Baboo acionou os propulsores bruscamente no sentido inverso para escapar dos tentáculos. O balanço quase me derruba de cima da nave se não me agarrasse a um relevo de sua estrutura, teria caído.
O líquido estava danificando todo o sistema de circuitos da nave, forçando Baboo a pousar.
Antes que ela encontrasse algum lugar longe dos tentáculos, pulei caindo pelas nuvens densas que me impediam de enxergar qualquer coisa abaixo de mim. Mais próximo do chão vi três tentáculos tentando prender Isabela e Volt, exatamente onde eu estava caindo.
— Aarrgghh! — gritei ao dar um golpe no tentáculo que passava por baixo de mim.
Cortei aquele tentáculo, mas outro me acertou jogando-me longe.
Colocamos o corpo de Léa em cima de Volt e fomos o mais rápido que pudemos na direção em que eu e Elgie vimos aqueles taturonianos correrem de nós.Eu já havia voltado ao normal, somente Volt transformado nos levava em sua forma de tigre. Corremos por aproximadamente quinze minutos até achar a pequena cidade dos taturonianos. Guardas guardavam a entrada, mas quando viram Volt a caminho correram para dentro com medo e fecharam os portões baixos feitos de madeiras e rochas. Quando chegamos à entrada eles haviam reunido vários equipamentos de guerra contra nós, mas aparentavam ser pré-históricos e fracos contra nossas armas e habilidades.— Elgie, diga a eles o que precisamos! — ordenei rapidamente ao paramos à frente dos portões sem mesmo descer das costas de Volt. &m
Minha mãe sempre fazia brincadeiras se referindo a adoções e tudo mais. Ela dizia que havia vindo das estrelas, por isso conseguia prever o futuro do planeta Terra. Achávamos incrível tudo o que dizia, e tudo o que ela disse ecoou em nossas mentes por todos esses anos...Ela era de fato diferente das outras pessoas. Com uma opinião firme sobre a astronomia, passava informações adiante, mesmo se passando por louca. E no planeta Terra ser considerado louco não é muito difícil, faça alguma coisa que jamais foi feita, ou crie caminhos diferentes e você provavelmente será considerado um louco. Basta não seguir a tendência, dar lugar para sua intuição.Um dia quando adolescente ela me perguntou:
— Lumiá, lance o clarão! — ordenei ao sacar da cintura a adaga.— Não precisa... — Ouvimos uma voz do escuro. — Eu me apresentarei na luz.Então saiu do escuro um ser exatamente do meu tamanho, coberto por uma capa escura, sem apresentar seu rosto.— Mostre seu rosto, estranho! — ordenei apontando a adaga.Volt estava ficando bravo e fazia seu som meigo ao mostrar braveza perante o ser encapuzado.Ele então abaixou o capuz escuro e vimos nada mais do que um rosto coberto por panos escuros, e ao afrouxar a capa em si, notamos que não havia nenhuma parte do seu corpo que aparecesse se não os olhos, que eram inteiramente brancos. Na regi&ati
Glenzer faz seu canto e me derruba da altura de pouco mais de três metros, no meio de muitos míntacos. Eu queria encurralá-los, por isso pedi para ficar naquele ponto.Caí sobre as árvores e fui descendo o mais rápido que pude até chegar por trás dos soldados. Saí cortando quantos pude com golpes da espada, e devido ao tamanho dela, geralmente acertava mais que um.— Uma patinha de energia aqui, Volt! — solicitei sua ajuda.Volt encontra seu meio entre os míntacos e os trezergons e transmite sua energia pelas minhas costas. Derrubo mais algumas dezenas de seres azuis com os golpes de energia.Agora estávamos unidos novamente.— Pessoal
Tenho poucas lembranças de minha mãe em minha infância ou juventude. Porém, do que me recordo, ela passava grande parte do tempo nos contando como seria o fim do mundo ou de como o homem poderia gerar uma terceira guerra mundial num futuro não tão distante. Quando menino eu sonhava com aquelas histórias com frequência o suficiente para não me esquecer. Sempre me senti preparado psicologicamente para esses dias que nunca chegaram, mas eu era apenas um menino. Minha mãe era louca. Assustava e intimidava seus filhos para um mundo que havia de ser conquistado. Acredito que suas histórias incentivaram meus medos. Não a via há pelo menos sete anos, mas sabia que ela se escondia em uma cidadezinha vazia do interior, fugindo da correria que a vida na cidade grande exige. Ela estava velha e cansada. Ou pelo menos era isso que eu imaginava...&m
— Venham, seus covardes! Vamos acabar com vocês! — gritei com expressão furiosa empunhando firmemente a espada.— Aqui vamos nós de novo! — disse Baboo, animando-se para a batalha.Isabela e Léa ficam de costas uma para outra e Volt pula, transformando-se no grande tigre vermelho.Baboo saca seu arco e começa a disparar suas flechas e comenta ao ver Léa se camuflar para derrubar alguns que já haviam descido ao chão.— Não deixem que lhes acertem com as garras!— Por que, Baboo? O que acontece? — pergunta Isabela.— Apenas não deixem! — responde Baboo esquivando de um golpe.Derrubamos naquele
Glenzer então voou próximo do penhasco onde os mortons estavam bloqueando Volt de passar. Pulei de cima de Glenzer caindo bem próximo de onde Volt estava.— Vamos, garoto! Eu te ajudo a sair dessa! — falei enquanto partia um morton ao meio.Volt corre em minha direção e subo em suas costas. Começamos a contornar aquele desfiladeiro procurando um ponto mais fácil para descermos...— Volt! Não há lugar fácil para descermos esse desfiladeiro, amigão! Vamos ter que escalar parede abaixo! — disse acelerando nossa descida.Volt, sem muita cerimônia, pula no penhasco em um único ponto com segundo nível plano e depois se agarra à parede com suas garras, desliza
Não havia para onde correr, não havia dinheiro, não havia remédio, não havia doença que acabasse com aquela sensação. Não havia um meio de me livrar daquela situação, a não ser o tempo... Talvez o tempo curasse, talvez não... Talvez eu devesse viver com aquela sensação, talvez não... Mas não havia escapatória agora. Ou entregava minha vida à derrota, ou persistia friamente, cegamente, acreditando na esperança de alcançar libertação do que dentro de mim, nos recônditos de minha alma, tentava me derrotar: Eu mesmo.— Diga de uma vez por todas o que está havendo aqui, Naara! — disse a esse ponto muito bravo.— Está bem... Calma aí. Vou contar! — disse Naara se afasta