Eu estava apreensiva. Nunca conheci ninguém da família de Ethan, eu não sabia como agir. Claramente para Ethan era importante essa reconexão com o seu passado. Uma maneira de enterrar toda aquela merda com o seu pai. Então eu digo a mim mesma que faria essa noite parecer a melhor de todas por Ethan. Colle, fechou o salão que fazia parte do restaurante do hotel só para receber o irmão. Por questões óbvias: Aparentemente o seu irmão era tipo uma celebridade local também, e a morte precoce do seu pai traria muitos repórteres, imprensa e curiosos a volta. Então Colleri dobrou a segurança em volta do hotel e fechou a parte do restaurante só para nós. Eu me sentia uma tola adolescente de quinze anos prestes a ser apresentada à família do namorado. Um segurança avisou sobre a chegada do seu irmão, Colle levantou e foi até a ele, empolgado com a sua chegada. Minhas mãos soavam frio e meu coração batia tão forte que eu podia senti-lo na base da minha garganta. Ouvi os comprimentos, ai
— Gostei dela. Tenho certeza que ele tentou dar aquele sorriso sexy, que anos atrás me causava ternura. Mas agora só me causou repulsa, raiva. E eu aguentei. Eu aguentaria. — Bom, irmão, acho que já vou indo — ele disse, olhando o relógio e se arrumando para sair da mesa. Eu educadamente o acompanhei com Ethan até a saída do restaurante. Contando os seus passos. Rezando para que ele saísse logo. Rezando para nunca mais vê-lo, rezando para que ele jamais me reconhecesse. Ele apertou as mãos de Ethan, lembrando de um almoço beneficente que aconteceria no dia seguinte e que, terminantemente, não aceitaria um não como resposta. Logo depois se aproximou para beijar a minha mão. Hesitei, minhas mãos ficaram rígidas com o seu contato. Seus lábios macios não me causaram mais que um arrepio de apreensão e medo por todo o corpo. Ele olhava dentro dos meus olhos, e a única coisa que eu vi naqueles lindos olhos azuis que um dia apreciei foi o vazio. Tudo estava indo bem. Consegui
A expressão em seu rosto fica desconfortável. — Agora somos eu e ele, nossa linhagem acabou. — Colle limpou a garganta. — Faz um ano que ele perdeu a mulher e o filho em um trágico acidente de carro, infelizmente eu não os conheci nem fui ao velório, nem se quer vi uma foto. A notícia chegou a mim por Caroline. Ela também não tinha contato com eles, mas diferente de mim ela não trocou de nome e nem se isolou. Ela só saiu de casa e não quis ter contato. Ao que parece o menino tinha a idade de Nicholas. Os meus punhos estão cerrados na borda do meu casaco vermelho, meu coração batendo violentamente contra o meu peito, lágrimas contidas ardendo em meus olhos. Eu jamais desejaria mal a uma criança, saber que ele perdeu uma criança da idade do meu filho dói de uma maneira que não deveria doer. A última pessoa na terra que desejo ter empatia, é Luck.O carro foi diminuindo a velocidade. Quando chegamos em frente do chalé, um grupo de protestantes jovens estavam com todo tipo de bandeir
Meu corpo começou a tremer, meu coração batia forte contra minhas costelas. Mas me esforcei para manter a calma. — Mas tinha algo em você... — Ele terminou de virar a bebida. — Algo que me intrigava, se é que você me entende! — Ele passou as mãos por dentro do cabelo, parecendo nervoso. — Eu não sei do que está falando. — Virei minha bebida também e desci do banco. Ele segurou meu braço, não para me machucar, mas manteve a boa função de me deter. — Eu perdi tudo — ele disse baixo. — Ano passado, minha mulher... meu filho. Os dois em um acidente de carro brutal — sua voz falhou um pouco no final. — Eu sinto muito — disse verdadeiramente. Ela afrouxou o aperto no meu braço e depois acrescentou. — Estava tudo bem, doía. Doía como inferno, mas eu estava bem. Aí meu pai morreu — ele disse com amargor. — Ele sempre foi um filho da puta doente. Então, Chase estava aqui. Com você. Mas depois, tinha Nicholas. — Seu olhar finalmente se prendeu ao meu. Meu coração quase sal
