Danton e Naara (parte 1)

Não havia para onde correr, não havia dinheiro, não havia remédio, não havia doença que acabasse com aquela sensação. Não havia um meio de me livrar daquela situação, a não ser o tempo... Talvez o tempo curasse, talvez não... Talvez eu devesse viver com aquela sensação, talvez não... Mas não havia escapatória agora. Ou entregava minha vida à derrota, ou persistia friamente, cegamente, acreditando na esperança de alcançar libertação do que dentro de mim, nos recônditos de minha alma, tentava me derrotar: Eu mesmo.

— Diga de uma vez por todas o que está havendo aqui, Naara! — disse a esse ponto muito bravo.

— Está bem... Calma aí. Vou contar! — disse Naara se afasta

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