Qual deles é
POV - AnahiAthena. Diana. Elektra. Joan. Monalisa. Nikita. Petra. Rebeca. Samira. Tahani. Ao longo dos últimos quinze anos, essas foram algumas das identidades que assumi em meus trabalhos. Em algumas culturas, acredita-se que o nome de uma mulher reflete sua autenticidade e como ela se manifesta no mundo. Eu discordo. Reduzir os valores de uma mulher ao seu nome é minimizar suas conquistas; é nos simplificar à única posse que não tivemos o direito de escolha: o nome. Por isso, a cada missão, escolho uma identidade diferente. Por agora, podem me chamar de Anahi.Apesar de não ser do meu fetiche repetir a letra inicial dos nomes que uso em meu trabalho, acreditem, logo vocês descobrirão o motivo de minha pertinente decisão.Hidratante. Protetor Solar. Corretor. Primer. Sombra. Delineador. Base. Pó Facial. Batom vermelho. E um pouco de blush rosado nas bochechas. Esses dois últimos são fundamentais: enquanto o batom fortifica a sua imagem de amadurecimento, o blush suaviza o seu intele
POV - AnahiAdagas. Clavas. Espadas. Fundas. Machados. Punhais. Tridentes. Ao redor das histórias, guerreiros usaram grandes armas para derrotar seus inimigos. Mas até os dias de hoje, nenhuma espada se tornou maior que o poder escondido atrás do olhar. E quanto mais olhos, mais armas você tem. Ao entrar em uma guerra, você nunca deve entrar sozinho. Você precisa ter um aliado. Ou como eu prefiro chamar, uma coruja. Alguém que veja quando você não estiver presente para ver.Enquanto entrevisto a décima sétima candidata, Leah, uma garota de cabelos loiros curtos e um entusiasmo exuberante, noto os olhares de Bethoven, sentado à direita em uma das poltronas para me avaliar. Seus olhos percorrem as coxas da garota como uma raposa caçando sua presa. Apesar do bom currículo, ela será dispensada. Os olhares daquele homem só terão direção para mim.Leah, apesar de nervosa, terminou a entrevista recebendo um aperto de mão do CEO, saindo pela porta enquanto o candidato seguinte ainda não entra
POV - BethovenDireita. Esquerda. Para cima. Direita. Para cima. Esquerda. Direita. Mal consigo decidir o lado em que vou ficar na minha cama, sequer tenho sono. A imagem de sua pele branca com aquele bronze, a franja preta com a entrada bagunçada na testa e os lábios vermelhos chamativos ecoam na minha cabeça. É insuficiente mantê-la na minha cabeça, preciso acender o abajur para pegar o telefone e ver a sua imagem de perfil pelo aplicativo de mensagens. Anahi é tentadora.Noto que já são seis da manhã. Não sei quanto tempo dormi, se dormi, mas já era a hora de levantar. Me coloco de pé, mandando-lhe uma mensagem de bom dia no privado, e, em seguida, fazendo o mesmo no grupo da empresa. Ignoro o grupo da família, as crianças não gostam.Tomo meu banho, escovo os dentes. Não demoro no banheiro. Logo, começo a me arrumar, vestindo a mesma calça preta e a blusa social com a gravata preta e o terno azulado. Em meu guarda roupa havia uma coleção de peças idênticas. Não gostava muito de va
POV - AnahiCravos. Dálias. Girassóis. Margaridas. Orquídeas. Rosas. Tulipas. Eu odeio todos os tipos de flores. Mas recebê-las no momento da apresentação aos funcionários arrancou um sorriso genuíno de meus lábios. Bethoven estava realmente disposto a me agradar. Seja pela mensagem editada propositalmente com um batom vermelho ou pelo meu comportamento atrativo. O que ele não sabia era que a flor tinha seus espinhos.Na sala, estavam todos reunidos antes de começarmos o expediente: Bethoven, o CEO; Oliver, o Vice Presidente; Felix, o Diretor Financeiro, Salma, a Diretora de Marketing; Nestor, Diretor de Tecnologia; Levi, do RH; Andreas, diretor de Relações Internacionais, alguns funcionários e secretários como Luigi. Todos brindavam pela nova etapa que a empresa iniciaria. — Será inesquecível! — Salma brindou a taça com os demais. *Eu concordo, querida. Será.— Seja bem-vinda, Anahi. — Cumprimentou a mim o vice presidente. Todos foram bem simpáticos, com exceção de dois: o Diretor
POV - AnahiNove. Dez. Onze. Meio Dia. Uma. Duas. As horas se passaram até a primeira mensagem de Nestor ser enviada até a mim, negando a possibilidade de entrar no sistema de segurança do Setor Financeiro. — Você está brincando comigo? — Falo o encarando em minha frente após chamá-lo para minha sala novamente. — Eu sei que você invadiu sistemas muito mais fortes do que este.— Você ainda não me deu a oportunidade de falar. — Ele me interrompia. — Eu não consigo acessar daqui de fora. — Ele retirou um pen-drive. — Coloque no computador dele.— É disso que você precisa? — Indago, pegando o objeto.— O Sistema de Segurança não é difícil de invadir, mas o computador, que obtém as informações bancárias tem reconhecimento facial. Eu preciso desativá-lo. — Ele alertou.— Por quanto tempo?— Pelo menos, quinze minutos.— Os aposentados primeiro. — Indico a passagem para o lado de fora da sala.Abri a porta da sala de Felix Vitorio sem sequer bater nela, me dirigindo até a sua cadeira. O home
POV - AnahiAlexander. Henry. James. Luke. Taylor. Vincent. Foram vários os homens que passaram pela minha cabeça enquanto meu corpo pulava sobre o membro pequeno do velho barrigudo. Além de não ser atraente, não aguentou muito tempo e chegou ao orgasmo depois dos primeiros quinze minutos. Estava tão velho que não se importava em retribuir. Não que houvesse algum prazer da minha parte de qualquer forma.— Você... É... Fantástica. — Ele falava com dificuldade em sua respiração. Eu olhava para ele com um sorriso, saindo de cima de seu corpo e deitando ao seu lado. — Nunca estive com uma mulher como você.— E eu nunca estive com um homem tão experiente... — O elogiei, sussurrando.Me levantei da cama, sentando, para colocar a minha roupa, enquanto o homem se dirigia ao banheiro. O quarto, completamente bagunçado, mostrava sua pacata vida solitária. Sua última esposa havia morrido há alguns anos e os filhos não se importavam em visitá-lo. Essa última informação eu não obtive pelos arquivos