— Nenhuma criança, sendo ou não sua, merece ter você por perto. Você pode me dizer que não é como o ferrado do seu pai, mas posso ver o que ninguém vê. Você está podre e quebrado por dentro. Não tem a mínima condição de ser pai de uma criança. Luck merda Petrelli. Você sendo ou não o Progenitor de Nicholas, será sempre só isso, mais nada. O pai dele é o Ethan. Ele, sim, é pai do Nicholas, você não é nada, e nunca será. Você nunca vai se aproximar dele, a não ser que queira ficar sem as bolas seu desgraçado. — Um grunhido abafado passou por seus lábios. — Eu sinto muito pela sua família, pelo seu Sam. Mas Nicholas é meu filho, você teve a oportunidade de fazer tudo certo, eu vim até você, como deu para ver pelas gravações, mas você não me deu opção. Mandou-me tirar nosso próprio filho. Eu estava realmente apaixonada por você uma vez, sabe? gostei muito, estava carente, não sei! O que sei é que comigo e com Nicholas suas chances acabaram. Não vou mentir para você e nem para o Ethan, is
Ele me olhou com estranheza, como se não comprasse a mentira. Mas depois assentiu. — Ok. Vamos. — Ele pegou na minha mão. — Tem certeza que não quer me escutar, Ethan? Acho que, desta vez, você vai me agradecer. Ele continuou passando por ela. — Você sabia que eles já se conheciam? Hm? Ou que ela já transou com ele? Hm? E agora, como se sente sabendo que sua futura mulher não te contou sobre isso? Ele parou e se virou para ela, ainda segurando minha mão. — Chega! — Ethan gritou. Caroline se assustou tanto, que deu dois passos para trás. — Eu aturei demais de você! Demais! — Passa uma das mas pelo rosto e abaixa o tom — Eu sei, Deus sabe como eu sei que você não é a mesma depois de tudo. Nenhum de nós é Caroline. Mas isso não vai poder acontecer. — Ele começa, as linhas de seu rosto nítidas e duras. — Você é minha família e eu nunca deveria ter que escolher! Só que você não me deu escolha. Eu a amo. — Os olhos de Ethan suavizaram em minha direção. E eu também te amo, mas
Depois de muitas voltas já não havia mais lágrimas para chorar. Ethan preferiu ficar com Caroline. Aquela mulher me empurrou ao meu limite. Eu a odiava, embora soubesse que ela só estava defendendo o primo, ainda que quisesse transar com ele depois. A noite começava a cair. Olhei meu celular e havia vinte e cinco chamadas perdidas de Ethan, de Vivian, de Alice e algumas de um número desconhecido. Desliguei o aparelho, eu lidaria com todos quando estivesse preparada. Estava cansada de me sentir pressionada. O motorista de aplicativo, seguiu pela rua residencial de mansões da minha antiga casa. As casas estavam lindas com enfeites natalinos. A neve, finalmente começando a diminuir permitia que a lua se projetasse ainda mais linda no céu. A casa que procurava, ficava no final da rua, era a única que não estava enfeitada. Pedi o motorista que parasse o carro em frente. Digitei o código e passei pelos enormes portões a caminho da residência. Não pensei que o código ainda seria o m
Houve um acidente de carro, ele está em recuperação no hospital da cidade. Passou por uma cirurgia de emergência, mas parece que passa bem. Na verdade, ele precisa de doação de sangue. Tentamos ligar para dar a notícia, mas os telefones sempre dão ocupado ou desligado. Talvez seja a tempestade de neve que as aproxima. Não queríamos esperar. Sabemos da importância de lhes avisar logo. ***Seis dias, sete horas, doze minutos e quarenta e seis segundos. Tum. Tum. Tum. Tum. Seu coração batia lentamente, setenta batimentos por minutos. Aparentemente normal, dissera o médico. Eu sabia que estava tudo bem; acima de tudo, eu queria que estivesse tudo bem. Mas Luck ainda estava foragido e, com ele ainda solto por aí, eu realmente não conseguia pregar os olhos. Ethan estava fazendo de tudo para pegar Luck. Mas era evidente que ele estava arruinado, estava mais do que com raiva. Não é um sentimento que eu reconhecia, mas eu tinha certeza absoluta que estava consumindo Ethan de uma manei